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Conheça 20 livros de escritores indígenas de diferentes povos originários no Brasil

31/07/2025

Autor: Rebeca Almeida

Fonte: Portal Amazonia - https://portalamazonia.com



Em um país marcado pela diversidade cultural como o Brasil, os livros de escritores indígenas têm conquistado cada vez mais espaço nas prateleiras. Eles trazem à tona a riqueza das culturas, línguas e saberes dos povos originários, além de explorarem a riqueza das línguas originárias, o protagonismo dos autores indígenas e os saberes e narrativas ancestrais. 

Produzidas por autores indígenas de diferentes etnias, esses livros transitam entre a tradição oral e a escrita contemporânea, preservando memórias ancestrais e reafirmando identidades. Os variados estilos, que vão da poesia à narrativa autobiográfica, do conto ao pensamento filosófico, oferecem uma nova maneira de compreender os povos indígenas, seus mitos e modo de vida. 

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Pétala e Isa Souza, do perfil no Instagram afrofuturas fizeram uma curadoria com indicações que "podem ser uma ação de rompimento com imaginários coloniais estigmatizantes e reducionistas". Elas informam que essa é uma lista "que fala da busca pela diversidade literária e o encontro com a pluralidade sociocultural dos povos indígenas, que no Brasil, somam mais de 300 povos".

A ação foi também pensada para o desafio @leiarepresentatividade, para o tema 'narrativas originárias - leia um livro ou HQ pra descolonizar imaginários sobre povos originários a partir da escrita de autores indígenas'. Confira a lista:

'Ideias para adiar o fim do mundo' - Ailton Krenak (Povo Krenak)

Em Ideias Para Adiar o Fim do Mundo, o líder e filósofo indígena Ailton Krenak desafia os alicerces do pensamento ocidental ao questionar a separação entre natureza e humanidade. Com base em palestras e entrevistas realizadas em Portugal, o autor denuncia o colapso ecológico como uma consequência direta da visão de mundo antropocêntrica e mercantilista. 

"Nosso tempo é especialista em produzir ausências: do sentido de viver em sociedade, do próprio sentido da experiência da vida. Isso gera uma intolerância muito grande com relação a quem ainda é capaz de experimentar o prazer de estar vivo, dançar e de cantar. E está cheio de pequenas constelações de gente espalhada pelo mundo que dança, canta e faz chover. [...] Minha provocação sobre adiar o fim do mundo é exatamente sempre poder contar mais uma história", declarou o autor na sinopse do livro.

Krenak propõe uma nova forma de habitar o mundo, com base no reconhecimento da diversidade e na escuta dos saberes ancestrais dos povos indígenas. Um livro que aborda a necessidade de repensar a relação da humanidade com a natureza e a busca por um futuro mais sustentável.

'Mapinguari, o dono dos ossos' - Yaguarê Yamã (Povo Maraguá)

Misturando tradição oral e elementos da literatura fantástica, Yaguarê Yamã apresenta sete contos que mergulham no imaginário do povo Maraguá, localizado no rio Abacaxis. As histórias narradas giram em torno de criaturas míticas como o Mapinguari, o terrível monstro comedor de carne humana, a Pókwára, a monstrenga de mãos furadas, e o Zuruãga, aquele que vagueia, apreciador das noites escuras e luas cheias, dos nevoeiros e temporais noturnos. Essas histórias habitam o universo noturno das aldeias e assombram crianças e adultos com sua presença.

O livro também aborda as histórias de Matī tapewéra, que aparece sob a forma de uma mulher velha, de um garoto maltrapilho ou de um pássaro negro, Jougororou, que assombra e come as pessoas, Tipuã, transformado pela magia numa entidade devoradora de pessoas e, por fim, um ser maldoso que adquire o aspecto físico de pessoas desaparecidas para devorar os parentes

Além disso, a obra transmite lições sobre coragem, comunidade e o valor da escuta, revelando como o medo pode ser enfrentado coletivamente.

'Ay Kakyri Tama, eu moro na cidade' - Márcia Kambeba (Povo Kambeba)

Em 'Ay Kakyri Tama, eu moro na cidade', em tupi-kambeba, Márcia Kambeba constrói uma ponte entre sua origem indígena e a vida em Belém do Pará, apresentando a história de seu povo e sua luta em poesias e imagens. A autora compartilha sua experiência como mulher indígena que vive entre dois mundos, sem abandonar suas raízes. 

Com uma população conhecida de 50 mil pessoas, entre aldeados e moradores da cidade, o leitor pode conhecer e se encantar pela etnia Omágua/Kambeba pelo olhar de Márcia, uma de suas vozes mais expressivas.

