From Indigenous Peoples in Brazil
News
Índio quer dinheiro
31/01/2005
Autor: Marcelo Remígio
Fonte: O Dia -Rio de Janeiro-RJ
Mulheres indígenas têm mais filhos que brancas. Para Funai, tribos estão de olho no auxílio-maternidade
O nascimento de um índio significa dinheiro no bolso para mãe. Durante 120 dias, ela ganhará do Governo um salário de R$ 260 (piso nacional) por mês. O benefício - R$ 1.040 no total - provocou uma correria às unidades da Fundação Nacional do Índio (Funai) em busca do dinheiro. O interesse pelo salário já começa a refletir nas estatísticas. Enquanto a população brasileira (sem contar a indígena) cresce, em média, 2% ao ano, de acordo com estudos do IBGE, os índios superam os brancos e batem a marca de 3,5% em todo o País. A nova realidade dos índios faz parte do segundo dia da série Redescobrindo o Brasil, sobre o Projeto Rondon, que o DIA acompanhou.
Moradora na aldeia Tikuna Umariaçu, visitada pelos rondonistas, em Tabatinga, Amazonas, Arminda Cândido Gomes, 41, faz a contabilidade: recebeu 28 salários (hoje equivalente a R$ 7,2 mil) por sete filhos. Para o sertanista da Funai e pesquisador da cultura indígena, Valmir de Barros Torres, duas são as razões para o crescimento populacional: os índios passaram a ter mais filhos e, aqueles que antes não queriam ser reconhecidos como indígenas, começaram a requisitar à Funai a declaração de comprovação de etnia. Todos em busca do auxílio do Governo.
Muitos, garante Valmir, vivem na cidade e nunca passaram por uma aldeia, além de terem filhos com brancos ou negros. "Alguns dão golpes. Tem índio que registra o filho num cartório com o sobrenome da mãe e, em outro, com o do pai. Pede o benefício duas vezes. Mas o INSS descobre o erro", conta. O auxílio é pago pelo INSS mediante certidão de nascimento e comprovante de etnia - para ser índio, os pais têm que nascer, viver e produzir o próprio sustento na aldeia. Os índios ainda têm direito à aposentadoria. Considerados agricultores, requerem o salário desde que a Funai ateste etnia e o trabalho na terra. "Vi índio viver no Recife e vir a Tabatinga tentar se aposentar", diz Valmir.
'Se vier mais um veio'
Com 26 anos e três filhos, a índia tikuna Anésia Pinto Fortes recebeu do Governo R$ 3,1 mil referentes à prole. "É meu direito e ajuda muito", diz a índia com a filha caçula no colo, Euclei Pinto Fortes, 1 ano. Anésia não descarta a possibilidade de ter mais filho e desconversa ao ser indagada se não está pensando no benefício: "Se vier mais um veio", afirma, sorrindo em seguida. O benefício maternidade foi lançado pelo Governo federal no início dos anos 90. No entanto, somente nos últimos cinco anos o auxílio começou a ser mais difundido entre as aldeias.
Na região dos municípios de Tabatinga e Benjamin Constant moram, segundo a Funai, 38 mil índios tikuna, maior etnia local, e 6 mil das demais. Também são encontrados índios Cocamas. Segundo o sertanista Valmir de Barros Torres, os Cocamas começaram a surgir na região recentemente. "Foi após a divulgação maciça do auxílio-maternidade e da aposentadoria. Antes, ninguém queria ser chamado de Concama", dispara o pesquisador.
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Banho de chuva para ter auxílio
Mesmo sob a forte chuva que caiu na manhã do dia 26 em Tabatinga, a índia tikuna Maria Aparecida da Silva Ferreira deixou sua casa e enfrentou o mal tempo para chegar, às 7h, na Funai e requerer seus quatro meses de salários a que tem direito pelo nascimento da filha caçula Queilene Ferreira, dois meses. Mãe de outros três filhos, ela recebeu o benefício por dois - total de R$ 2,08 mil. "Do mais velho eu não tive, porque engravidei antes dos 16 anos", contou.
Pela lei, o pagamento é feito somente às mães que engravidaram a partir dos 16 anos. O cuidado é para não estimular que meninas com menos de 16 anos tenham filhos prematuramente. Pelas ruas da Aldeia Umariaçu, onde moram os índios tikunas, em Tabatinga, não faltam crianças. A média é de oito menores vivendo em cada casa, dados que constarão nos relatórios a serem apresentados pelos universitários do Projeto Rondon. Curiosamente, antes do lançamento de benefícios, como o auxílio-maternidade, a média girava em torno de cinco filhos.
