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MS: Indígenas Guarani Kaiowá retomam território
27/10/2021
Fonte: A Nova Democracia - https://anovademocracia.com.br/noticias
MS: Indígenas Guarani Kaiowá retomam território
No dia 15 de outubro, cerca de 30 famílias indígenas Guarani Kaiowá retomaram o território tradicional exigindo a demarcação das terras do tekoha Teko-Ava. A ocupação ocorreu na Aldeia Boreviry, localizada no município de Naviraí, no Mato Grosso do Sul (MS).
Os Guarani Kaiowá denunciaram em nota emitida no dia 16/10, que após a criação de Área de Proteção Permanente (APP), foram expulsos de suas terras originárias. A área demarcada como APP abrange as margens do córrego MBoreviry, onde viviam os ancestrais Guarani Kaiowá. Atualmente o córrego, assim como a mata ciliar, se encontram completamente poluídos.
A comunidade de indígenas alega que a vida nas cidades estava insustentável: sofreram as mais diversas discriminação para viver e trabalhar, além da barreira da língua materna, alto preço da cesta básica e o aumento do custo de vida. Tudo isso impulsionou os indígenas a retomarem seu território.
Coletivamente, respeitando os anciãos e lideranças do Tekoha, decidiram retomar o território tradicional para viver novamente em comunidade, e argumentam: "Aqui estamos vivendo do nosso jeito, com nossa cultura. Queremos nossos direitos originários, com a demarcação do lugar que sempre foi nosso território, mas que a cidade nos expulsou".
E além da demarcação das terras exigem acesso à saúde para as famílias e educação para 65 crianças e jovens que vivem no tekoha.
No Mato Grosso do Sul 77% dos conflitos agrários são com populações indígenas
Segundo o Instituto Socioambiental (ISA), o MS é o estado com a segunda maior população indígena (cerca de 85 mil) e a segunda pior distribuição de terras. Os maiores 10% dos imóveis rurais do estado (8.674 imóveis) acumulam mais de 23 milhões de ha (75% da área total dos imóveis rurais), com uma área média de 2.680 ha por proprietário, as terras indígenas ocupam apenas 2,5%.
Nos últimos 15 anos (2005-2019) no MS, 77% dos conflitos por terra registrados são relativos ao reconhecimento de terras indígenas. O estado concentra 39,4% dos assassinatos de indígenas registrados no Brasil (2003-2019) e 63,7% dos suicídios cometidos por indígenas, entre 2000 e 2019.
Foto: Instituto Socioambiental
https://anovademocracia.com.br/noticias/16710-ms-indigenas-guarani-kaiowa-retomam-territorio
No dia 15 de outubro, cerca de 30 famílias indígenas Guarani Kaiowá retomaram o território tradicional exigindo a demarcação das terras do tekoha Teko-Ava. A ocupação ocorreu na Aldeia Boreviry, localizada no município de Naviraí, no Mato Grosso do Sul (MS).
Os Guarani Kaiowá denunciaram em nota emitida no dia 16/10, que após a criação de Área de Proteção Permanente (APP), foram expulsos de suas terras originárias. A área demarcada como APP abrange as margens do córrego MBoreviry, onde viviam os ancestrais Guarani Kaiowá. Atualmente o córrego, assim como a mata ciliar, se encontram completamente poluídos.
A comunidade de indígenas alega que a vida nas cidades estava insustentável: sofreram as mais diversas discriminação para viver e trabalhar, além da barreira da língua materna, alto preço da cesta básica e o aumento do custo de vida. Tudo isso impulsionou os indígenas a retomarem seu território.
Coletivamente, respeitando os anciãos e lideranças do Tekoha, decidiram retomar o território tradicional para viver novamente em comunidade, e argumentam: "Aqui estamos vivendo do nosso jeito, com nossa cultura. Queremos nossos direitos originários, com a demarcação do lugar que sempre foi nosso território, mas que a cidade nos expulsou".
E além da demarcação das terras exigem acesso à saúde para as famílias e educação para 65 crianças e jovens que vivem no tekoha.
No Mato Grosso do Sul 77% dos conflitos agrários são com populações indígenas
Segundo o Instituto Socioambiental (ISA), o MS é o estado com a segunda maior população indígena (cerca de 85 mil) e a segunda pior distribuição de terras. Os maiores 10% dos imóveis rurais do estado (8.674 imóveis) acumulam mais de 23 milhões de ha (75% da área total dos imóveis rurais), com uma área média de 2.680 ha por proprietário, as terras indígenas ocupam apenas 2,5%.
Nos últimos 15 anos (2005-2019) no MS, 77% dos conflitos por terra registrados são relativos ao reconhecimento de terras indígenas. O estado concentra 39,4% dos assassinatos de indígenas registrados no Brasil (2003-2019) e 63,7% dos suicídios cometidos por indígenas, entre 2000 e 2019.
Foto: Instituto Socioambiental
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