From Indigenous Peoples in Brazil
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Servidores denunciam situação precária em florestas nacionais sulistas ocupadas
11/06/2025
Autor: Aldem Bourscheit
Fonte: O Eco - https://oeco.org.br
ICMBio admite que o impasse ultrapassa suas competências e promete buscar solução que fortaleça a conservação da natureza
Numa carta remetida à presidência do ICMBio, os chefes das dez florestas nacionais (flonas) da Região Sul denunciam a precariedade das áreas protegidas e criticam a política do órgão que vem permitindo a permanência de pessoas nessas áreas.
"A gestão das Flonas do sul está seriamente comprometida devido a ocupações indígenas em metade das 10 Flonas existentes, dificultando e inviabilizando a gestão pelo ICMBio", descreve o documento.
Conforme os servidores públicos, a ocupação suspendeu processos de concessão nas áreas protegidas, acarretando perda de recursos que poderiam ser investidos em recuperação ambiental, reforma de infraestruturas, pesquisas e apoio a comunidades no entorno.
Outros efeitos gerados pela presença permanente de mais pessoas seriam o colapso de estruturas como fossas sépticas, falta de água potável e de coleta de lixo, riscos de incêndios e choques elétricos, além da presença de cachorros em áreas de conservação.
Conforme a carta, isso provoca sobrecarga de trabalho, desvios de funções e adoecimento de servidores efetivos e contratados. "Em todas as unidades ocupadas já houve momentos tensos com casos de ameaça à integridade física de servidores e colaboradores do ICMBio", denunciam.
Questionado, o ICMBio afirmou a ((o))eco que acordou com as chefias das flonas articular uma solução para o impasse entre diferentes órgãos federais e reconheceu que as ocupações indígenas em unidades de conservação são um tema que "ultrapassa suas competências específicas".
"Ainda assim, o Instituto tem atuado de forma firme e contínua, sempre dentro dos limites legais e institucionais que regem sua atuação como gestor das unidades de conservação federais", destaca num comunicado à reportagem.
O órgão ambiental afirma, igualmente, agir para proteger o meio ambiente, garantir a segurança dos servidores e respeitar os direitos previstos na legislação, buscando soluções que "fortaleçam sua missão de conservar a biodiversidade brasileira".
Criadas nas décadas de 1940 e de 1950, as flonas sulistas servem hoje sobretudo à preservação de matas com araucárias, uma árvore ameaçada de extinção. Nessas áreas protegidas, a vegetação exótica é removida para ampliar suas funções de conservação, de fauna e flora.
Ainda no Sul, ongs listam ocupações em áreas como a Reserva Biológica Bom Jesus e os parques nacionais de Superagui e Guaricana, sob gestão federal, além do Parque Histórico do Mate e da Floresta Estadual do Contorno Leste, esses manejados pelo Governo do Paraná.
Confira aqui a íntegra da "Carta das Flonas do Sul" e aqui a resposta completa do ICMBio.
https://oeco.org.br/wp-content/uploads/2025/06/Carta-Florestas-Nacionais.pdf
https://oeco.org.br/wp-content/uploads/2025/06/ICMBio-Resposta-Flonas.pdf
https://oeco.org.br/noticias/servidores-denunciam-situacao-precaria-em-florestas-nacionais-sulistas-ocupadas/
Numa carta remetida à presidência do ICMBio, os chefes das dez florestas nacionais (flonas) da Região Sul denunciam a precariedade das áreas protegidas e criticam a política do órgão que vem permitindo a permanência de pessoas nessas áreas.
"A gestão das Flonas do sul está seriamente comprometida devido a ocupações indígenas em metade das 10 Flonas existentes, dificultando e inviabilizando a gestão pelo ICMBio", descreve o documento.
Conforme os servidores públicos, a ocupação suspendeu processos de concessão nas áreas protegidas, acarretando perda de recursos que poderiam ser investidos em recuperação ambiental, reforma de infraestruturas, pesquisas e apoio a comunidades no entorno.
Outros efeitos gerados pela presença permanente de mais pessoas seriam o colapso de estruturas como fossas sépticas, falta de água potável e de coleta de lixo, riscos de incêndios e choques elétricos, além da presença de cachorros em áreas de conservação.
Conforme a carta, isso provoca sobrecarga de trabalho, desvios de funções e adoecimento de servidores efetivos e contratados. "Em todas as unidades ocupadas já houve momentos tensos com casos de ameaça à integridade física de servidores e colaboradores do ICMBio", denunciam.
Questionado, o ICMBio afirmou a ((o))eco que acordou com as chefias das flonas articular uma solução para o impasse entre diferentes órgãos federais e reconheceu que as ocupações indígenas em unidades de conservação são um tema que "ultrapassa suas competências específicas".
"Ainda assim, o Instituto tem atuado de forma firme e contínua, sempre dentro dos limites legais e institucionais que regem sua atuação como gestor das unidades de conservação federais", destaca num comunicado à reportagem.
O órgão ambiental afirma, igualmente, agir para proteger o meio ambiente, garantir a segurança dos servidores e respeitar os direitos previstos na legislação, buscando soluções que "fortaleçam sua missão de conservar a biodiversidade brasileira".
Criadas nas décadas de 1940 e de 1950, as flonas sulistas servem hoje sobretudo à preservação de matas com araucárias, uma árvore ameaçada de extinção. Nessas áreas protegidas, a vegetação exótica é removida para ampliar suas funções de conservação, de fauna e flora.
Ainda no Sul, ongs listam ocupações em áreas como a Reserva Biológica Bom Jesus e os parques nacionais de Superagui e Guaricana, sob gestão federal, além do Parque Histórico do Mate e da Floresta Estadual do Contorno Leste, esses manejados pelo Governo do Paraná.
Confira aqui a íntegra da "Carta das Flonas do Sul" e aqui a resposta completa do ICMBio.
https://oeco.org.br/wp-content/uploads/2025/06/Carta-Florestas-Nacionais.pdf
https://oeco.org.br/wp-content/uploads/2025/06/ICMBio-Resposta-Flonas.pdf
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