From Indigenous Peoples in Brazil
News
Índios ligam e marcam o local da entrega
30/05/2005
Fonte: Zero Hora-Porto Alegre-RS
Entrevista: negociante
No entorno de uma reserva criada para preservar as tradições dos índios e sua natureza, opera um mercado clandestino de diamantes brutos. Há uma rede de delitos, corrupção e armações, como o Garimpo do Mineiro, fechado pela Polícia Federal no início do ano por não fornecer um quilate sequer de diamante e ser usado para "esquentar" as pedras encontradas no outro lado do Rio Roosevelt, dentro da terra dos cintas-largas, em Rondônia. Um sulista de 62 anos que compra e vende pedras tiradas da área indígena concordou em falar a Zero Hora, desde que não fosse identificado nem tivesse a conversa gravada. A entrevista foi concedida no dia 12, em Espigão d'Oeste (RO). A seguir, os principais trechos:
Zero Hora - O senhor compra diamantes dos índios cintas-largas?
Negociante - Sim. Sou amigo de pelo menos dois caciques. Temos uma relação de confiança que vem de muitos anos.
ZH - Mas a área indígena está cercada pelos federais. Como o senhor consegue pegar as pedras?
Negociante - A área é muito grande. Os índios conhecem todos os caminhos dentro da mata. Eles ligam e marcam o local da entrega. Eu busco as pedras e vendo.
ZH - As pedras que o senhor pega dos índios são vendidas para quem?
Negociante - Depende. Diamantes pequenos vêm em lotes. Neste caso, repasso para Vilhena (cidade na divisa de Rondônia e Mato Grosso). De lá, segue para Minas Gerais. Agora, se for um diamante de grande valor, ligo para o comprador em Belo Horizonte, e ele vem até aqui para fazermos o negócio, porque envolve grandes somas em dinheiro.
ZH - O sr. já vendeu pedras de grande valor?
Negociante - Sim. Foram R$ 700 mil, eu ganhei um bom dinheiro.
No entorno de uma reserva criada para preservar as tradições dos índios e sua natureza, opera um mercado clandestino de diamantes brutos. Há uma rede de delitos, corrupção e armações, como o Garimpo do Mineiro, fechado pela Polícia Federal no início do ano por não fornecer um quilate sequer de diamante e ser usado para "esquentar" as pedras encontradas no outro lado do Rio Roosevelt, dentro da terra dos cintas-largas, em Rondônia. Um sulista de 62 anos que compra e vende pedras tiradas da área indígena concordou em falar a Zero Hora, desde que não fosse identificado nem tivesse a conversa gravada. A entrevista foi concedida no dia 12, em Espigão d'Oeste (RO). A seguir, os principais trechos:
Zero Hora - O senhor compra diamantes dos índios cintas-largas?
Negociante - Sim. Sou amigo de pelo menos dois caciques. Temos uma relação de confiança que vem de muitos anos.
ZH - Mas a área indígena está cercada pelos federais. Como o senhor consegue pegar as pedras?
Negociante - A área é muito grande. Os índios conhecem todos os caminhos dentro da mata. Eles ligam e marcam o local da entrega. Eu busco as pedras e vendo.
ZH - As pedras que o senhor pega dos índios são vendidas para quem?
Negociante - Depende. Diamantes pequenos vêm em lotes. Neste caso, repasso para Vilhena (cidade na divisa de Rondônia e Mato Grosso). De lá, segue para Minas Gerais. Agora, se for um diamante de grande valor, ligo para o comprador em Belo Horizonte, e ele vem até aqui para fazermos o negócio, porque envolve grandes somas em dinheiro.
ZH - O sr. já vendeu pedras de grande valor?
Negociante - Sim. Foram R$ 700 mil, eu ganhei um bom dinheiro.
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