RESPOSTA DO líder indígena MANOEL MOURA para a lista:( a assinatura dele está abaixo de tudo)
Olá gente, uma informação:
O Valmir de Barros Torres é o ex-administrador da Funai que passou 18 anos em Tabatinga e não conhece nem uma aldeia indígena. Nunca saia do trono e dizem os índios mais antigos que tinha outro trono dentro da funai com o tal bode(estátua) da maçonaria, o que fez com que alguns líderes ticuna o forçassem a tirar dali e levou-o para casa. A sua informação é tão sem nexo que se o motivo do aumento populacional indígena fosse por causa do benefício, o crescimento se daria agora, pois isto é recente. Na época do Valmir, as índias não ganhavam este benefício, afinal nenhum recurso do governo foi visto na sua gestão, a sua equipe de trabalho eram funcionários alcoólatras, machistas e ignorantes que até hoje por causa deles os índios kokama, kambeba, Uitotos, kaixanas, miranhas e katukinas daqui do Alto Solimões nunca foram reconhecidos e vivem jogados sem área demarcada pela Funai Brasília. A história de eles não quererem ser índios é uma monstruosa mentira. Sempre foram discriminados, até hoje. O Valmir, assim como o Rangel de Manaus são brancos preparados por militares e toda a reportagem que vcs viram são informações combinadas pelos interessados na informação distorcida, estratégia aproveitando o projeto Rondon. É de admirar usarem os inimigos dos índios para darem entrevistas. Outro fato interessante é que quando convido líderes da sociedade indígena ou não para virem até aqui neste terror subumano e informo das desgraças inéditas, ninguém vem, na hora da reportagem falam o que querem e a verdade sai camuflada. Nada é de se espantar tudo sobre as drogas, é história antiga e não sei quem ganha mais com o sensacionalismo, se é a imprensa ou se são os causadores da atual situação. Talvez seja a chegada de recursos que faz cada um "ficar" indignado com os casos de drogas ou prostituição infantil.
Muita gente ficou irada pelo fato da índia-mãe receber salário maternidade. Ela é mãe como qualquer mulher de qualquer cor e brasileira. Com benefícios do governo ou não, a índia nunca vai deixar de ter ou matar seus filhos. com fome ou não ela os criará. Foi infeliz a expressão "indio quer dinheiro". Porque antes de descobrir o dinheiro eles viviam felizes e muitos preferem trocas em produtos. O problema das certidões são da máfia dos cartórios todos da maçonaria e se há golpes para ganhar dinheiro, com certeza elas aprenderam com o brancos.
O nascimento de um índio significa dinheiro no bolso para mãe. Durante 120 dias, ela ganhará do Governo um salário de R$ 260 (piso nacional) por mês. O benefício - R$ 1.040 no total - provocou uma correria às unidades da Fundação Nacional do Índio (Funai) em busca do dinheiro. O interesse pelo salário já começa a refletir nas estatísticas. Enquanto a população brasileira (sem contar a indígena) cresce, em média, 2% ao ano, de acordo com estudos do IBGE, os índios superam os brancos e batem a marca de 3,5% em todo o País. A nova realidade dos índios faz parte do segundo dia da série Redescobrindo o Brasil, sobre o Projeto Rondon, que o DIA acompanhou.
Moradora na aldeia Tikuna Umariaçu, visitada pelos rondonistas, em Tabatinga, Amazonas, Arminda Cândido Gomes, 41, faz a contabilidade: recebeu 28 salários (hoje equivalente a R$ 7,2 mil) por sete filhos. Para o sertanista da Funai e pesquisador da cultura indígena, Valmir de Barros Torres, duas são as razões para o crescimento populacional: os índios passaram a ter mais filhos e, aqueles que antes não queriam ser reconhecidos como indígenas, começaram a requisitar à Funai a declaração de comprovação de etnia. Todos em busca do auxílio do Governo.
Muitos, garante Valmir, vivem na cidade e nunca passaram por uma aldeia, além de terem filhos com brancos ou negros. "Alguns dão golpes. Tem índio que registra o filho num cartório com o sobrenome da mãe e, em outro, com o do pai. Pede o benefício duas vezes. Mas o INSS descobre o erro", conta. O auxílio é pago pelo INSS mediante certidão de nascimento e comprovante de etnia - para ser índio, os pais têm que nascer, viver e produzir o próprio sustento na aldeia. Os índios ainda têm direito à aposentadoria. Considerados agricultores, requerem o salário desde que a Funai ateste etnia e o trabalho na terra. "Vi índio viver no Recife e vir a Tabatinga tentar se aposentar", diz Valmir.
