From Indigenous Peoples in Brazil
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Índios estão bem mas clima é tenso
07/10/2004
Autor: Fabiana Batista
Fonte: Gazeta de Cuiabá-Cuiabá-MT
Continuam os conflitos entre índios e posseiros na reserva Marãiwatséde, em Alto Boa Vista (1.019 km de Cuiabá). Dois xavantes foram baleados no último domingo e estão fora de perigo. Felisberto xavante, 18, foi atingido na perna e passará hoje de manhã por uma cirurgia no Hospital de Água Boa para retirada da bala. Guilherme xavante, 16, levou um tiro de raspão no braço (na altura da costela).
A reserva Marãiwatséde é alvo de conflitos há quase cinco décadas. Várias decisões judiciais resultaram ora em retirada ora em retorno dos xavante ao local. A última foi de 10 agosto deste ano em que Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou o retorno dos índios à reserva sem que os posseiros (que ocupam cerca de 20% da área) fossem retirados.
No entanto, a decisão da Justiça não resultou em paz na área. A informação da Polícia Civil é de que os embates são constantes. Já a Fundação Nacional do Índio (Funai) acredita que a situação está controlada e que o incidente do domingo foi ato isolado. De acordo com relatos do Administrador Executivo Regional da Funai, Edson Beiriz, os dois xavantes andavam pela reserva quando foram surpreendidos por um grupo de posseiros que efetuaram os disparos. "Não se pode impedi-los de andar pela reserva. Essa é a forma de vida deles", completa Beiriz.
No entanto, a Polícia Judiciária Civil também trabalha com a versão de que os tiros foram consequência de reação de posseiros ao ataque dos índios. Isso porque foram registrados oito boletins de ocorrência policial desde o início de setembro pelos quais são feitos vários relatos de invasão de índios às sedes das fazendas dos posseiros.
Os boletins de ocorrência relatam várias invasões feitas pelos xavantes nas benfeitorias dos posseiros. Além de saquearem as sedes das fazendas, os índios também teriam feito pessoas de reféns. Os documentos registram que as invasões acontecem em bandos (mais de 60 índios) e com uso de arma de fogo. Têm apoio também de caminhonetes e outros automóveis.
Um dos registros diz que os índios teriam matado vários suínos e até feito churrasco. A "festa" teria tido a participação de um funcionário da Funai.
A Polícia Militar também registrou três boletins, entre os meses de agosto e setembro. Neles, posseiros também relatam roubos.
A reserva Marãiwatséde é alvo de conflitos há quase cinco décadas. Várias decisões judiciais resultaram ora em retirada ora em retorno dos xavante ao local. A última foi de 10 agosto deste ano em que Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou o retorno dos índios à reserva sem que os posseiros (que ocupam cerca de 20% da área) fossem retirados.
No entanto, a decisão da Justiça não resultou em paz na área. A informação da Polícia Civil é de que os embates são constantes. Já a Fundação Nacional do Índio (Funai) acredita que a situação está controlada e que o incidente do domingo foi ato isolado. De acordo com relatos do Administrador Executivo Regional da Funai, Edson Beiriz, os dois xavantes andavam pela reserva quando foram surpreendidos por um grupo de posseiros que efetuaram os disparos. "Não se pode impedi-los de andar pela reserva. Essa é a forma de vida deles", completa Beiriz.
No entanto, a Polícia Judiciária Civil também trabalha com a versão de que os tiros foram consequência de reação de posseiros ao ataque dos índios. Isso porque foram registrados oito boletins de ocorrência policial desde o início de setembro pelos quais são feitos vários relatos de invasão de índios às sedes das fazendas dos posseiros.
Os boletins de ocorrência relatam várias invasões feitas pelos xavantes nas benfeitorias dos posseiros. Além de saquearem as sedes das fazendas, os índios também teriam feito pessoas de reféns. Os documentos registram que as invasões acontecem em bandos (mais de 60 índios) e com uso de arma de fogo. Têm apoio também de caminhonetes e outros automóveis.
Um dos registros diz que os índios teriam matado vários suínos e até feito churrasco. A "festa" teria tido a participação de um funcionário da Funai.
A Polícia Militar também registrou três boletins, entre os meses de agosto e setembro. Neles, posseiros também relatam roubos.
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