From Indigenous Peoples in Brazil
News
Bebês Xavante morrem de pneumonia em Mato Grosso
30/07/2004
Fonte: Site da Funai
Os Xavante de Marãiwatsede, cerca de 480 índios, há cerca de 9 meses estão acampados às margens da BR-158, no limite de suas terras, rodovia que liga a Terra Indígena a vários municípios da região, como Barra do Garça, Água Boa, São Félix do Araguaia, em Mato Grosso. Uma liminar que ainda não foi julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) os impede de reocupar uma área que tradicionalmente pertence à etnia. Foram expulsos da área na década de 70. A Terra Indígena Marãiwatsede é demarcada e já foi homologada pelo Presidente da República.
A situação desse grupo de Xavantes é grave. Estão vivendo em acampamentos, morando em barracas de lonas plásticas, aspirando a poeira da estrada, bebendo água contaminada por coliformes fecais, sem as menores condições de higiene e saúde, conforme relatórios do administrador regional da Funai, Edson Beiriz, de Goiânia (GO). Ele considera esta uma situação insustentável e tende a se agravar com a morte de duas crianças Xavante, Jardeu Xavante, de 01 (um) ano de idade, que estava apresentando um quadro clínico de pneumonia de desnutrição. Morreu ontem, 29, e foi enterrado pelos caciques e familiares ontem à noite, na Terra Indígena de Marãiwatsede. Após os rituais de morte, o cacique Damião pronunciou a seguinte sentença: "Esse menino não morreu. Ele é um guerreiro que vai entrar na Terra de Marãiwatsede na nossa frente". Hoje, 30, outra criança, na mesma faixa etária, com os mesmos sintomas, também veio a falecer. Para desespero dos índios, duas outras crianças, também com 01(um) ano de idade, foram internadas, hoje, no hospital de Água Boa e Barra do Garças, em Mato Grosso.
Para os índios, "a Constituição foi rasgada", pois foram impedidos de tomar posse da terra que de fato e de direito lhes pertencem. As conseqüências, que eram previsíveis, já estão anunciadas. Antes do enterro da primeira criança os índios bloquearam a estrada e depositaram o corpo do primeiro falecido no centro da rodovia até que chegasse a hora de enterrá-lo.Enquanto aguardavam a hora de fazê-lo, oito guerreiros adentraram à terra indígena, onde pretendem construir sua nova aldeia, hoje ocupada por não-índios, e cavaram a sepultura onde foi enterrada a criança. O mesmo procedimento foi adotado com relação à segunda vítima. Os desdobramentos, que eram previsíveis, já estão se anunciando: Os Xavante decidiram reocupar imediatamente a Terra Indígena Marãiwatsede, a revelia das decisões contrárias da Justiça, e invadiram a Casa de Saúde Indígena da Funasa.
A situação desse grupo de Xavantes é grave. Estão vivendo em acampamentos, morando em barracas de lonas plásticas, aspirando a poeira da estrada, bebendo água contaminada por coliformes fecais, sem as menores condições de higiene e saúde, conforme relatórios do administrador regional da Funai, Edson Beiriz, de Goiânia (GO). Ele considera esta uma situação insustentável e tende a se agravar com a morte de duas crianças Xavante, Jardeu Xavante, de 01 (um) ano de idade, que estava apresentando um quadro clínico de pneumonia de desnutrição. Morreu ontem, 29, e foi enterrado pelos caciques e familiares ontem à noite, na Terra Indígena de Marãiwatsede. Após os rituais de morte, o cacique Damião pronunciou a seguinte sentença: "Esse menino não morreu. Ele é um guerreiro que vai entrar na Terra de Marãiwatsede na nossa frente". Hoje, 30, outra criança, na mesma faixa etária, com os mesmos sintomas, também veio a falecer. Para desespero dos índios, duas outras crianças, também com 01(um) ano de idade, foram internadas, hoje, no hospital de Água Boa e Barra do Garças, em Mato Grosso.
Para os índios, "a Constituição foi rasgada", pois foram impedidos de tomar posse da terra que de fato e de direito lhes pertencem. As conseqüências, que eram previsíveis, já estão anunciadas. Antes do enterro da primeira criança os índios bloquearam a estrada e depositaram o corpo do primeiro falecido no centro da rodovia até que chegasse a hora de enterrá-lo.Enquanto aguardavam a hora de fazê-lo, oito guerreiros adentraram à terra indígena, onde pretendem construir sua nova aldeia, hoje ocupada por não-índios, e cavaram a sepultura onde foi enterrada a criança. O mesmo procedimento foi adotado com relação à segunda vítima. Os desdobramentos, que eram previsíveis, já estão se anunciando: Os Xavante decidiram reocupar imediatamente a Terra Indígena Marãiwatsede, a revelia das decisões contrárias da Justiça, e invadiram a Casa de Saúde Indígena da Funasa.
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