From Indigenous Peoples in Brazil
News
Mortes em aldeias Xerente preocupam
15/04/2005
Autor: Flávio Herculano
Fonte: Jornal do Tocantins-Palmas-TO
Tocantínia - Só esta semana três indígenas, sendo dois adultos e uma criança, morreram vítimas de peneumonia
Três índios da etnia Xerente, residentes em Tocantínia, município localizado na região Central do Estado, a 80 quilômentros de Palmas, morreram vítimas de pneumonia só esta semana. Um deles, Jucelino Xerente, falecido na última quarta-feira, era irmão do diretor da Associação Indígena Xerente (AIX) e motorista da entidade que gerencia o pólo municipal da saúde indígena. Na última segunda-feira, morreram Moacir Xerente, morador da aldeia Porteira, e uma criança, sobrinha de Jucelino, que, como ele, residia na unidade Aldeinha.
As três histórias de morte têm, em comum, o tratamento interrompido da pneumonia ou a busca pelo socorro médico quando a vida estava apenas por um fio, em hospitais de municípios circunvizinhos. Tocantínia, que tem uma população estimada em 5.872 habitantes, não conta com unidade hospitalar.
Moacir Xerente, suspeito de ter também tuberculose, foi encaminhado para tratamento em Goiânia (GO), pouco antes de morrer. Juscelino, que teria pneumonia dupla e estava doente há cerca de dez dias, iniciou tratamento no Hospital Municipal de Miracema, onde foi medicado e encaminhado de volta à aldeia. Na segunda-feira, dia de sua morte, ele teria que retornar à unidade para novo exames, o que não foi feito, segundo relatou o prefeito da Tocantínia, Manoel Silvino (PFL). A sobrinha de Jucelino também começou o tratamento no mesmo hospital e retornou para casa, sendo que seus parentes teriam procurado socorro médico apenas pouco antes de sua morte, no próprio município. Mesmo sem querer alardear um possível surto de pneumonia nas aldeias, o prefeito informou que, no início do ano, uma outra morte foi causada pela doença.
Do total dos habitantes de Tocantínia, cerca de 2.700 são indígenas da etnia Xerente e estão distribuídos em 42 aldeias. A assistência de saúde lhes é prestada apenas em caráter preventivo, por duas equipes compostas por dois médicos, dois enfermeiros e 16 auxiliares de enfermagem, além de dois dantistas, segundo o informou o chefe de Distribuição Sanitária Especial Indígena (DSEI) da Fundação Nacional do Índio (Funasa), Sidnei Marinho.
A morte dos três índios fez com que fosse cancelado o lançamento da Campanha de vacinação indígena, que começaria hoje, em nível estadual, pela etnia Xerente. Uma nova data deverá ser definida até segunda-feira. A vacinação compreende a imunização inclusive contra gripe influenza, que pode prevenir problemas como pneumonia e tuberculose. Além disso, a vacina prevenirá contra febre amarela, hepatite B, sarampo, tétano difteria, coqueluche, meningite, rubéola, varicela e paralisia infantil. A Funasa ainda não anunciou ações emergenciais para conter pneumonia e tuberculose entre os indígenas.
Serviço
O que: Três índios tocantinenses morreram esta semana vítimas de pneumonia
Onde: Em aldeias Xerente de Tocantínia
Três índios da etnia Xerente, residentes em Tocantínia, município localizado na região Central do Estado, a 80 quilômentros de Palmas, morreram vítimas de pneumonia só esta semana. Um deles, Jucelino Xerente, falecido na última quarta-feira, era irmão do diretor da Associação Indígena Xerente (AIX) e motorista da entidade que gerencia o pólo municipal da saúde indígena. Na última segunda-feira, morreram Moacir Xerente, morador da aldeia Porteira, e uma criança, sobrinha de Jucelino, que, como ele, residia na unidade Aldeinha.
As três histórias de morte têm, em comum, o tratamento interrompido da pneumonia ou a busca pelo socorro médico quando a vida estava apenas por um fio, em hospitais de municípios circunvizinhos. Tocantínia, que tem uma população estimada em 5.872 habitantes, não conta com unidade hospitalar.
Moacir Xerente, suspeito de ter também tuberculose, foi encaminhado para tratamento em Goiânia (GO), pouco antes de morrer. Juscelino, que teria pneumonia dupla e estava doente há cerca de dez dias, iniciou tratamento no Hospital Municipal de Miracema, onde foi medicado e encaminhado de volta à aldeia. Na segunda-feira, dia de sua morte, ele teria que retornar à unidade para novo exames, o que não foi feito, segundo relatou o prefeito da Tocantínia, Manoel Silvino (PFL). A sobrinha de Jucelino também começou o tratamento no mesmo hospital e retornou para casa, sendo que seus parentes teriam procurado socorro médico apenas pouco antes de sua morte, no próprio município. Mesmo sem querer alardear um possível surto de pneumonia nas aldeias, o prefeito informou que, no início do ano, uma outra morte foi causada pela doença.
Do total dos habitantes de Tocantínia, cerca de 2.700 são indígenas da etnia Xerente e estão distribuídos em 42 aldeias. A assistência de saúde lhes é prestada apenas em caráter preventivo, por duas equipes compostas por dois médicos, dois enfermeiros e 16 auxiliares de enfermagem, além de dois dantistas, segundo o informou o chefe de Distribuição Sanitária Especial Indígena (DSEI) da Fundação Nacional do Índio (Funasa), Sidnei Marinho.
A morte dos três índios fez com que fosse cancelado o lançamento da Campanha de vacinação indígena, que começaria hoje, em nível estadual, pela etnia Xerente. Uma nova data deverá ser definida até segunda-feira. A vacinação compreende a imunização inclusive contra gripe influenza, que pode prevenir problemas como pneumonia e tuberculose. Além disso, a vacina prevenirá contra febre amarela, hepatite B, sarampo, tétano difteria, coqueluche, meningite, rubéola, varicela e paralisia infantil. A Funasa ainda não anunciou ações emergenciais para conter pneumonia e tuberculose entre os indígenas.
Serviço
O que: Três índios tocantinenses morreram esta semana vítimas de pneumonia
Onde: Em aldeias Xerente de Tocantínia
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