From Indigenous Peoples in Brazil
News
Na ONU, indígenas denunciam violação de direitos humanos
21/09/2017
Fonte: OESP, Política, p. A8
Na ONU, indígenas denunciam violação de direitos humanos
Povos alertam para o número de assassinatos e dizem que estão confinados em reservas; governo rebate críticas
Representantes de povos indígenas brasileiros denunciaram o governo nas Nações Unidas e pedem "medidas urgentes" da entidade internacional para frear as mortes e violações de direitos humanos. Ontem, grupos acusaram as autoridades nacionais de "atrocidades" em um debate realizado no Conselho de Direitos Humanos da ONU.
"Queremos que este conselho tome medidas urgentes sobre a grave crise humanitária que meu povo passa", disse Voninho Benites, representando o Conselho da Grande Assembleia Aty Guasu Guarani e Kaiowá.
Em sua denúncia, ele apontou ainda para 750 suicídios de integrantes do povo guarani e kaiowá e 470 assassinatos.
"Não aceitaremos esta realidade e vamos continuar a resistir e a demarcar nossas terras com o nosso próprio sangue", afirmou Benites.
"Somos o segundo maior povo indígena do Brasil, sobrevivendo em pior situação de terras demarcadas", disse. "As reservas criadas pelo governo há quase cem anos se tornaram o confinamento do nosso povo, nos condenando à fome e à dependência extrema da vontade do Estado, ao passo que nosso povo vive de cestas básicas alimentares, porque não temos terras para plantar", afirmou.
Resposta. O governo brasileiro respondeu às críticas dizendo que existem no País 462 terras indígenas, envolvendo 13% do território nacional. "O governo não suspendeu nem minou o processo de demarcação", disse Maria Nazareth Farani Azevedo, embaixadora do Brasil nas Nações Unidas.
OESP, 21/09/2017, Política, p. A8
http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,indigenas-pedem-medidas-urgentes-da-onu-para-frear-mortes-no-brasil,70002008989
Povos alertam para o número de assassinatos e dizem que estão confinados em reservas; governo rebate críticas
Representantes de povos indígenas brasileiros denunciaram o governo nas Nações Unidas e pedem "medidas urgentes" da entidade internacional para frear as mortes e violações de direitos humanos. Ontem, grupos acusaram as autoridades nacionais de "atrocidades" em um debate realizado no Conselho de Direitos Humanos da ONU.
"Queremos que este conselho tome medidas urgentes sobre a grave crise humanitária que meu povo passa", disse Voninho Benites, representando o Conselho da Grande Assembleia Aty Guasu Guarani e Kaiowá.
Em sua denúncia, ele apontou ainda para 750 suicídios de integrantes do povo guarani e kaiowá e 470 assassinatos.
"Não aceitaremos esta realidade e vamos continuar a resistir e a demarcar nossas terras com o nosso próprio sangue", afirmou Benites.
"Somos o segundo maior povo indígena do Brasil, sobrevivendo em pior situação de terras demarcadas", disse. "As reservas criadas pelo governo há quase cem anos se tornaram o confinamento do nosso povo, nos condenando à fome e à dependência extrema da vontade do Estado, ao passo que nosso povo vive de cestas básicas alimentares, porque não temos terras para plantar", afirmou.
Resposta. O governo brasileiro respondeu às críticas dizendo que existem no País 462 terras indígenas, envolvendo 13% do território nacional. "O governo não suspendeu nem minou o processo de demarcação", disse Maria Nazareth Farani Azevedo, embaixadora do Brasil nas Nações Unidas.
OESP, 21/09/2017, Política, p. A8
http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,indigenas-pedem-medidas-urgentes-da-onu-para-frear-mortes-no-brasil,70002008989
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