From Indigenous Peoples in Brazil
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O risco de uma 'COP do caos'
31/05/2025
Fonte: OESP - https://www.estadao.com.br/
O risco de uma 'COP do caos'
Países alertam Itamaraty que podem cortar delegações da COP-30 por falta de infraestrutura
31/05/2025
A correspondência trocada entre o Itamaraty e embaixadas brasileiras, que revela a preocupação de diversos países com a falta de infraestrutura de Belém (PA) para a 30.ª Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-30), aumenta as chances de esvaziamento do evento, já desfalcado dos Estados Unidos, presididos pelo negacionista climático Donald Trump. A menos de seis meses da conferência, ainda é incerta a solução do problema básico de hospedagem, o maior fator de apreensão, que pode reduzir drasticamente delegações oficiais e até invalidar a participação de organismos da sociedade civil, relevante para os debates.
Telegramas obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) e divulgados em reportagem do Estadão explicitam os temores de representantes de países como Alemanha, Reino Unido, Dinamarca, Noruega e China que, com a saída dos Estados Unidos, elevou o papel de destaque na COP-30. Em março, temendo as consequências da superlotação de uma cidade que ainda não tem como abrigar todo o público esperado, o governo brasileiro anunciou a antecipação da cúpula dos chefes de Estado para quatro dias antes do início oficial da conferência.
Habitualmente, a reunião das maiores autoridades de cada país ocorre no final da primeira semana na COP, para ações de alto nível, encontros bilaterais e assinaturas de compromissos internacionais discutidos pelos grupos técnicos. Ou seja, é quando são chancelados os assuntos debatidos. Se, por um lado, o encontro prévio dos líderes não compromete integralmente a conferência - neste ano focada no multilateralismo, no combate às mudanças climáticas e na definição do aumento do financiamento mundial -, por certo esfria o debate.
Não é de hoje que as deficiências de infraestrutura são apontadas como o grande problema da COP de Belém, cidade escolhida pelo presidente Lula da Silva pelo efeito midiático de um evento climático às portas da Amazônia. O potencial de repercussão internacional é, de fato, uma característica importante da primeira conferência sediada no Brasil. Mas, para que surta o efeito esperado, é preciso uma grande, ágil e organizada preparação - e, a despeito do que foi feito até agora, a cidade ainda está muito aquém do necessário.
Em abril, reportagem da revista britânica The Economist destacou que os participantes da conferência devem se preparar para uma "COP do caos", com problemas de hospedagem, transporte e saneamento básico. A rede hoteleira garante capacidade para pouco menos da metade do público esperado, de 50 mil pessoas. Juntando soluções improvisadas, como a utilização de motéis, aluguel por aplicativo e contêineres transformados em quartos, o déficit ainda é de 14 mil leitos.
O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP-30, comentou recentemente que o problema de Belém é a comparação com as sedes imediatamente anteriores, como Baku (Azerbaijão), uma cidade modernizada, e Dubai (Emirados Árabes Unidos), que comportou 80 mil visitantes. As dificuldades de uma conferência desse porte em uma cidade da região amazônica eram esperadas, mas é preciso correr para evitar que um vexame operacional ponha em risco a COP de Belém.
https://www.estadao.com.br/opiniao/o-risco-de-uma-cop-do-caos/
Países alertam Itamaraty que podem cortar delegações da COP-30 por falta de infraestrutura
31/05/2025
A correspondência trocada entre o Itamaraty e embaixadas brasileiras, que revela a preocupação de diversos países com a falta de infraestrutura de Belém (PA) para a 30.ª Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-30), aumenta as chances de esvaziamento do evento, já desfalcado dos Estados Unidos, presididos pelo negacionista climático Donald Trump. A menos de seis meses da conferência, ainda é incerta a solução do problema básico de hospedagem, o maior fator de apreensão, que pode reduzir drasticamente delegações oficiais e até invalidar a participação de organismos da sociedade civil, relevante para os debates.
Telegramas obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) e divulgados em reportagem do Estadão explicitam os temores de representantes de países como Alemanha, Reino Unido, Dinamarca, Noruega e China que, com a saída dos Estados Unidos, elevou o papel de destaque na COP-30. Em março, temendo as consequências da superlotação de uma cidade que ainda não tem como abrigar todo o público esperado, o governo brasileiro anunciou a antecipação da cúpula dos chefes de Estado para quatro dias antes do início oficial da conferência.
Habitualmente, a reunião das maiores autoridades de cada país ocorre no final da primeira semana na COP, para ações de alto nível, encontros bilaterais e assinaturas de compromissos internacionais discutidos pelos grupos técnicos. Ou seja, é quando são chancelados os assuntos debatidos. Se, por um lado, o encontro prévio dos líderes não compromete integralmente a conferência - neste ano focada no multilateralismo, no combate às mudanças climáticas e na definição do aumento do financiamento mundial -, por certo esfria o debate.
Não é de hoje que as deficiências de infraestrutura são apontadas como o grande problema da COP de Belém, cidade escolhida pelo presidente Lula da Silva pelo efeito midiático de um evento climático às portas da Amazônia. O potencial de repercussão internacional é, de fato, uma característica importante da primeira conferência sediada no Brasil. Mas, para que surta o efeito esperado, é preciso uma grande, ágil e organizada preparação - e, a despeito do que foi feito até agora, a cidade ainda está muito aquém do necessário.
Em abril, reportagem da revista britânica The Economist destacou que os participantes da conferência devem se preparar para uma "COP do caos", com problemas de hospedagem, transporte e saneamento básico. A rede hoteleira garante capacidade para pouco menos da metade do público esperado, de 50 mil pessoas. Juntando soluções improvisadas, como a utilização de motéis, aluguel por aplicativo e contêineres transformados em quartos, o déficit ainda é de 14 mil leitos.
O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP-30, comentou recentemente que o problema de Belém é a comparação com as sedes imediatamente anteriores, como Baku (Azerbaijão), uma cidade modernizada, e Dubai (Emirados Árabes Unidos), que comportou 80 mil visitantes. As dificuldades de uma conferência desse porte em uma cidade da região amazônica eram esperadas, mas é preciso correr para evitar que um vexame operacional ponha em risco a COP de Belém.
https://www.estadao.com.br/opiniao/o-risco-de-uma-cop-do-caos/
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