A obra inclui poemas intercalados com fotografias de crianças indígenas em seus ambientes de brincadeira, domésticos e rotineiros. As poesias compostas por rimas diversas marcam os rituais e às marcações feitas com os pés, durante, por exemplo, as danças sagradas e as comemorações pertencentes aos povos originários.

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'Os herdeiros de Jurema' - Eva Potiguara (Povo Potiguara)

Vencedora do Prêmio Carolina Maria de Jesus, Eva Potiguara narra no romance a trajetória de Jurema, uma jovem indígena dotada de dons espirituais e profundamente conectada com a força da terra e de seus ancestrais. 

A história acompanha sua luta contra a invasão de terras por fazendeiros, ao mesmo tempo em que constrói uma narrativa de resistência e pertencimento. Além disso, a autora denuncia o apagamento histórico dos povos originários e evidencia a força da espiritualidade e da ancestralidade como elementos fundamentais da luta indígena.

"E eis que Eva Potiguara nos oferece, em forma de romance, cheio de poesia e generosidade, a história e a sabedoria que recebeu de seu povo e não guarda só para si. Obrigada, Eva, por nos ajudar a encontrar o caminho para fora do abismo que nos ameaça", declarou a escritora Maria Valéria Rezende no texto de apresentação do livro.

'Antes o mundo não existia' - Umúsin Panlõn Kumu e Tolamãn Kenhíri (Povo Desana)

Publicado originalmente em 1980, o livro é uma coletânea de narrativas míticas que descrevem a história da criação do mundo sob a gênesis do povo Desana, habitante da região do Alto Rio Negro, no estado do Amazonas. Além disso, a coletânea marca um momento histórico, pois é o primeiro livro escrito e ilustrado por indígenas no Brasil. 

Os autores, pertencentes ao povo Desana, apresentam mitos de criação que explicam a origem do mundo, dos seres humanos, dos rios e da floresta, conforme sua tradição. O prefácio e introdução da sua primeira edição em 1980, ficou a cargo da antropóloga Berta Ribeiro, que em 1978 se encontrava na região do Alto Rio Negro para estudar o trançado indígena.

Em 2018 Tõrãmü Këhíri foi convidado para ir ao Rio de Janeiro. Através de longas conversas foi estabelecido algumas alterações referentes às edições anteriores. Além disso, Tõrãmü Këhíri também criou novas ilustrações, respeitando a narrativa anterior, que foram inseridas ao longo do texto e não no final como nas edições anteriores.

'A queda do céu' - Davi Kopenawa e Bruce Albert (Povo Yanomami)

Resultado de décadas de convivência entre o xamã Davi Kopenawa e o antropólogo francês Bruce Albert, a obra combina autobiografia, cosmologia Yanomami e manifesto político. Foi publicada originalmente em francês em 2010, na coleção Terre Humaine. O livro narra as meditações do xamã a respeito do contato com o homem branco, e a ameaça constante para seu povo desde os anos 1960. 

Os capítulos do livro narram a vocação de xamã desde a primeira infância, fruto de um saber adquirido graças ao uso de potentes alucinógenos, o avanço dos brancos pela floresta e seu cortejo de epidemias, violência e destruição, e a odisseia do líder indígena para denunciar a destruição de seu povo.

Recheada de visões xamânicas e meditações etnográficas sobre os brancos, a obra é uma porta de entrada para um universo complexo e revelador. Além disso, o livro é uma ferramenta crítica para questionar a noção de progresso e desenvolvimento defendida por aqueles que os Yanomami chamam de "povo da mercadoria".

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'Eu sou Macuxi e outras histórias' - Trudruá Dorrico e Julie Dorrico (Povo Macuxi)

Julie Dorrico constrói, por meio de textos curtos e poéticos, um exercício da memória ancestral, reivindicando a força da circularidade e do pertencimento. Além disso, a autora explora a identidade indígena em meio à modernidade, convidando o leitor a mergulhar nas águas profundas da história de seu povo. 

Ao recuperar histórias, sentimentos e símbolos que compõem a cosmovisão Macuxi, ela afirma que ser indígena é, acima de tudo, resistir, lembrar e criar. 

"Julie Dorrico fez o caminho de esvaziar-se para ser preenchida pela memória e pelo pertencimento. Essas duas coisas estão presentes nos escritos poéticos e imagéticos que as palavras escritas agora dão forma. Ela nos presenteia com um mergulho em suas memórias ancestrais e contemporâneas para nos ajudar a criar coragem de trilharmos o mesmo caminho, aceitarmos o que há de originário em cada um nós e fazermos o caminho de volta, da aceitação, do desprendimento, da ancestralidade", prefácio de Daniel Munduruku escrito no livro.

