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Para devolver manto ao Brasil, museu da Dinamarca quis apoio do povo Tupinambá
13/07/2024
Fonte: O Globo - https://oglobo.globo.com/
Para devolver manto ao Brasil, museu da Dinamarca quis apoio do povo Tupinambá
Itamaraty diz que repatriações estão em 'franco crescimento'
João Vitor Costa e Thayná Rodrigues
13/07/2024
Desde 1689 registrado nos arquivos reais dinamarqueses, o manto Tupinambá - após uma rápida exposição em São Paulo em 2000 - desembarcou em definitivo em terras brasileiras neste mês. Fruto de uma negociação que envolveu o Ministério da Cultura da Dinamarca, o Museu Nacional de Copenhague e lideranças tupinambás, a peça histórica, feita com as penas avermelhadas da ave guará, fará parte do novo acervo do Museu Nacional brasileiro, destruído por um incêndio em 2018.
Segundo Christian Sune Pedersen, chefe de pesquisa do Museu Nacional dinamarquês, o pedido de repatriação foi recebido em maio de 2022, a partir de uma liderança Tupinambá de Olivença. Então foi aberto o diálogo, que também envolveu o então embaixador brasileiro no país, Rodrigo Azevedo.
- Para o Museu Nacional da Dinamarca, era importante que a devolução tivesse o apoio de uma ampla comunidade Tupinambá, e que a capa de penas, em caso de devolução, fosse acessível ao público brasileiro em geral; e, finalmente, que estaria bem protegido em termos de conservação e segurança - explica Pedersen, que diz estar ciente "das conversas globais em torno da legitimidade das coleções etnográficas europeias, maioritariamente recolhidas durante os tempos coloniais".
O chefe de pesquisa dinamarquês lembra que dentro de um projeto chamado "Taking Care", que é uma das iniciativas que procuram criar páticas museológicas sustentáveis, foram convidados para Copenhague a pesquisadora Glicéria Tupinambá e um colega do Museu Nacional.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a restituições de bens culturais como o manto Tupinambá estão "em franco crescimento no mundo", e são acompanhadas com atenção pela pasta. No último ano, segundo o Itamaraty, também foram repatriados o fóssil "Ubirajara jubatus", proveniente do Museu Estadual de História Natural Karlsruhe, na Alemanha, e de centenas artefatos indígenas que se encontravam no Museu de Lille, na França.
https://oglobo.globo.com/rio/noticia/2024/07/13/para-devolver-manto-ao-brasil-museu-da-dinamarca-quis-apoio-do-povo-tupinamba.ghtml
Itamaraty diz que repatriações estão em 'franco crescimento'
João Vitor Costa e Thayná Rodrigues
13/07/2024
Desde 1689 registrado nos arquivos reais dinamarqueses, o manto Tupinambá - após uma rápida exposição em São Paulo em 2000 - desembarcou em definitivo em terras brasileiras neste mês. Fruto de uma negociação que envolveu o Ministério da Cultura da Dinamarca, o Museu Nacional de Copenhague e lideranças tupinambás, a peça histórica, feita com as penas avermelhadas da ave guará, fará parte do novo acervo do Museu Nacional brasileiro, destruído por um incêndio em 2018.
Segundo Christian Sune Pedersen, chefe de pesquisa do Museu Nacional dinamarquês, o pedido de repatriação foi recebido em maio de 2022, a partir de uma liderança Tupinambá de Olivença. Então foi aberto o diálogo, que também envolveu o então embaixador brasileiro no país, Rodrigo Azevedo.
- Para o Museu Nacional da Dinamarca, era importante que a devolução tivesse o apoio de uma ampla comunidade Tupinambá, e que a capa de penas, em caso de devolução, fosse acessível ao público brasileiro em geral; e, finalmente, que estaria bem protegido em termos de conservação e segurança - explica Pedersen, que diz estar ciente "das conversas globais em torno da legitimidade das coleções etnográficas europeias, maioritariamente recolhidas durante os tempos coloniais".
O chefe de pesquisa dinamarquês lembra que dentro de um projeto chamado "Taking Care", que é uma das iniciativas que procuram criar páticas museológicas sustentáveis, foram convidados para Copenhague a pesquisadora Glicéria Tupinambá e um colega do Museu Nacional.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a restituições de bens culturais como o manto Tupinambá estão "em franco crescimento no mundo", e são acompanhadas com atenção pela pasta. No último ano, segundo o Itamaraty, também foram repatriados o fóssil "Ubirajara jubatus", proveniente do Museu Estadual de História Natural Karlsruhe, na Alemanha, e de centenas artefatos indígenas que se encontravam no Museu de Lille, na França.
https://oglobo.globo.com/rio/noticia/2024/07/13/para-devolver-manto-ao-brasil-museu-da-dinamarca-quis-apoio-do-povo-tupinamba.ghtml
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