From Indigenous Peoples in Brazil
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Mais quatro indígenas passam por exame de corpo de delito em MS
23/06/2016
Autor: Juliene Katayama
Fonte: G1- http://g1.globo.com
Mais quatro indígenas feridos no confronto com produtores rurais na fazenda Ivu, em Caarapó, fizeram o exame de corpo de delito nesta quinta-feira (23) na Unidade Regional de Perícia e Identificação de Dourados. Dos seis índios internados, apenas um continua no Hospital da Vida.
De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), pelo menos 10 indígenas devem fazer o exame por causa de ferimentos. Dois deles foram feridos por balas de borracha e outros dois chegaram a ficar internados.
Na quarta-feira (22), três indígenas passaram pelo exame e dois deles teriam sido atingidos por 15 balas de borracha durante conflito. O outro vai ficar com uma bala de arma de fogo alojada.
O conflito aconteceu no último dia 14 de junho na Terra Indígena Dourados-Amambaipeguá I. O agente de saúde indígena, Clodiode Aquileu Rodrigues de Souza, de 26 anos, morreu e seis ficaram feridos. Além do local onde ocorreu o confronto, os indígenas ocuparam outras áreas da fazenda Ivu e mais quatro propriedades, segundo o Cimi.
Os laudos dos exames serão repassados para a Polícia Federal para instrução dos autos porque são a "materialidade do delito". O inquérito por portaria tem 30 dias para ser concluído a partir da data do fato. Sobre o ocorrido, ainda restam 20 dias para ser finalizado e apontar os responsáveis.
Além do inquérito da PF, o Ministério Público Federal (MPF) está coletando depoimentos. Em relação aos suspeitos, os depoimentos são feitos pela polícia. Segundo a assessoria do MPF, a Justiça decretou sigilo do procedimento.
Reféns
Após confronto, militares acabaram rendidos pelos indígenas por duas horas depois de o pneu da viatura furar. Eles tiveram as armas de fogo e coletes tomados, a viatura queimada e três sofreram ferimentos leves.
Segundo o tenente-coronel, Carlos Silva, a equipe foi recebida a tiros e há suspeita de que índios paraguaios estejam entre os indígenas brasileiros. Eles acompanhavam a equipe do Corpo de Bombeiros.
A assessoria da PM informou ao G1 que os três policiais já fizeram exame de corpo de delito. Eles continuam afastado para tratamento médico.
Segurança
O Ministério da Justiça (MJ) autorizou o enviou da Força Nacional no dia do conflito. De acordo com a assessoria do MJ, os militares vão continuar na região por tempo indeterminado. A tropa está atuando em ações de segurança pública, por meio de policiamento ostensivo, com o objetivo de garantir a incolumidade das pessoas, do patrimônio e a manutenção da ordem pública, na área de ocorrência de conflitos entre índios e não índios.
As interlocuções com os índios continuam sendo realizadas, encabeçadas pelo procurador do Ministério Público Federal (MPF), Marco Antônio, e por um representante da Funai.
Outras mortes
Em agosto de 2015, cerca de 80 indígenas ocuparam cinco fazendas vizinhas à aldeia em Antônio João (MS). Durante retomada feita por fazendeiros, os dois grupos entraram em confronto e um indígena foi encontrado morto perto de um córrego, dentro de uma das fazendas.
Em maio de 2013, confronto entre indígenas e policiais durante a reintegração de posse de uma fazenda ocupada em Sidrolândia, a 70 quilômetros de Campo Grande, deixou um índio morto e vários outros feridos.
http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2016/06/mais-quatro-indigenas-passam-por-exame-de-corpo-de-delito-em-ms.html
De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), pelo menos 10 indígenas devem fazer o exame por causa de ferimentos. Dois deles foram feridos por balas de borracha e outros dois chegaram a ficar internados.
Na quarta-feira (22), três indígenas passaram pelo exame e dois deles teriam sido atingidos por 15 balas de borracha durante conflito. O outro vai ficar com uma bala de arma de fogo alojada.
O conflito aconteceu no último dia 14 de junho na Terra Indígena Dourados-Amambaipeguá I. O agente de saúde indígena, Clodiode Aquileu Rodrigues de Souza, de 26 anos, morreu e seis ficaram feridos. Além do local onde ocorreu o confronto, os indígenas ocuparam outras áreas da fazenda Ivu e mais quatro propriedades, segundo o Cimi.
Os laudos dos exames serão repassados para a Polícia Federal para instrução dos autos porque são a "materialidade do delito". O inquérito por portaria tem 30 dias para ser concluído a partir da data do fato. Sobre o ocorrido, ainda restam 20 dias para ser finalizado e apontar os responsáveis.
Além do inquérito da PF, o Ministério Público Federal (MPF) está coletando depoimentos. Em relação aos suspeitos, os depoimentos são feitos pela polícia. Segundo a assessoria do MPF, a Justiça decretou sigilo do procedimento.
Reféns
Após confronto, militares acabaram rendidos pelos indígenas por duas horas depois de o pneu da viatura furar. Eles tiveram as armas de fogo e coletes tomados, a viatura queimada e três sofreram ferimentos leves.
Segundo o tenente-coronel, Carlos Silva, a equipe foi recebida a tiros e há suspeita de que índios paraguaios estejam entre os indígenas brasileiros. Eles acompanhavam a equipe do Corpo de Bombeiros.
A assessoria da PM informou ao G1 que os três policiais já fizeram exame de corpo de delito. Eles continuam afastado para tratamento médico.
Segurança
O Ministério da Justiça (MJ) autorizou o enviou da Força Nacional no dia do conflito. De acordo com a assessoria do MJ, os militares vão continuar na região por tempo indeterminado. A tropa está atuando em ações de segurança pública, por meio de policiamento ostensivo, com o objetivo de garantir a incolumidade das pessoas, do patrimônio e a manutenção da ordem pública, na área de ocorrência de conflitos entre índios e não índios.
As interlocuções com os índios continuam sendo realizadas, encabeçadas pelo procurador do Ministério Público Federal (MPF), Marco Antônio, e por um representante da Funai.
Outras mortes
Em agosto de 2015, cerca de 80 indígenas ocuparam cinco fazendas vizinhas à aldeia em Antônio João (MS). Durante retomada feita por fazendeiros, os dois grupos entraram em confronto e um indígena foi encontrado morto perto de um córrego, dentro de uma das fazendas.
Em maio de 2013, confronto entre indígenas e policiais durante a reintegração de posse de uma fazenda ocupada em Sidrolândia, a 70 quilômetros de Campo Grande, deixou um índio morto e vários outros feridos.
http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2016/06/mais-quatro-indigenas-passam-por-exame-de-corpo-de-delito-em-ms.html
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