From Indigenous Peoples in Brazil
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Lideranças do Xingu se reúnem com Iphan para preservação de sítios indígenas
26/03/2024
Fonte: RD News - rdnews.com.br
Indígenas pedem, dentre outras coisas, alteração do traçado proposto pelo Dnit para a BR-242
Uma comitiva de indígenas irá tratar sobre a preservação de dois sítios sagrados durante um encontro com o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Antônio Grass Peixoto. A conversa acontecerá na próxima quinta-feira (28), em Cuiabá. O sítios da pauta são o Kamukuwaká e Sagihengu, locais nos quais se desenrolam rituais do Alto Xingu (região localizada no sul da bacia, no Mato Grosso).
Dentre as reivindicações, destaca-se o pedido de alteração do traçado proposto pelo Dnit para a BR 242. A proposta das lideranças do Xingu - aproveitar estradas que já existem na região e desviando de Kamukuwaká - foi aceita pelo Dnit em fevereiro de 2024.
Ambos os sítios ficaram de fora da área demarcada em 1961 pelos irmãos Villas-Bôas. Ainda que a gruta de Kamukuwaká seja reconhecida como sítio arqueológico pelo Iphan desde 2002 e junto com o Sagihengu tenha sido tombada como patrimônio cultural em 2010, a gruta teve uma parede inteira de inscrições rupestres depredada em ato criminoso no ano de 2018.
Mais recentemente, a retomada das discussões para obras da BR-242 e da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO) reavivou essa demanda dos povos do Alto Xingu. O trecho da rodovia entre Paranatinga (MT) e Querência (MT) foi inicialmente projetado pelo Dnit para passar sobre a paisagem de Kamukuwaká. Já a ferrovia, que se encontra em estágio de construção, pode passar bastante próxima de ambos os sítios.
As lideranças do Xingu se organizaram e reivindicaram um processo de consulta unificada sobre as duas obras, em atendimento à Convenção 169 da OIT, acordo internacional que garante o direito à Consulta Livre, Prévia e Informada aos povos indígenas, sempre que o governo almeja decidir algo que afete suas vidas.
A cultura desta região é formada pela interação entre 9 etnias, falantes de 4 troncos linguísticos diferentes, amalgamada ao longo de séculos na região. Em Kamukuwaká surgiu o ritual de iniciação dos meninos, a furação da orelha, e em Sagihengu surgiu o Kwarup, mais importante ritual dos xinguanos, feito em homenagem aos mortos.
https://www.rdnews.com.br/cidades/liderancas-do-xingu-se-reunem-com-iphan-para-preservacao-de-sitios-indigenas/190612
Uma comitiva de indígenas irá tratar sobre a preservação de dois sítios sagrados durante um encontro com o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Antônio Grass Peixoto. A conversa acontecerá na próxima quinta-feira (28), em Cuiabá. O sítios da pauta são o Kamukuwaká e Sagihengu, locais nos quais se desenrolam rituais do Alto Xingu (região localizada no sul da bacia, no Mato Grosso).
Dentre as reivindicações, destaca-se o pedido de alteração do traçado proposto pelo Dnit para a BR 242. A proposta das lideranças do Xingu - aproveitar estradas que já existem na região e desviando de Kamukuwaká - foi aceita pelo Dnit em fevereiro de 2024.
Ambos os sítios ficaram de fora da área demarcada em 1961 pelos irmãos Villas-Bôas. Ainda que a gruta de Kamukuwaká seja reconhecida como sítio arqueológico pelo Iphan desde 2002 e junto com o Sagihengu tenha sido tombada como patrimônio cultural em 2010, a gruta teve uma parede inteira de inscrições rupestres depredada em ato criminoso no ano de 2018.
Mais recentemente, a retomada das discussões para obras da BR-242 e da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO) reavivou essa demanda dos povos do Alto Xingu. O trecho da rodovia entre Paranatinga (MT) e Querência (MT) foi inicialmente projetado pelo Dnit para passar sobre a paisagem de Kamukuwaká. Já a ferrovia, que se encontra em estágio de construção, pode passar bastante próxima de ambos os sítios.
As lideranças do Xingu se organizaram e reivindicaram um processo de consulta unificada sobre as duas obras, em atendimento à Convenção 169 da OIT, acordo internacional que garante o direito à Consulta Livre, Prévia e Informada aos povos indígenas, sempre que o governo almeja decidir algo que afete suas vidas.
A cultura desta região é formada pela interação entre 9 etnias, falantes de 4 troncos linguísticos diferentes, amalgamada ao longo de séculos na região. Em Kamukuwaká surgiu o ritual de iniciação dos meninos, a furação da orelha, e em Sagihengu surgiu o Kwarup, mais importante ritual dos xinguanos, feito em homenagem aos mortos.
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