From Indigenous Peoples in Brazil
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Índios voltam a ocupar Belo Monte e paralisam trabalho
28/05/2013
Fonte: O Globo, Economia, p. 20
Índios voltam a ocupar Belo Monte e paralisam trabalho
Grupo de 140 indígenas só quer negociar com representante do governo
BRASÍLIA Um grupo de índios voltou a ocupar, na madrugada de ontem, um canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. É a segunda ação, só neste mês, para obrigar o Consórcio Construtor Belo Monte a paralisar os trabalhos no Sítio Belo Monte - um dos três grandes canteiros do empreendimento, a 55 quilômetros de Altamira (PA). Os outros sítios funcionam normalmente.
Os trabalhos foram suspensos por segurança e 3.500 trabalhadores estão parados. Os índios tentam impedir a construção de usinas na bacia do Rio Tapajós, entre os estados do Amazonas e do Pará. Eles alegam que não foram ouvidos no processo. A Norte Energia informou, em nota, que os 140 índios que invadiram o Sítio Belo Monte são da etnia Munduruku, da região do Tapajós, a cerca de 800 quilômetros de Belo Monte. A empresa disse que usará todos os recursos legais para continuar as obras e manter a segurança dos trabalhadores.
A Norte Energia informou que continua em vigor a liminar de reintegração de posse deferida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região no dia 8. Segundo a assessoria do tribunal, se for o mesmo grupo que já invadiu o Sítio Belo Monte, um juiz terá que fazer cumprir a decisão. Caso contrário, a empresa a terá que entrar com nova ação para obter a reintegração de posse.
Os indígenas, que chegaram por voltar das 4h de segunda-feira e ocuparam o escritório central do Sítio Belo Monte, só querem negociar com o governo, e um dos representantes seria o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Uma indígena, que não quis se identificar, disse por telefone que os acampados aguardam para ver se o governo atende o pedido e que querem "a presença do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, porque a Constituição não está sendo cumprida".
O Consórcio Construtor Belo Monte, conforme antecipou O GLOBO, encaminhou ao governo uma carta alertando para riscos de eventuais conflitos entre indígenas e os 23 mil trabalhadores por causa das invasões. Antonia Melo, uma das coordenadoras do Movimento Xingu Vivo para Sempre, disse que a situação está tranquila e que os indígenas distribuíram panfletos aos trabalhadores para que se unam a sua causa.
O Globo, 28/05/2013, Economia, p. 20
http://oglobo.globo.com/economia/indios-voltam-ocupar-canteiro-de-obras-de-belo-monte-8510197
Grupo de 140 indígenas só quer negociar com representante do governo
BRASÍLIA Um grupo de índios voltou a ocupar, na madrugada de ontem, um canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. É a segunda ação, só neste mês, para obrigar o Consórcio Construtor Belo Monte a paralisar os trabalhos no Sítio Belo Monte - um dos três grandes canteiros do empreendimento, a 55 quilômetros de Altamira (PA). Os outros sítios funcionam normalmente.
Os trabalhos foram suspensos por segurança e 3.500 trabalhadores estão parados. Os índios tentam impedir a construção de usinas na bacia do Rio Tapajós, entre os estados do Amazonas e do Pará. Eles alegam que não foram ouvidos no processo. A Norte Energia informou, em nota, que os 140 índios que invadiram o Sítio Belo Monte são da etnia Munduruku, da região do Tapajós, a cerca de 800 quilômetros de Belo Monte. A empresa disse que usará todos os recursos legais para continuar as obras e manter a segurança dos trabalhadores.
A Norte Energia informou que continua em vigor a liminar de reintegração de posse deferida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região no dia 8. Segundo a assessoria do tribunal, se for o mesmo grupo que já invadiu o Sítio Belo Monte, um juiz terá que fazer cumprir a decisão. Caso contrário, a empresa a terá que entrar com nova ação para obter a reintegração de posse.
Os indígenas, que chegaram por voltar das 4h de segunda-feira e ocuparam o escritório central do Sítio Belo Monte, só querem negociar com o governo, e um dos representantes seria o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Uma indígena, que não quis se identificar, disse por telefone que os acampados aguardam para ver se o governo atende o pedido e que querem "a presença do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, porque a Constituição não está sendo cumprida".
O Consórcio Construtor Belo Monte, conforme antecipou O GLOBO, encaminhou ao governo uma carta alertando para riscos de eventuais conflitos entre indígenas e os 23 mil trabalhadores por causa das invasões. Antonia Melo, uma das coordenadoras do Movimento Xingu Vivo para Sempre, disse que a situação está tranquila e que os indígenas distribuíram panfletos aos trabalhadores para que se unam a sua causa.
O Globo, 28/05/2013, Economia, p. 20
http://oglobo.globo.com/economia/indios-voltam-ocupar-canteiro-de-obras-de-belo-monte-8510197
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