'A Terra uma só' - Timóteo Verá Tupã Popyguá (Povo Guarani Mbya)

Com base em sua vivência como liderança espiritual e intelectual do povo Guarani Mbya, o autor compartilha mitos de criação, narrativas sagradas e reflexões sobre a relação entre os seres humanos e a natureza. O livro propõe uma releitura do mundo sob a ótica indígena, evidenciando a espiritualidade como um eixo essencial para compreender a origem da linguagem, dos animais e das florestas.

O livro foi pensado durante os caminhos que o autor percorreu pela "Ka'a porã", a Mata Atlântica, junto ao seu povo e foi a primeira obra contada pela primeira vez, por um Guarani Mbya, sem intermediário de um "juruá", não indígena.

As narrativas dos Guarani Mbya sobre a origem da terra, do ser humano, da linguagem humana e dos animais e plantas da Mata Atlântica foram documentadas e traduzidas pela primeira vez por León Cadogan em Ayvú Rapyta. Cadogan dedicou-se por mais de 40 anos à defesa dos direitos dos Guarani Mbya, por quem foi apelidado de Tupa Cuchuví Vevé.

'Awyató-Pót: Histórias indígenas para crianças' - Tiago Hakiy (Povo Sateré-Mawé)

Voltado ao público infantil, o livro reúne quatro contos protagonizados por Awyató-Pót, personagem mítico que representa coragem, astúcia e liderança. Em uma linguagem acessível e cheia de fantasia, Tiago Hakiy aproxima o universo mítico dos Mawé ao cotidiano das crianças da cidade, mostrando que a sabedoria indígena também habita o universo lúdico.

A primeira história conta sobre o nascimento do curumim, fruto da união de uma índia metamorfoseada em cobra com um gavião real. A segunda narra a valentia e o caráter de liderança de Awyató-pót que conseguiu negociar com a Surucucu a Noite para levá-la a sua tribo.

Na terceira, o indígena derrotou o monstro Juma, devorador de seus parentes. Já na quarta e última história, Awyató-pót, já viúvo e dominado pelo ciúme que tinha da filha, e é enganado pelo sapo que desposou a moça.

'A boca da noite' - Cristino Wapichana (Povo Wapichana)

Ambientado em uma aldeia repleta de encantos e mistérios, o livro narra a aventura de dois irmãos curiosos diante do mistério da noite. Além disso, o livro conta um pouco da infância, da família, do cotidiano e da criatividade do povo Wapichana.

O que será que acontece quando o sol mergulha no rio? Será que ele toma banho antes de dormir? E depois disso, será que ele passa a noite dormindo dentro do próprio rio? São algumas dúvidas que levam os irmãos Dum e Kupai a subirem a Laje do Trovão, o lugar mais perigoso da aldeia.

Os garotos ainda tiveram que ir dormir depois da história que seu pai contou sobre a Boca da Noite. Kupai, protagonista dessa história, ficou se indagando antes de dormir: será que essa boca tem dentes? Ela fala? Tem nariz? E se tem boca, deve ter cabeça e corpo, não é mesmo?

'Canumã' - Ytanajé Coelho Cardoso (Povo Munduruku)

Estreando na literatura, Ytanajé Coelho Cardoso oferece ao leitor um retrato do cotidiano, das memórias e das transformações vividas pelo povo Munduruku. Situada na região do rio Canumã, a narrativa enfatiza o papel dos anciãos, a ameaça do desaparecimento da Língua Munduruku, com a morte dos velhos, e a vida na comunidade.

O livro também denuncia a extinção progressiva da língua materna e propõe a escrita como forma de resistência cultural e afirmação de identidade.

"Eu venho observando que nessa última década, na verdade, a literatura indígena tem ganhado cada vez mais destaque, sobretudo com as políticas desenvolvidas pelos povos indígenas de falarem, de exporem as suas perspectivas, as suas vozes, e sobretudo a partir da lei 11.645 de 2008, que é uma lei que obriga as escolas, por exemplo, a colocarem em seus currículos o estudo de história afro-brasileira e culturas indígenas em sua grade curricular", declarou o autor, ao Portal Amazônia.

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Ytanajé traz para o leitor, numa linguagem simples, o conhecimento da cultura, o dia a dia, as relações de amor, de amizade e da infância, do povo munduruku, habitantes do rio Canumã, na região de Borba-AM.

'Umbigo do mundo' - Francy Baniwa e Francisco Baniwa (Povo Baniwa)
Resultado de um diálogo entre pai e filha, o livro alterna as vozes narrativas inserindo palavras em Baniwa e Nheengatu.

A obra convida o leitor a adentrar um mundo habitado por entidades míticas, forças espirituais e saberes ancestrais, por meio de relatos sobre ciclos de vingança, benzimentos, metamorfoses e cantos sagrados.

'Wanrêmé Za'ra: mito e história do Povo Xavante' - Vários autores (Povo Xavante)
Publicada 50 anos após o primeiro contato dos Xavante com os brancos, a obra resgata a história oral e a memória coletiva do povo.