'Se vier mais um veio'
Com 26 anos e três filhos, a índia tikuna Anésia Pinto Fortes recebeu do Governo R$ 3,1 mil referentes à prole. "É meu direito e ajuda muito", diz a índia com a filha caçula no colo, Euclei Pinto Fortes, 1 ano. Anésia não descarta a possibilidade de ter mais filho e desconversa ao ser indagada se não está pensando no benefício: "Se vier mais um veio", afirma, sorrindo em seguida. O benefício maternidade foi lançado pelo Governo federal no início dos anos 90. No entanto, somente nos últimos cinco anos o auxílio começou a ser mais difundido entre as aldeias.
Na região dos municípios de Tabatinga e Benjamin Constant moram, segundo a Funai, 38 mil índios tikuna, maior etnia local, e 6 mil das demais. Também são encontrados índios Cocamas. Segundo o sertanista Valmir de Barros Torres, os Cocamas começaram a surgir na região recentemente. "Foi após a divulgação maciça do auxílio-maternidade e da aposentadoria. Antes, ninguém queria ser chamado de Concama", dispara o pesquisador.
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Banho de chuva para ter auxílio
Mesmo sob a forte chuva que caiu na manhã do dia 26 em Tabatinga, a índia tikuna Maria Aparecida da Silva Ferreira deixou sua casa e enfrentou o mal tempo para chegar, às 7h, na Funai e requerer seus quatro meses de salários a que tem direito pelo nascimento da filha caçula Queilene Ferreira, dois meses. Mãe de outros três filhos, ela recebeu o benefício por dois - total de R$ 2,08 mil. "Do mais velho eu não tive, porque engravidei antes dos 16 anos", contou.
Pela lei, o pagamento é feito somente às mães que engravidaram a partir dos 16 anos. O cuidado é para não estimular que meninas com menos de 16 anos tenham filhos prematuramente. Pelas ruas da Aldeia Umariaçu, onde moram os índios tikunas, em Tabatinga, não faltam crianças. A média é de oito menores vivendo em cada casa, dados que constarão nos relatórios a serem apresentados pelos universitários do Projeto Rondon. Curiosamente, antes do lançamento de benefícios, como o auxílio-maternidade, a média girava em torno de cinco filhos.
RESPOSTA DO líder indígena MANOEL MOURA para a lista:( a assinatura dele está abaixo de tudo)
Olá gente, uma informação:
O Valmir de Barros Torres é o ex-administrador da Funai que passou 18 anos em Tabatinga e não conhece nem uma aldeia indígena. Nunca saia do trono e dizem os índios mais antigos que tinha outro trono dentro da funai com o tal bode(estátua) da maçonaria, o que fez com que alguns líderes ticuna o forçassem a tirar dali e levou-o para casa. A sua informação é tão sem nexo que se o motivo do aumento populacional indígena fosse por causa do benefício, o crescimento se daria agora, pois isto é recente. Na época do Valmir, as índias não ganhavam este benefício, afinal nenhum recurso do governo foi visto na sua gestão, a sua equipe de trabalho eram funcionários alcoólatras, machistas e ignorantes que até hoje por causa deles os índios kokama, kambeba, Uitotos, kaixanas, miranhas e katukinas daqui do Alto Solimões nunca foram reconhecidos e vivem jogados sem área demarcada pela Funai Brasília. A história de eles não quererem ser índios é uma monstruosa mentira. Sempre foram discriminados, até hoje. O Valmir, assim como o Rangel de Manaus são brancos preparados por militares e toda a reportagem que vcs viram são informações combinadas pelos interessados na informação distorcida, estratégia aproveitando o projeto Rondon. É de admirar usarem os inimigos dos índios para darem entrevistas. Outro fato interessante é que quando convido líderes da sociedade indígena ou não para virem até aqui neste terror subumano e informo das desgraças inéditas, ninguém vem, na hora da reportagem falam o que querem e a verdade sai camuflada. Nada é de se espantar tudo sobre as drogas, é história antiga e não sei quem ganha mais com o sensacionalismo, se é a imprensa ou se são os causadores da atual situação. Talvez seja a chegada de recursos que faz cada um "ficar" indignado com os casos de drogas ou prostituição infantil.
Muita gente ficou irada pelo fato da índia-mãe receber salário maternidade. Ela é mãe como qualquer mulher de qualquer cor e brasileira. Com benefícios do governo ou não, a índia nunca vai deixar de ter ou matar seus filhos. com fome ou não ela os criará. Foi infeliz a expressão "indio quer dinheiro". Porque antes de descobrir o dinheiro eles viviam felizes e muitos preferem trocas em produtos. O problema das certidões são da máfia dos cartórios todos da maçonaria e se há golpes para ganhar dinheiro, com certeza elas aprenderam com o brancos.
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