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Animação explica sistema de alertas que protege Terra Yanomami
15/07/2025
Autor: Giovanne Ramos
Fonte: Alma Preta - https://almapreta.com.br/sessao/cotidiano/animacao-explica-sistema-de-alerta-que-proteg
Animação explica sistema de alertas que protege Terra Yanomami
Vídeo didático narrado em língua indígena busca ampliar uso de ferramenta que já registrou 211 ocorrências desde 2023
Giovanne Ramos
15 de julho de 2025
Uma nova animação, lançada nesta terça-feira (15), apresenta, em língua Yanomami, o funcionamento do Sistema de Alertas criado pelas próprias comunidades indígenas para denunciar invasões, emergências de saúde e impactos ambientais em seu território.
Com cerca de quatro minutos, o vídeo foi exibido pela primeira vez na comunidade Xihopi, no rio Demini, e está disponível no YouTube com legendas em português, espanhol e inglês.
A produção tem como narrador o cineasta e liderança indígena Morzaniel Iramari. No vídeo, ele explica como a ferramenta foi construída a partir de uma demanda das comunidades por canais próprios e eficazes de comunicação com os órgãos públicos.
O sistema funciona por meio de celulares com acesso offline. Os monitores indígenas registram as ocorrências em formulários com fotos, vídeos, localização e relato em áudio, em quatro línguas: Yanomami, Ye'kwana, Sanoma e português. Os dados são analisados e organizados em um painel acessado por instituições como Ministério dos Povos Indígenas, Funai, Ministério da Saúde e Ministério Público Federal.
Smartphone exibindo informações em língua indígena nas mãos de participante da 1ª Oficina do Sistema de Alertas, na comunidade Watoriki, em 11 de agosto de 2023. Foto: Evilene Paixão/Hutukara Associação Yanomami
Formação de novos monitores com base audiovisual
A animação passa a integrar o material pedagógico das oficinas de formação de monitores do Sistema de Alertas. Na última oficina, realizada no rio Demini, 21 indígenas de 11 comunidades participaram das atividades conduzidas pelo Instituto Socioambiental (ISA), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e organizações parceiras.
"A animação tem um papel importante de sensibilização e contextualização para as comunidades onde fazemos as oficinas. A animação ajuda a comunicar com a comunidade e faz ela entender melhor o que estamos fazendo", afirma à imprensa Estêvão Senra, analista do Instituto Socioambiental.
Tâmara Simão, chefe do escritório do UNICEF em Roraima, afirma que o vídeo tem um papel duplo: além de ampliar o uso da ferramenta, sensibiliza autoridades sobre a autonomia dos povos originários no cuidado com o território e a saúde.
"É importante que o poder público esteja engajado e atuante junto ao Sistema de Alertas, que se mostrou uma ferramenta essencial para a proteção de meninas e meninos que estão em território. Através dos formulários, o instrumento permite que a própria comunidade leve suas prioridades e especificidades diretamente aos órgãos necessários para atuação", afirma.
O Sistema de Alertas da Terra Indígena Yanomami foi lançado em setembro de 2023 e, desde então, já registrou 211 denúncias. A maioria (67,2%) envolve invasões de território por garimpeiros ilegais. Problemas de saúde, como surtos de malária e abandono de postos médicos, respondem por 21,8% dos alertas.
Confira: https://www.youtube.com/watch?v=Eyr1qSV-oOA&t=22s
https://almapreta.com.br/sessao/cotidiano/animacao-explica-sistema-de-alerta-que-protege-terra-yanomami/
Vídeo didático narrado em língua indígena busca ampliar uso de ferramenta que já registrou 211 ocorrências desde 2023
Giovanne Ramos
15 de julho de 2025
Uma nova animação, lançada nesta terça-feira (15), apresenta, em língua Yanomami, o funcionamento do Sistema de Alertas criado pelas próprias comunidades indígenas para denunciar invasões, emergências de saúde e impactos ambientais em seu território.
Com cerca de quatro minutos, o vídeo foi exibido pela primeira vez na comunidade Xihopi, no rio Demini, e está disponível no YouTube com legendas em português, espanhol e inglês.
A produção tem como narrador o cineasta e liderança indígena Morzaniel Iramari. No vídeo, ele explica como a ferramenta foi construída a partir de uma demanda das comunidades por canais próprios e eficazes de comunicação com os órgãos públicos.
O sistema funciona por meio de celulares com acesso offline. Os monitores indígenas registram as ocorrências em formulários com fotos, vídeos, localização e relato em áudio, em quatro línguas: Yanomami, Ye'kwana, Sanoma e português. Os dados são analisados e organizados em um painel acessado por instituições como Ministério dos Povos Indígenas, Funai, Ministério da Saúde e Ministério Público Federal.
Smartphone exibindo informações em língua indígena nas mãos de participante da 1ª Oficina do Sistema de Alertas, na comunidade Watoriki, em 11 de agosto de 2023. Foto: Evilene Paixão/Hutukara Associação Yanomami
Formação de novos monitores com base audiovisual
A animação passa a integrar o material pedagógico das oficinas de formação de monitores do Sistema de Alertas. Na última oficina, realizada no rio Demini, 21 indígenas de 11 comunidades participaram das atividades conduzidas pelo Instituto Socioambiental (ISA), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e organizações parceiras.
"A animação tem um papel importante de sensibilização e contextualização para as comunidades onde fazemos as oficinas. A animação ajuda a comunicar com a comunidade e faz ela entender melhor o que estamos fazendo", afirma à imprensa Estêvão Senra, analista do Instituto Socioambiental.
Tâmara Simão, chefe do escritório do UNICEF em Roraima, afirma que o vídeo tem um papel duplo: além de ampliar o uso da ferramenta, sensibiliza autoridades sobre a autonomia dos povos originários no cuidado com o território e a saúde.
"É importante que o poder público esteja engajado e atuante junto ao Sistema de Alertas, que se mostrou uma ferramenta essencial para a proteção de meninas e meninos que estão em território. Através dos formulários, o instrumento permite que a própria comunidade leve suas prioridades e especificidades diretamente aos órgãos necessários para atuação", afirma.
O Sistema de Alertas da Terra Indígena Yanomami foi lançado em setembro de 2023 e, desde então, já registrou 211 denúncias. A maioria (67,2%) envolve invasões de território por garimpeiros ilegais. Problemas de saúde, como surtos de malária e abandono de postos médicos, respondem por 21,8% dos alertas.
Confira: https://www.youtube.com/watch?v=Eyr1qSV-oOA&t=22s
https://almapreta.com.br/sessao/cotidiano/animacao-explica-sistema-de-alerta-que-protege-terra-yanomami/
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