From Indigenous Peoples in Brazil
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J. Walter Thompson lança campanha para ajudar a combater preconceito contra indígenas
13/03/2017
Fonte: Inteligemcia - http://www.inteligemcia.com.br
J. Walter Thompson lança campanha para ajudar a combater preconceito contra indígenas
Na parte mais noroeste da Amazônia Brasileira, região conhecida como "cabeça do cachorro", vive o povo indígena Baniwa, que protagoniza a nova campanha do Instituto Socioambiental (ISA). Criada pela J. Walter Thompson, com produção da Pródigo Filmes, a campanha institucional é a maior da história do ISA e a primeira em parceria com a agência.
O objetivo do trabalho é desmistificar a figura do índio isolado, como o único indígena digno de ter seus direitos respeitados. "Parte da população criou no imaginário - com a ajuda, inclusive, de livros escolares - a figura do índio 'puro', o índio mais índio que os outros, como se aqueles que fugissem desse estereótipo não merecessem ter seus direitos garantidos". A afirmação é de Mariana Borga, diretora de criação da J. Walter Thompson, que acrescenta: "Queremos quebrar esse preconceito".
Os Baniwa - etnia que apesar de ter incorporado diversos hábitos não-indígenas mantém sua organização social, sua língua e uma forte relação com o meio ambiente - foram os escolhidos para dar corpo (e rosto) à mensagem. "Eles se identificaram na hora com a proposta, porque têm a sua identidade questionada com frequência", salienta Bruno Weis, coordenador de Comunicação do ISA. "Eles se sentem, se reconhecem e se apresentam como índios, mas uma parte da população insiste em dizer que não são."
Detalhando um pouco mais a estratégia da campanha, Ricardo John, CCO da J. Walter Thompson, comenta que o ISA faz um trabalho fundamental com as populações originárias do Brasil e precisa de apoio para continuar nessa luta. "Mas é impossível obter esse apoio enquanto as pessoas continuarem a ter preconceito", diz ele. "Nós já não somos mais como os nossos tataravós e nem por isso temos a nossa identidade questionada, então por que fazer isso com os indígenas?", questiona Rodrigo Grau, também CCO da J. Walter Thompson.
O projeto, que chegou à agência através do Planning4Good, uma iniciativa do Grupo de Planejamento da qual participavam Fernand Alphen, então head de planejamento da J. Walter Thompson, e Jurandir Craveiro, Presidente do ISA, toca num ponto delicado: "O insight do preconceito expõe uma questão pouco admitida no Brasil, que é o racismo contra os índios", diz Jurandir.
Para a produção, uma equipe reduzida de dois diretores, um assistente de direção e um operador de som com um drone acompanharam toda a rotina dos Baniwa ao longo de seis dias na floresta. "Deixamos de lado todo o pensamento publicitário e encaramos o projeto como um documentário", conta Andre Godoi, diretor de cena da Prodigo Films. "Eu pude aliar a fotografia e a direção em um conceito direto e real, retratando os índios e a questão do preconceito", completa Daniel Klajmic, também diretor de cena da produtora. A campanha conta com um filme para TV, internet e para cinema, além de outras peças digitais.
http://www.inteligemcia.com.br/j-walter-thompson-lanca-campanha-para-ajudar-combater-preconceito-contra-indigenas/
Na parte mais noroeste da Amazônia Brasileira, região conhecida como "cabeça do cachorro", vive o povo indígena Baniwa, que protagoniza a nova campanha do Instituto Socioambiental (ISA). Criada pela J. Walter Thompson, com produção da Pródigo Filmes, a campanha institucional é a maior da história do ISA e a primeira em parceria com a agência.
O objetivo do trabalho é desmistificar a figura do índio isolado, como o único indígena digno de ter seus direitos respeitados. "Parte da população criou no imaginário - com a ajuda, inclusive, de livros escolares - a figura do índio 'puro', o índio mais índio que os outros, como se aqueles que fugissem desse estereótipo não merecessem ter seus direitos garantidos". A afirmação é de Mariana Borga, diretora de criação da J. Walter Thompson, que acrescenta: "Queremos quebrar esse preconceito".
Os Baniwa - etnia que apesar de ter incorporado diversos hábitos não-indígenas mantém sua organização social, sua língua e uma forte relação com o meio ambiente - foram os escolhidos para dar corpo (e rosto) à mensagem. "Eles se identificaram na hora com a proposta, porque têm a sua identidade questionada com frequência", salienta Bruno Weis, coordenador de Comunicação do ISA. "Eles se sentem, se reconhecem e se apresentam como índios, mas uma parte da população insiste em dizer que não são."
Detalhando um pouco mais a estratégia da campanha, Ricardo John, CCO da J. Walter Thompson, comenta que o ISA faz um trabalho fundamental com as populações originárias do Brasil e precisa de apoio para continuar nessa luta. "Mas é impossível obter esse apoio enquanto as pessoas continuarem a ter preconceito", diz ele. "Nós já não somos mais como os nossos tataravós e nem por isso temos a nossa identidade questionada, então por que fazer isso com os indígenas?", questiona Rodrigo Grau, também CCO da J. Walter Thompson.
O projeto, que chegou à agência através do Planning4Good, uma iniciativa do Grupo de Planejamento da qual participavam Fernand Alphen, então head de planejamento da J. Walter Thompson, e Jurandir Craveiro, Presidente do ISA, toca num ponto delicado: "O insight do preconceito expõe uma questão pouco admitida no Brasil, que é o racismo contra os índios", diz Jurandir.
Para a produção, uma equipe reduzida de dois diretores, um assistente de direção e um operador de som com um drone acompanharam toda a rotina dos Baniwa ao longo de seis dias na floresta. "Deixamos de lado todo o pensamento publicitário e encaramos o projeto como um documentário", conta Andre Godoi, diretor de cena da Prodigo Films. "Eu pude aliar a fotografia e a direção em um conceito direto e real, retratando os índios e a questão do preconceito", completa Daniel Klajmic, também diretor de cena da produtora. A campanha conta com um filme para TV, internet e para cinema, além de outras peças digitais.
http://www.inteligemcia.com.br/j-walter-thompson-lanca-campanha-para-ajudar-combater-preconceito-contra-indigenas/
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