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MPF vai investigar atendimento médico de indígena morto em Manaus

02/03/2024

Fonte: Portal Rios de Notícias - https://www.riosdenoticias.com.br



Ele veio de Envira para acompanhar sua esposa, que precisava de um parto cesariana

MANAUS (AM) - O Ministério Público Federal (MPF) pediu informações de órgãos de saúde amazonenses, sobre a morte do indígena Tadeu Culina, de 33 anos, que morreu após ser espancado em Manaus. Ele veio do município de Envira, a 1,206 quilômetros da capital, para acompanhar a esposa dele, que precisava de uma cirurgia de parto cesariana urgente.

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De acordo com informações da Folha de São Paulo, os dois chegaram a capital amazonense no dia 1o de fevereiro, transferidos pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), e encaminhados para a Maternidade Ana Braga, na zona Leste. Enquanto mãe e filho se recuperavam na unidade hospitalar, Tadeu desapareceu na cidade e foi espancado até a morte com golpes na cabeça.

O indígena morreu no Hospital e Pronto-Socorro (HPS) João Lúcio como indigente e só foi identificado pelo Instituto Médico Legal (IML) oito dias depois. A morte do indígena está sendo investigada pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).

De acordo com o MPF, foram solicitadas informações aos órgãos de saúde que atenderam os indígenas. Além disso, estão previstas oitivas para apurações necessárias. No entanto, as investigações sobre a morte de Kulina serão feitas pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM).

Conforme o boletim de ocorrência, Tadeo chegou ao hospital "escoltado" por policiais. O documento não identifica os policiais, nem explica o motivo do indígena ter sido encaminhado para a unidade de saúde por policiais e não por uma equipe médica.

Ministério da Saúde
Segundo o Ministério da Saúde, uma equipe técnica do DSEI, com atuação na Casai em Manaus, esteve na maternidade por duas vezes para visitar a paciente. A primeira visita ocorreu no dia 2/2, sem possibilidade de encontro com a paciente, que se recuperava da cesariana. A segunda se deu no dia 6/2, quando foi solicitada uma testemunha para o registro de nascimento da criança.

"De acordo com o serviço social da unidade hospitalar, Tadeo Kulina queria sair da maternidade com a esposa e o recém-nascido, que se recuperavam, e também estava tendo visões de pessoas o perseguindo, e segundo ele, a polícia queria predê-lo", afirmou o Ministério.

Essa versão é refutada por indígenas madihas kulinas que conheciam e conviviam com Tadeo. Eles afirmam que o homem não tinha problemas psicológicos ou psiquiátricos. A mulher de Tadeo também disse, em conversas após o regresso à terra indígena, que não houve alucinações ou algo do tipo no hospital.

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