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Indígenas Yanomami morreram tentando salvar criança com suspeita de malária em RR
08/07/2025
Autor: Lucas Thiago
Fonte: Agencia Cenarium - https://agenciacenarium.com.br
MANAUS (AM) - Dois indígenas isolados que morreram após a queda de um helicóptero na Terra Indígena Yanomami (TIY), registrada nessa segunda-feira, 7, caminharam por horas para conseguir atendimento médico para uma criança com suspeita de malária em uma das bases de saúde em Roraima. Os yanomami, identificados como pajé-xamã Bitado Yanomami e Toraquitere Yanomami, de 78 e 80 anos, respectivamente, residiam na comunidade Kahosiki-Parima, uma das poucas regiões ainda não alcançadas pelo garimpo ilegal.
As informações foram repassadas à CENARIUM pelo líder indígena e presidente da Associação Yanomami Urihi, Júnior Hekurari Yanomami. De acordo com ele, os indígenas saíram da comunidade para buscar atendimento médico para uma criança, de 9 anos, que estava acometida por malária. A liderança informou que a família caminhou por horas, mas não conseguiram chegar até o posto médico por conta da distância.
"Nessa comunidade não tem unidade de saúde, a mais próxima [do local] fica a 12 horas andando a pé. Então, eles estavam indo procurar esse atendimento, ninguém aguentou mais e resolveram chamar o resgate por helicóptero. Era uma criança doente que estava com suspeita de malária, com problema de desnutrição. Aquela área é endêmica de malária", disse Júnior Hekurari.
Conforme o líder indígena, o grupo é isolado e só busca contato quando precisam de cuidados médicos. "Eles eram muito isolados, com pouco contato. Acho que essa é a única comunidade que não foi atingida pelos garimpeiros", disse o presidente da Associação Yanomami Urihi. Veja a comunidade indígena Kahosiki, onde eles residiam:
Ao todo, cinco pessoas estavam a bordo do helicóptero. De acordo com informações divulgadas à imprensa, três sobreviveram, sendo um servidor da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e dois funcionários da empresa proprietária da aeronave, a Voare Táxi Aéreo, que presta serviço ao Ministério da Saúde.
Os sobreviventes foram encaminhados ao Hospital Santo Antônio em Boa Vista. A aeronave, um helicóptero Esquilo B2 de prefixo PP-IVO, realizava uma missão de atendimento aeromédico aos indígenas a serviço da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).
Ainda na noite dessa segunda-feira, 7, uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) tentou chegar ao local do acidente, mas em razão das condições meteorológicas, não concluiu a operação. As equipes retornaram na manhã desta terça-feira, 8, mas não deram detalhes da operação de buscas.
A aeronave da FAB que atua na tentativa de resgate saiu da região de Surucucu, que fica a cerca de meia hora do local onde o acidente foi registrado. As mortes dos indígenas foram confirmadas pela empresa responsável pelo helicóptero.
Veja a nota da Voare na íntegra:
https://agenciacenarium.com.br/indigenas-yanomami-morreram-tentando-salvar-crianca-com-suspeita-de-malaria-em-rr/
As informações foram repassadas à CENARIUM pelo líder indígena e presidente da Associação Yanomami Urihi, Júnior Hekurari Yanomami. De acordo com ele, os indígenas saíram da comunidade para buscar atendimento médico para uma criança, de 9 anos, que estava acometida por malária. A liderança informou que a família caminhou por horas, mas não conseguiram chegar até o posto médico por conta da distância.
"Nessa comunidade não tem unidade de saúde, a mais próxima [do local] fica a 12 horas andando a pé. Então, eles estavam indo procurar esse atendimento, ninguém aguentou mais e resolveram chamar o resgate por helicóptero. Era uma criança doente que estava com suspeita de malária, com problema de desnutrição. Aquela área é endêmica de malária", disse Júnior Hekurari.
Conforme o líder indígena, o grupo é isolado e só busca contato quando precisam de cuidados médicos. "Eles eram muito isolados, com pouco contato. Acho que essa é a única comunidade que não foi atingida pelos garimpeiros", disse o presidente da Associação Yanomami Urihi. Veja a comunidade indígena Kahosiki, onde eles residiam:
Ao todo, cinco pessoas estavam a bordo do helicóptero. De acordo com informações divulgadas à imprensa, três sobreviveram, sendo um servidor da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e dois funcionários da empresa proprietária da aeronave, a Voare Táxi Aéreo, que presta serviço ao Ministério da Saúde.
Os sobreviventes foram encaminhados ao Hospital Santo Antônio em Boa Vista. A aeronave, um helicóptero Esquilo B2 de prefixo PP-IVO, realizava uma missão de atendimento aeromédico aos indígenas a serviço da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).
Ainda na noite dessa segunda-feira, 7, uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) tentou chegar ao local do acidente, mas em razão das condições meteorológicas, não concluiu a operação. As equipes retornaram na manhã desta terça-feira, 8, mas não deram detalhes da operação de buscas.
A aeronave da FAB que atua na tentativa de resgate saiu da região de Surucucu, que fica a cerca de meia hora do local onde o acidente foi registrado. As mortes dos indígenas foram confirmadas pela empresa responsável pelo helicóptero.
Veja a nota da Voare na íntegra:
https://agenciacenarium.com.br/indigenas-yanomami-morreram-tentando-salvar-crianca-com-suspeita-de-malaria-em-rr/
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