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Caingangues desmontam casa Índios rejeitam deixar o Morro do Osso

02/08/2005

Fonte: Zero Hora-Porto Alegre-RS



Índios caingangues que ocupam áreas do Morro do Osso, na zona sul de Porto Alegre, desmontaram na manhã de ontem uma das casas construídas sobre o terreno municipal, atendendo a uma ordem da Justiça.

A casa de madeira havia sido erguida no interior da área do Morro do Osso, cerca de cem metros além do local em que as 27 famílias estão acampadas, na Rua Padre Werner. A Justiça ordenou a demolição da casa e proibiu novas construções no terreno público. O grupo caingangue decidiu acatar a ordem para não comprometer uma luta considerada maior, a permanência no morro, onde, segundo laudos antropológicos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ancestrais indígenas habitaram. Jaime Kentanh, cacique da tribo, frisou que a demolição da casa não significa o fim da batalha judicial pela área de 27 hectares.

- Não estamos brigando por espaço, mas por nosso local de origem, onde estavam nossos ancestrais - diz Kentanh.

O conflito em torno do morro opõe índios e a prefeitura, mas envolve ainda o Ministério Público e a Fundação Nacional do Índio (Funai). Ontem, técnicos dos dois órgãos vistoriaram uma área de 10 hectares na reserva indígena do Cantagalo, também na Zona Sul. Pela proposta da Secretaria Municipal dos Direitos Humanos e Segurança Urbana, os caingangues seriam removidos para a nova área, onde receberiam casas. Segundo o advogado dos índios, Luiz Francisco Corrêa Barbosa, a transferência está "fora de cogitação".
 

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