From Indigenous Peoples in Brazil

News

PGR recorre para garantir pagamento de indenização aos povos Xikirin e Kayapó

28/05/2019

Fonte: MPF http://www.mpf.mp.br



A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou recurso contra decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de paralisar processo em que a mineradora Onça Puma, subsidiária da Vale, foi obrigada a indenizar três aldeias do povo Xikrin, e quatro do povo Kayapó, no estado do Pará. A determinação do ministro Dias Toffoli se deu em requerimento iniciado pela PGR contra liminar concedida na ação principal por desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que impediu o acesso das comunidades à compensação financeira fixada pela Quinta Turma do TRF1. O pagamento de indenização determinado pela Turma, no ano passado, visa a garantir a subsistência dos indígenas diante dos impactos provocados pelo empreendimento.

O ministro Dias Toffoli determinou o sobrestamento do caso até que fossem concluídas as perícias pendentes na ação principal, que corre em instâncias inferiores. No entanto, para a PGR, o Supremo já se pronunciou no sentido de que não é de sua competência analisar, no âmbito de medida de contracautela, os fatos e provas apresentados na ação principal, e que tal análise deve ser feita pelas instâncias ordinárias. "Se não caberá ao STF, ao final, realizar valoração da prova produzida na origem - como reconheceu o próprio presidente da Corte -, não há sentido em condicionar a apreciação do presente pleito ao encerramento da perícia determinada nos autos da ação civil pública, nisto residindo a contradição verificada na decisão ora embargada", argumenta o vice-procurador-geral da República, Luciano Mariz Maia, que assina a peça.

No documento, o vice-PGR ressalta que o pedido feito pela Procuradoria não visa discutir fatos e provas relativas ao mérito da ação principal. O objetivo, segundo ele, é evitar grave lesão à ordem, à saúde e à segurança públicas, por meio do restabelecimento dos efeitos de decisão proferida pela Quinta Turma do TRF1. "Esta, sim, prolatada mediante regular análise do conjunto fático-probatório reunido nos autos da ação principal, e que, portanto, não poderia ter sua eficácia posteriormente obstada por intervenção judicial anômala, e carente de qualquer fundamentação legal, proferida em sede de mandado de segurança", reforçou.

Saiba mais - Em 2011, o Ministério Público Federal ajuizou ação civil pública na qual solicitou a paralisação das atividades de extradição de níquel realizada pela mineradora Onça Puma. A empresa, que opera na zona rural dos municípios de Parauapebas, São Félix do Xingu e Ourilândia do Norte - em área limítrofe à terra indígena Xikrin, e próxima à terra indígena Kayapó -, descumpriu condicionantes exigidas no licenciamento ambiental. A paralisação do empreendimento só ocorreu no fim de 2017, após acórdão da Quinta Turma do TRF1.

Íntegra do recurso

Secretaria de Comunicação Social
Procuradoria-Geral da República
(61) 3105-6406 / 6415
pgr-imprensa@mpf.mp.br
facebook.com/MPFederal
twitter.com/mpf_pgr
instagram.com/mpf_oficial
www.youtube.com/tvmpf



http://www.mpf.mp.br/pgr/noticias-pgr/pgr-recorre-para-garantir-pagamento-de-indenizacao-aos-povos-xikirin-e-kayapo
 

The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source