Com narrativas míticas ilustradas por desenhos feitos por artistas Xavante, o livro dá forma e cor às histórias sagradas e aos rituais desse povo do cerrado.

'Estrela Kaingáng, a lenda do primeiro pajé' - Vãngri Kaingáng (Povo Kaingáng)
A obra narra a origem do primeiro pajé do povo Kaingáng por meio da figura de uma estrela que desce dos céus para viver entre os humanos, e se apaixona por uma bela índia, com quem logo se casa.

Misturando elementos cósmicos com valores espirituais, a narrativa apresenta a luta entre o bem e o mal e destaca o papel fundamental dos líderes espirituais na proteção e na condução do coletivo.

Com a ajuda da sua Mãe Lua, a estrela terá de enfrentar espíritos do mal que tentarão atacar seu filho e sua esposa. Assim começa a história do primeiro pajé da tribo kaingáng, o líder que protegerá seu povo de todas as ameaças e os guiará para uma vida de paz, sabedoria e harmonia com a natureza.

'Coração na aldeia, pés no mundo' - Auritha Tabajara (Povo Tabajara)
Utilizando da literatura de cordel e da poesia nordestina, Auritha Tabajara constrói um livro que é, ao mesmo tempo, memória pessoal e manifesto coletivo.

A autora narra sua trajetória como mulher indígena, nordestina e artista, compondo um retrato plural de resistências e afetos. 

Com xilogravuras que dialogam com a estética popular brasileira, o livro valoriza a persistência e a reinvenção cultural dos povos indígenas.

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'Boacé Uchô - A história está na Terra' - Aline Rochedo Pachamama (Povo Puri)
Aline Rochedo Pachamama apresenta em "Boacé Uchô", expressão que, em Puri, significa "palavra que pulsa na terra", um documento de resgate e valorização da memória de seu povo. 

Filha da Serra da Mantiqueira, Aline narra as histórias dos Puri a partir dos relatos de seus anciãos, denunciando o apagamento histórico e o silenciamento cultural resultado pelo colonialismo. 

'Um estranho espadarte na aldeia' - Edson Kayapó (Povo Kayapó)

Ambientado no limite entre o real e o mítico, o romance de Edson Kayapó retrata o inusitado encontro entre um fugitivo italiano de um presídio na floresta amazônica e uma aldeia Karipuna, no extremo norte do Brasil. A partir desse choque cultural, o autor conduz o leitor por uma narrativa repleta de reflexões sobre pertencimento, reciprocidade e o olhar estrangeiro sobre o modo de vida indígena. 

A trama, entrelaçada com fatos históricos do início do século XX, questiona a lógica da prisão, da civilização e da resistência, ao mesmo tempo em que explora a sabedoria e a espiritualidade dos povos da floresta.

"Quando o homem se acalmou, o pajé veio e lhe soprou sobre a cabeça a fumaça densa do cachimbo, falando um tanto de coisas que eu ainda não entendo, mas desconfio que seja a linguagem dos Karuãnas. O homem respirou profundamente, como alguém que emerge do fundo do rio, quase sem fôlego" (trecho do livro).

'Tecendo histórias do meu lugar' - Ane Kethleen Pataxó (Povo Pataxó)
Em seu primeiro livro, a escritora Ane Kethleen entrelaça relatos biográficos, cantigas e histórias da vida e da liderança de Cacique Zé Fragoso e Luciana Zabelê, figuras centrais da luta Pataxó no sul da Bahia.

A obra revela a força da juventude indígena, que carrega consigo a memória dos antigos e o compromisso de recontar sua própria história.

'O que falam as águas?' - Ezequiel Vitor Tuxá (Povo Tuxá)
A obra de Ezequiel Vitor Tuxá propõe uma escuta poética e espiritual das águas como entidades vivas e sagradas. Ao refletir sobre os rios que atravessam o território e a existência do seu povo, o autor conduz o leitor por uma viagem onde natureza e cultura são inseparáveis. 

Além disso, o livro é uma denúncia contra os impactos ambientais causados por barragens e um convite à reconexão com a Terra, combinando relatos comunitários, experiências pessoais e cantos ancestrais. 

'O presente de Jaxy Jaterê' - Olívio Jekupé (Povo Guarani)
Olívio Jekupé apresenta a história de Kerexu, uma jovem indígena que busca fazer um pedido ao misterioso Jaxy Jaterê, guardião da floresta. Através de uma narrativa mágica, o autor mostra como a ancestralidade ainda orienta a vida das crianças indígenas e como a natureza é compreendida como um espaço sagrado e dotado de vozes. 

Voltado para o público infantojuvenil, o livro também funciona como uma ferramenta pedagógica e de valorização da língua guarani.

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