From Indigenous Peoples in Brazil
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PF investiga envolvimento de facções criminosas em conflito armado entre grupos indígenas no RS
28/08/2025
Fonte: O Globo - https://oglobo.globo.com/
PF investiga envolvimento de facções criminosas em conflito armado entre grupos indígenas no RS
Ação realizada nesta quinta-feira (28) também investiga possível formação de milícia, homicídio e tentativas de assassinato na Reserva Nonoai
28/08/2025
Jhonny Chavão
A Polícia Federal deflagrou nesta manhã (28) a Operação PO'I MAG (Grande Líder), que visa coibir um conflito indígena na Reserva Indígena de Nonoai (RS). Além do conflito, a operação também investiga o possível envolvimento de facções criminosas na disputa pela terra, formação de milícia, homicídio e tentativas de homicídio na terra indígena, localizada no norte gaúcho.
O inquérito policial decorre diretamente do intenso conflito armado entre dois grupos indígenas rivais, que disputam o controle da reserva. A Terra Indígena Nonoai possui aproximadamente 16 mil hectares de extensão territorial, localizados entre os municípios gaúchos de Nonoai, Gramado dos Loureiros, Planalto e Rio dos Índios.
A Reserva Indígena Nonoai se divide em três aldeias: Aldeia da Sede, em Nonoai (RS); Aldeia Bananeiras, em Gramado dos Loureiros (RS); e Aldeia Pinhalzinho, em Planalto (RS). Todas as aldeias eram governadas pelo mesmo cacique, até que uma delas declarou "independência" da sede.
O grupo dissidente declarou "independência" do cacicado da Aldeia da Sede em março deste ano, formando uma nova liderança, o que motivou o início dos conflitos na região. As ações violentas culminaram em quatro tentativas de homicídio e em incêndios criminosos que afetaram 25 residências da Aldeia Sede, na qual indígenas daquela localidade foram expulsos.
De acordo com o delegado Sérgio Covatti Crespi, que investiga o caso, em maio houve mais um conflito armado na reserva, que resultou no homicídio de uma pessoa, além de três tentativas de homicídio. Também houve naquele momento diversos crimes, como dano e disparos de arma de fogo.
A operação, que contou com o apoio do 3o Batalhão do Choque e do Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO) da Brigada Militar, cumpriu 22 mandados de busca e apreensão. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal de Passo Fundo (RS). Dos 22 mandados, 14 foram realizados na Aldeia Sede e 8 na Aldeia Bananeiras.
Os agentes federais apreendera, na operação, quatro simulacros de arma de fogo, duas pistolas, dois revólveres, duas espingardas e cinco carregadores de arma de fogo. Também foram apreendidas duzentas munições de calibres diversos aproximadamente, e cerca de vinte aparelhos eletrônicos (celulares, notebooks e similares).
- A operação foi realizada no intuito de angariar maiores elementos de autoria e materialidade, bem como de circunstâncias dos crimes, a fim de responsabilizar penalmente os envolvidos e para apaziguar a área que está em conflito - afirmou o delegado Sérgio Covatti Crespi.
As investigações ainda apontam indícios de que esses grupos em conflito receberam apoio de facções criminosas que atuam no estado do Rio Grande do Sul quanto ao fornecimento de armas de fogo, na logística e na participação dos criminosos para atuarem no conflito.
Na operação de hoje, que contou com 100 policiais federais e 80 policiais militares, pretende-se investigar crimes como homicídio qualificado (consumado e tentados), constituição de milícia privada, lesões corporais, ameaças, vias de fato, incêndios criminosos, porte ilegal de arma de fogo, dentre outros.
https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2025/08/28/operacao-da-pf-investiga-envolvimento-de-faccoes-criminosas-em-conflito-indigena-no-rs.ghtml
Ação realizada nesta quinta-feira (28) também investiga possível formação de milícia, homicídio e tentativas de assassinato na Reserva Nonoai
28/08/2025
Jhonny Chavão
A Polícia Federal deflagrou nesta manhã (28) a Operação PO'I MAG (Grande Líder), que visa coibir um conflito indígena na Reserva Indígena de Nonoai (RS). Além do conflito, a operação também investiga o possível envolvimento de facções criminosas na disputa pela terra, formação de milícia, homicídio e tentativas de homicídio na terra indígena, localizada no norte gaúcho.
O inquérito policial decorre diretamente do intenso conflito armado entre dois grupos indígenas rivais, que disputam o controle da reserva. A Terra Indígena Nonoai possui aproximadamente 16 mil hectares de extensão territorial, localizados entre os municípios gaúchos de Nonoai, Gramado dos Loureiros, Planalto e Rio dos Índios.
A Reserva Indígena Nonoai se divide em três aldeias: Aldeia da Sede, em Nonoai (RS); Aldeia Bananeiras, em Gramado dos Loureiros (RS); e Aldeia Pinhalzinho, em Planalto (RS). Todas as aldeias eram governadas pelo mesmo cacique, até que uma delas declarou "independência" da sede.
O grupo dissidente declarou "independência" do cacicado da Aldeia da Sede em março deste ano, formando uma nova liderança, o que motivou o início dos conflitos na região. As ações violentas culminaram em quatro tentativas de homicídio e em incêndios criminosos que afetaram 25 residências da Aldeia Sede, na qual indígenas daquela localidade foram expulsos.
De acordo com o delegado Sérgio Covatti Crespi, que investiga o caso, em maio houve mais um conflito armado na reserva, que resultou no homicídio de uma pessoa, além de três tentativas de homicídio. Também houve naquele momento diversos crimes, como dano e disparos de arma de fogo.
A operação, que contou com o apoio do 3o Batalhão do Choque e do Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO) da Brigada Militar, cumpriu 22 mandados de busca e apreensão. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal de Passo Fundo (RS). Dos 22 mandados, 14 foram realizados na Aldeia Sede e 8 na Aldeia Bananeiras.
Os agentes federais apreendera, na operação, quatro simulacros de arma de fogo, duas pistolas, dois revólveres, duas espingardas e cinco carregadores de arma de fogo. Também foram apreendidas duzentas munições de calibres diversos aproximadamente, e cerca de vinte aparelhos eletrônicos (celulares, notebooks e similares).
- A operação foi realizada no intuito de angariar maiores elementos de autoria e materialidade, bem como de circunstâncias dos crimes, a fim de responsabilizar penalmente os envolvidos e para apaziguar a área que está em conflito - afirmou o delegado Sérgio Covatti Crespi.
As investigações ainda apontam indícios de que esses grupos em conflito receberam apoio de facções criminosas que atuam no estado do Rio Grande do Sul quanto ao fornecimento de armas de fogo, na logística e na participação dos criminosos para atuarem no conflito.
Na operação de hoje, que contou com 100 policiais federais e 80 policiais militares, pretende-se investigar crimes como homicídio qualificado (consumado e tentados), constituição de milícia privada, lesões corporais, ameaças, vias de fato, incêndios criminosos, porte ilegal de arma de fogo, dentre outros.
https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2025/08/28/operacao-da-pf-investiga-envolvimento-de-faccoes-criminosas-em-conflito-indigena-no-rs.ghtml
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