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Ninguém pode falar pelos indígenas, diz liderança Xipaya sobre COP30
01/07/2025
Autor: Tayana Narcisa
Fonte: CNN Brasil - https://www.cnnbrasil.com.br/
Ninguém pode falar pelos indígenas, diz liderança Xipaya sobre COP30
Empreendedora destaca protagonismo indígena nas discussões climáticas e mostra como negócios sustentáveis podem proteger a floresta
A participação indígena na construção de soluções para a crise climática não pode ser feita por terceiros. Essa é a mensagem de Katyana Xipaya, liderança indígena e fundadora do chocolate Sidjä Wahiü, que defendeu o protagonismo dos povos tradicionais durante o 12o Congresso Sustentável do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), em Belém (PA). "Ninguém pode falar por nós indígenas, mas nós podemos falar pelo planeta", afirmou.
Katyana participou do painel que debateu como transformar conservação, restauração e biodiversidade em modelos de negócio inovadores, incluindo financiamento, cadeias de valor e tecnologia que viabilizem soluções baseadas na natureza em escala global.
Para ela, o evento considerado uma pré-COP30 é um momento crucial para garantir que as comunidades da floresta ocupem seus espaços de direito e apresentem suas contribuições. "Estar nesse cenário, trazendo a nossa fala e não alguém falando por nós, é ocupar o espaço que é nosso, onde só temos a contribuir com a sociedade", reforçou.
Empreendedora à frente da marca Sidjä Wahiü, Katyana tem se destacado ao transformar o cacau produzido por famílias indígenas Xipaya em chocolate de alta qualidade, conectando tradição, geração de renda e preservação da floresta.
O trabalho busca agregar valor aos produtos nativos e promover a autonomia econômica da comunidade, mostrando que desenvolvimento sustentável e conservação podem caminhar juntos. Além do chocolate, o projeto inclui ações de reflorestamento, práticas agroecológicas e incentivo à permanência dos jovens na aldeia, evitando o êxodo rural.
Katyana destacou que povos indígenas e comunidades tradicionais não apenas vivem a realidade da floresta, mas também têm conhecimento ancestral sobre preservação que pode ajudar a enfrentar a emergência climática.
"Nós nos preocupamos, vivemos, respiramos e a floresta é a nossa mãe terra. Se não houver preocupação com preservação, sustentabilidade e consumo consciente, tudo que estamos construindo será em vão", alertou.
A 12ª edição do Congresso Sustentável do CEBDS, que aconteceu nesta semana no Teatro Estação Gasômetro, faz parte das preparações para a 30ª Conferência do Clima da ONU (COP30), prevista para novembro de 2025 em Belém.
O evento reuniu lideranças empresariais, especialistas, representantes de governos e comunidades tradicionais para debater estratégias que aliem desenvolvimento econômico, justiça social e preservação ambiental na Amazônia.
Segundo o governo federal e a organização da COP30, garantir a participação efetiva de comunidades indígenas e tradicionais é prioridade para que o evento seja representativo e construído de forma inclusiva.
A CEO da COP30, Ana Toni, afirmou que o diálogo com esses povos está em curso e que o Brasil quer mostrar ao mundo um modelo de conferência que valorize a diversidade cultural e os saberes tradicionais na formulação de soluções para a crise climática.
Para Katyana, a COP30 em Belém tem potencial para marcar uma virada na forma como a sociedade escuta - e respeita - quem vive na floresta. "Essa construção depende de todos, não só de um povo. Juntos podemos construir algo duradouro para que as próximas gerações não sofram o impacto que nós ou outros causamos", concluiu.
https://www.cnnbrasil.com.br/economia/ninguem-pode-falar-pelos-indigenas-diz-lideranca-xipaya-sobre-cop30/
Empreendedora destaca protagonismo indígena nas discussões climáticas e mostra como negócios sustentáveis podem proteger a floresta
A participação indígena na construção de soluções para a crise climática não pode ser feita por terceiros. Essa é a mensagem de Katyana Xipaya, liderança indígena e fundadora do chocolate Sidjä Wahiü, que defendeu o protagonismo dos povos tradicionais durante o 12o Congresso Sustentável do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), em Belém (PA). "Ninguém pode falar por nós indígenas, mas nós podemos falar pelo planeta", afirmou.
Katyana participou do painel que debateu como transformar conservação, restauração e biodiversidade em modelos de negócio inovadores, incluindo financiamento, cadeias de valor e tecnologia que viabilizem soluções baseadas na natureza em escala global.
Para ela, o evento considerado uma pré-COP30 é um momento crucial para garantir que as comunidades da floresta ocupem seus espaços de direito e apresentem suas contribuições. "Estar nesse cenário, trazendo a nossa fala e não alguém falando por nós, é ocupar o espaço que é nosso, onde só temos a contribuir com a sociedade", reforçou.
Empreendedora à frente da marca Sidjä Wahiü, Katyana tem se destacado ao transformar o cacau produzido por famílias indígenas Xipaya em chocolate de alta qualidade, conectando tradição, geração de renda e preservação da floresta.
O trabalho busca agregar valor aos produtos nativos e promover a autonomia econômica da comunidade, mostrando que desenvolvimento sustentável e conservação podem caminhar juntos. Além do chocolate, o projeto inclui ações de reflorestamento, práticas agroecológicas e incentivo à permanência dos jovens na aldeia, evitando o êxodo rural.
Katyana destacou que povos indígenas e comunidades tradicionais não apenas vivem a realidade da floresta, mas também têm conhecimento ancestral sobre preservação que pode ajudar a enfrentar a emergência climática.
"Nós nos preocupamos, vivemos, respiramos e a floresta é a nossa mãe terra. Se não houver preocupação com preservação, sustentabilidade e consumo consciente, tudo que estamos construindo será em vão", alertou.
A 12ª edição do Congresso Sustentável do CEBDS, que aconteceu nesta semana no Teatro Estação Gasômetro, faz parte das preparações para a 30ª Conferência do Clima da ONU (COP30), prevista para novembro de 2025 em Belém.
O evento reuniu lideranças empresariais, especialistas, representantes de governos e comunidades tradicionais para debater estratégias que aliem desenvolvimento econômico, justiça social e preservação ambiental na Amazônia.
Segundo o governo federal e a organização da COP30, garantir a participação efetiva de comunidades indígenas e tradicionais é prioridade para que o evento seja representativo e construído de forma inclusiva.
A CEO da COP30, Ana Toni, afirmou que o diálogo com esses povos está em curso e que o Brasil quer mostrar ao mundo um modelo de conferência que valorize a diversidade cultural e os saberes tradicionais na formulação de soluções para a crise climática.
Para Katyana, a COP30 em Belém tem potencial para marcar uma virada na forma como a sociedade escuta - e respeita - quem vive na floresta. "Essa construção depende de todos, não só de um povo. Juntos podemos construir algo duradouro para que as próximas gerações não sofram o impacto que nós ou outros causamos", concluiu.
https://www.cnnbrasil.com.br/economia/ninguem-pode-falar-pelos-indigenas-diz-lideranca-xipaya-sobre-cop30/
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