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Horta Orgânica reduz mortalidade infantil em comunidade indígena

27/07/2005

Fonte: Agência Sebrae de Noticias



O projeto Horta Orgânica, realizado pelo Sebrae em parceria com o Ministério da Integração Nacional e com a Fundação Banco do Brasil, já começa a dar frutos em sua fase piloto. É que nas aldeias Xavante 'Onça Preta', 'São Pedro' e 'Parinaiá', em Mato Grosso, nas quais o projeto foi implantado, os índios já montaram os círculos onde estão sendo plantadas as hortaliças. Em setembro, terá início a colheita da produção.

A coordenadora do projeto Horta Orgânica no Sebrae, Newman Costa, comemora as primeiras avaliações feitas no local. Ela afirma que, depois de passarem uma semana nas aldeias Xavante, os técnicos constataram que toda a comunidade está comprometida com a proposta.

Segundo Newman, a colheita de setembro servirá tanto para sustentar a aldeia quanto para comercializar os produtos, caso haja excedente. "Os produtos poderão ser vendidos em feiras na cidade mais próxima, que é Campinápolis. Lá, as hortaliças são provenientes, em sua maioria, de São Paulo, e chegam uma vez por mês", informa.

O Horta Orgânica surgiu para diminuir as taxas de mortalidade infantil entre os índios. Para se ter uma idéia, em 2004, as três aldeias atendidas registraram índice cinco vezes mais alto que os apurados entre a população brasileira. Segundo dados do Ministério da Saúde, foram 133,8 mortes a cada mil nascimentos, enquanto o índice nacional foi de 24,3 por mil nascimentos.

De 2004 pra cá, houve redução significativa nos casos de morte por desnutrição entre os índios Xavante. E tudo indica que os índios já estão prontos para as próximas fases do projeto.

"Para introduzir novos alimentos e o conceito de cuidados diários e permanentes foi fundamental o apoio do cacique, Isaías Prowe, de 33 anos, que acreditou na viabilidade do projeto. Ainda assim, tivemos todo o cuidado de interferir o mínimo possível", relata Newman.

Esta semana, foram instaladas placas solares necessárias para gerar energia para o sistema de irrigação. Já na segunda fase, que envolve término do plantio e colheita, deverão ser investidos R$ 73 mil.

Em breve, as aldeias devem receber animais como vacas, patos e galinhas para complementar o trabalho da horta orgânica. "Além de alimento, esses animais também são importantes para o projeto por causa do esterco, que combate pragas naturalmente. Existe o compromisso de não usar qualquer tipo de produto químico", afirma Newman.
 

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