From Indigenous Peoples in Brazil
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Indígenas marcam 30 anos da morte do cacique Marçal de Souza com manifesto
27/11/2013
Fonte: MPF/MS - http://www.prms.mpf.mp.br
Documento entregue ao MPF lembra do histórico de violência contra os povos indígenas e pede solução para a demarcação de terras no estado
Marçal de Souza, líder indígena guarani
O procurador da República do Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul (MPF/MS), Ricardo Pael Ardenghi, recebeu nesta segunda (25) um manifesto de indígenas guarani-kaiowá. O ato simbólico faz parte do encontro realizado nos dias 22 a 25 de novembro que marcou os 30 anos da morte da liderança indígena Marçal de Souza. Com o tema "Sem Tekoha não há Teko. Sem Tekoha não há escola indígena", o evento reuniu cerca de 300 indígenas, entre eles professores, rezadores e lideranças, na Aldeia Takuapery, no Município de Coronel Sapucaia.
Em memória a Marçal de Souza, morto em 25 de novembro de 1983 durante a luta pela Terra Indígena Campestre, foi realizada uma caminhada da Aldeia Ñanderu Marangatu até a Aldeia Campestre, ambas no Município de Antônio João, fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. Houve momentos de reflexão e de celebrações tradicionais por meio dos rezadores indígenas.
No manifesto entregue ao MPF, os índios afirmam que "a morte de Marçal de Souza representa a trajetória de luta dos indígenas pela devolução de suas terras e o ato foi uma forma de se posicionar contra as ameaças públicas que têm sido feitas" contra eles.
A liderança
Marçal de Souza nasceu em 24 de dezembro de 1920, recebeu o nome indígena Tupã I, que significa "pequeno Deus", por isso também é conhecido como Marçal Tupã. Dedicou grande parte da sua vida na luta pela defesa das questões indígenas e por melhorias nas condições de vida de seu povo. Denunciou a exploração nas aldeias indígenas e foi vítima de perseguição.
No mesmo ano em que discursou para o papa João Paulo II, Marçal Tupã passou a morar na Aldeia Pirakuá, no Município de Antônio João. A área era contestada pelo fazendeiro Libero Monteiro, que considerava a região como parte de sua propriedade. Após diversas ameaças e intimidações, em 25 de novembro de 1983 Marçal foi assassinado com 5 tiros. A execução repercutiu mundialmente. Após 10 anos da morte do líder, os principais acusados, Libero Monteiro de Lima e Rômulo Gamarra, foram absolvidos.
*Para ler o manifesto na íntegra clique no link: http://www.prms.mpf.mp.br/servicos/sala-de-imprensa/noticias/2013/11/Manifesto.pdf
http://www.prms.mpf.mp.br/servicos/sala-de-imprensa/noticias/2013/11/indigenas-marcam-30-anos-da-morte-do-cacique-marcal-de-souza-com-manifesto
Marçal de Souza, líder indígena guarani
O procurador da República do Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul (MPF/MS), Ricardo Pael Ardenghi, recebeu nesta segunda (25) um manifesto de indígenas guarani-kaiowá. O ato simbólico faz parte do encontro realizado nos dias 22 a 25 de novembro que marcou os 30 anos da morte da liderança indígena Marçal de Souza. Com o tema "Sem Tekoha não há Teko. Sem Tekoha não há escola indígena", o evento reuniu cerca de 300 indígenas, entre eles professores, rezadores e lideranças, na Aldeia Takuapery, no Município de Coronel Sapucaia.
Em memória a Marçal de Souza, morto em 25 de novembro de 1983 durante a luta pela Terra Indígena Campestre, foi realizada uma caminhada da Aldeia Ñanderu Marangatu até a Aldeia Campestre, ambas no Município de Antônio João, fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. Houve momentos de reflexão e de celebrações tradicionais por meio dos rezadores indígenas.
No manifesto entregue ao MPF, os índios afirmam que "a morte de Marçal de Souza representa a trajetória de luta dos indígenas pela devolução de suas terras e o ato foi uma forma de se posicionar contra as ameaças públicas que têm sido feitas" contra eles.
A liderança
Marçal de Souza nasceu em 24 de dezembro de 1920, recebeu o nome indígena Tupã I, que significa "pequeno Deus", por isso também é conhecido como Marçal Tupã. Dedicou grande parte da sua vida na luta pela defesa das questões indígenas e por melhorias nas condições de vida de seu povo. Denunciou a exploração nas aldeias indígenas e foi vítima de perseguição.
No mesmo ano em que discursou para o papa João Paulo II, Marçal Tupã passou a morar na Aldeia Pirakuá, no Município de Antônio João. A área era contestada pelo fazendeiro Libero Monteiro, que considerava a região como parte de sua propriedade. Após diversas ameaças e intimidações, em 25 de novembro de 1983 Marçal foi assassinado com 5 tiros. A execução repercutiu mundialmente. Após 10 anos da morte do líder, os principais acusados, Libero Monteiro de Lima e Rômulo Gamarra, foram absolvidos.
*Para ler o manifesto na íntegra clique no link: http://www.prms.mpf.mp.br/servicos/sala-de-imprensa/noticias/2013/11/Manifesto.pdf
http://www.prms.mpf.mp.br/servicos/sala-de-imprensa/noticias/2013/11/indigenas-marcam-30-anos-da-morte-do-cacique-marcal-de-souza-com-manifesto
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