From Indigenous Peoples in Brazil
News
PF vai indiciar índio que queimou carro da Funasa
12/08/2004
Autor: Ana Lúcia Gonçalves
Fonte: Hoje em Dia-Belo Horizonte-MG
O índio Neir Maxakali vai ser indiciado por dano qualificado ao patrimônio, e poderá ainda responder por dupla tentativa de homicídio. Apesar de não ter sido encontrado por agentes da Polícia Federal, ele foi identificado como o incentivador da revolta que resultou na destruição de um veículo da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e por pouco não vitimou um médico e um motorista do órgão, na semana passada.
Segundo o delegado da Polícia Federal Marinho Rezende, que esteve na aldeia, com dois agentes e um escrivão, Neir Maxakali ficou escondido na mata e não foi ouvido. Um irmão dele, Messias Maxakali, teria confirmado que partiu de Neir a iniciativa de investir contra o médico e o motorista, mas negou participação. Um outro irmão, Nembo Maxakali, que também não foi encontrado, é acusado de ajudar Neir.
Segundo o delegado, a Fundação Nacional do Índio (Funai) deverá, em breve, apresentar Neir e Nembo Maxakali. Se isso não acontecer, será pedida a qualificação indireta dos dois e o inquérito será remetido ao Ministério Público Federal, que deverá oferecer denúncia. Segundo o delegado, se achar necessário, o procurador da República Adaílton Ramos do Nascimento poderá oferecer denúncia por tentativa de homicídio.
O veículo destruído será encaminhado, ainda nesta semana, a um depósito da Polícia Federal em Belo Horizonte para ser periciado. A pena por esse dano vai de seis meses a três anos de detenção. Segundo o delegado, os Maxakali não fizeram reféns naquela noite, e o estopim teria sido mesmo a indignação de Neir ao ver o médico atendendo um inimigo seu, "tudo regado a muita bebida", disse.
O chefe de Assistência ao Índio da Funai e presidente do Conselho dos Povos Indígenas de Minas, índio Waldemar Adilson Krenak, informou que os dois Maxakali só serão apresentados caso haja determinação judicial. De acordo com a legislação, os índios são imputáveis, mas, caso condenados, são submetidos a um laudo antropológico que define se devem cumprir pena na aldeia ou em prisões comuns.
A aldeia Maxakali fica entre as cidades de Bertópolis e Santa Helena de Minas, no Vale do Mucuri, e é dividida em duas áreas, Água Boa e Pradinho, que, por sua vez, são divididas em clãs. Na tarde de 3 de agosto, a PM foi acionada pelo médico Ulisses Ramon Pereira da Silva, contando que índios da aldeia Pradinho haviam incendiado o veículo em que estava, uma Ranger, placa GMF-3835, conduzida por Rodinélio José de Oliveira, e haviam tentado matá-los com facões.
Na aldeia, a PM apurou que, ao ver o veículo da Funai transportando um desafeto, Neir Maxakali tentou agredi-lo dentro da Ranger, mas, como não conseguiu, esperou que o carro retornasse à aldeia. Com a ajuda de familiares, ele bloqueou a estrada e jogou paus e pedras contra a Ranger. O motorista tentou fugir, mas o carro capotou e os índios os alcançaram, tentando agredi-los.
Segundo o delegado da Polícia Federal Marinho Rezende, que esteve na aldeia, com dois agentes e um escrivão, Neir Maxakali ficou escondido na mata e não foi ouvido. Um irmão dele, Messias Maxakali, teria confirmado que partiu de Neir a iniciativa de investir contra o médico e o motorista, mas negou participação. Um outro irmão, Nembo Maxakali, que também não foi encontrado, é acusado de ajudar Neir.
Segundo o delegado, a Fundação Nacional do Índio (Funai) deverá, em breve, apresentar Neir e Nembo Maxakali. Se isso não acontecer, será pedida a qualificação indireta dos dois e o inquérito será remetido ao Ministério Público Federal, que deverá oferecer denúncia. Segundo o delegado, se achar necessário, o procurador da República Adaílton Ramos do Nascimento poderá oferecer denúncia por tentativa de homicídio.
O veículo destruído será encaminhado, ainda nesta semana, a um depósito da Polícia Federal em Belo Horizonte para ser periciado. A pena por esse dano vai de seis meses a três anos de detenção. Segundo o delegado, os Maxakali não fizeram reféns naquela noite, e o estopim teria sido mesmo a indignação de Neir ao ver o médico atendendo um inimigo seu, "tudo regado a muita bebida", disse.
O chefe de Assistência ao Índio da Funai e presidente do Conselho dos Povos Indígenas de Minas, índio Waldemar Adilson Krenak, informou que os dois Maxakali só serão apresentados caso haja determinação judicial. De acordo com a legislação, os índios são imputáveis, mas, caso condenados, são submetidos a um laudo antropológico que define se devem cumprir pena na aldeia ou em prisões comuns.
A aldeia Maxakali fica entre as cidades de Bertópolis e Santa Helena de Minas, no Vale do Mucuri, e é dividida em duas áreas, Água Boa e Pradinho, que, por sua vez, são divididas em clãs. Na tarde de 3 de agosto, a PM foi acionada pelo médico Ulisses Ramon Pereira da Silva, contando que índios da aldeia Pradinho haviam incendiado o veículo em que estava, uma Ranger, placa GMF-3835, conduzida por Rodinélio José de Oliveira, e haviam tentado matá-los com facões.
Na aldeia, a PM apurou que, ao ver o veículo da Funai transportando um desafeto, Neir Maxakali tentou agredi-lo dentro da Ranger, mas, como não conseguiu, esperou que o carro retornasse à aldeia. Com a ajuda de familiares, ele bloqueou a estrada e jogou paus e pedras contra a Ranger. O motorista tentou fugir, mas o carro capotou e os índios os alcançaram, tentando agredi-los.
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