From Indigenous Peoples in Brazil
News
Fazendeira vive o drama de ter a propriedade invadida há quase um ano
03/08/2015
Autor: Elizângela Lemes
Fonte: Capital News (Campo Grande - MS) - www.capitalnews.com.br
Proprietária de fazenda invadida por um grupo de indígenas da etnia Guarani Kaiowá conta sobre o drama que enfrenta há um ano. Segundo Maria Helena Vanzella no dia 24 de setembro de 2014, os indígenas invadiram a propriedade localizada em Coronel Sapucaia e despejaram a família. "Você dorme cheia de sonhos e acorda no meio de um pesadelo", afirma.
Na área, a empresária cultivava grãos e tinha na propriedade arrendada a principal fonte de renda da família. Maria Helena conta que a propriedade recebeu muitos investimentos pouco tempo antes da invasão. Contabilizando o que perdeu com a ação dos indígenas e o que deixou de ganhar por não poder ter colhido nada durante esse período, o prejuízo ultrapassa a casa dos R$ 2 milhões, afirma a produtora. Impedida de cultivar, a família busca ajuda pra recuperar o prejuízo financeiro e abalo emocional.
A produtora que arrendava as terras das propriedades Guapey e Barra Bonita lamenta a situação. "Investimos na terra, que antes era pasto, para iniciarmos o cultivo de grãos. Gastamos com adubo, equipamentos, agricultura de precisão, caprichamos muito na pintura da casa e tudo foi por água abaixo", relembra a fazendeira.
Maria Helena destaca que há quase um ano ela tenta resolver o problema de sua propriedade junto à Justiça, mas até o momento nada foi resolvido. "Todas as portas se fecham para nós", lamenta. Segundo a produtora, logo após a invasão o juiz do município concedeu a reintegração de posse da propriedade, mas a mesma ficou vigente por seis meses sem ser cumprida pela Polícia Federal. Até ser suspensa pela Justiça. "Hoje eu espero a Justiça de Deus, não a do homem", diz.
A produtora também lamenta a situação dos indígenas invasores que, em sua avaliação, estão abandonados pela Funai - Fundação Nacional do Índio e pelas entidades que deveriam atender os seus interesses. "De nada adiantou invadir minhas terras. Lá, eles passam fome, passam necessidade. Ficam no frio, na chuva, à mercê da natureza. Eles pedem comida aos produtores vizinhos e, inclusive, para os que têm propriedade invadida".
No dia 14 de julho deste ano, durante a reunião com José Eduardo Cardozo, ocorrida em Brasília, a produtora rural fez um desabafo comovente sobre a condição de sua propriedade rural, localizada em Coronel Sapucaia. "Eu quero que o senhor veja a situação nossa, o que nós estamos passando. Lá é corredor de drogas, nós vemos índios alcoolizados 24 horas, nós vemos índios drogados 24 horas. O senhor sabe o que um drogado, um alcoolizado faz. Ele não pensa. É isso que eu quero que vocês tomem providência. A situação está feia. Eu sou uma mãe de família, trabalhei a vida inteira para criar os meus filhos", ressaltou a produtora.
Durante o encontro, que contou com a presença de lideranças políticas, rurais e do presidente da Famasul - Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Maria Helena reclamou ao ministro os seus direitos de propriedade. "Eles têm o seu direito, mas nós também temos em uma terra que não é área indígena (...). Eu não aguento mais isso, pedir socorro e clamar em portas que nunca se abrem".
De acordo com os dados do Famasul, atualmente, Mato Grosso do Sul tem 91 propriedades rurais invadidas por indígenas. Recentemente, a situação se agravou no Estado, após a ação ocorrida em três propriedades rurais de Aquidauana. Especificamente em Coronel Sapucaia, são seis propriedades invadidas.
http://www.capitalnews.com.br/rural/fazendeira-vive-o-drama-de-ter-a-propriedade-invadida-ha-quase-um-ano/281889
Na área, a empresária cultivava grãos e tinha na propriedade arrendada a principal fonte de renda da família. Maria Helena conta que a propriedade recebeu muitos investimentos pouco tempo antes da invasão. Contabilizando o que perdeu com a ação dos indígenas e o que deixou de ganhar por não poder ter colhido nada durante esse período, o prejuízo ultrapassa a casa dos R$ 2 milhões, afirma a produtora. Impedida de cultivar, a família busca ajuda pra recuperar o prejuízo financeiro e abalo emocional.
A produtora que arrendava as terras das propriedades Guapey e Barra Bonita lamenta a situação. "Investimos na terra, que antes era pasto, para iniciarmos o cultivo de grãos. Gastamos com adubo, equipamentos, agricultura de precisão, caprichamos muito na pintura da casa e tudo foi por água abaixo", relembra a fazendeira.
Maria Helena destaca que há quase um ano ela tenta resolver o problema de sua propriedade junto à Justiça, mas até o momento nada foi resolvido. "Todas as portas se fecham para nós", lamenta. Segundo a produtora, logo após a invasão o juiz do município concedeu a reintegração de posse da propriedade, mas a mesma ficou vigente por seis meses sem ser cumprida pela Polícia Federal. Até ser suspensa pela Justiça. "Hoje eu espero a Justiça de Deus, não a do homem", diz.
A produtora também lamenta a situação dos indígenas invasores que, em sua avaliação, estão abandonados pela Funai - Fundação Nacional do Índio e pelas entidades que deveriam atender os seus interesses. "De nada adiantou invadir minhas terras. Lá, eles passam fome, passam necessidade. Ficam no frio, na chuva, à mercê da natureza. Eles pedem comida aos produtores vizinhos e, inclusive, para os que têm propriedade invadida".
No dia 14 de julho deste ano, durante a reunião com José Eduardo Cardozo, ocorrida em Brasília, a produtora rural fez um desabafo comovente sobre a condição de sua propriedade rural, localizada em Coronel Sapucaia. "Eu quero que o senhor veja a situação nossa, o que nós estamos passando. Lá é corredor de drogas, nós vemos índios alcoolizados 24 horas, nós vemos índios drogados 24 horas. O senhor sabe o que um drogado, um alcoolizado faz. Ele não pensa. É isso que eu quero que vocês tomem providência. A situação está feia. Eu sou uma mãe de família, trabalhei a vida inteira para criar os meus filhos", ressaltou a produtora.
Durante o encontro, que contou com a presença de lideranças políticas, rurais e do presidente da Famasul - Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Maria Helena reclamou ao ministro os seus direitos de propriedade. "Eles têm o seu direito, mas nós também temos em uma terra que não é área indígena (...). Eu não aguento mais isso, pedir socorro e clamar em portas que nunca se abrem".
De acordo com os dados do Famasul, atualmente, Mato Grosso do Sul tem 91 propriedades rurais invadidas por indígenas. Recentemente, a situação se agravou no Estado, após a ação ocorrida em três propriedades rurais de Aquidauana. Especificamente em Coronel Sapucaia, são seis propriedades invadidas.
http://www.capitalnews.com.br/rural/fazendeira-vive-o-drama-de-ter-a-propriedade-invadida-ha-quase-um-ano/281889
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source