From Indigenous Peoples in Brazil
                        News
Ibama libera perfuração na Foz do Amazonas às vésperas da COP30 e mancha de óleo discurso climático nacional
20/10/2025
Fonte: Greenpeace - https://www.greenpeace.org
 
 São Paulo, 20 de outubro de 2025 - A menos de um mês para a COP30, em Belém, o Ibama acaba de conceder a licença para que a Petrobras explore petróleo na Bacia da Foz do Amazonas, região rica em biodiversidade marinha e que abriga um massivo sistema recifal de relevante importância ecológica para o Oceano Atlântico e comunidades indígenas, quilombolas e tradicionais que dependem da Amazônia costeira para sobreviver. 
 
"Às vésperas da COP 30, o Brasil se veste de verde no palco internacional, mas se mancha de óleo na própria casa. Enquanto o mundo se volta para a Amazônia em busca de soluções para a crise climática, vemos o Ibama conceder licença para que a Petrobras abra um poço de petróleo em pleno coração do planeta", afirma a coordenadora da frente de Oceanos do Greenpeace Brasil, Mariana Andrade.
 
Além da contradição entre o discurso climático do Brasil e o avanço de uma nova fronteira de petróleo no país, Andrade ressalta que, em um cenário de emergência climática como o atual, a abertura de novos poços de petróleo contradiz os compromissos do próprio país com a transição energética e apenas reforça padrões excludentes, insustentáveis e ambientalmente predatórios.
 
"Não há transição energética possível quando o alicerce é destruição. A decisão de abrir uma nova fronteira exploratória na Foz do Amazonas revela uma lógica de lucro que perpetua desigualdades. A Petrobras tem condições de direcionar seus esforços para uma estratégia verdadeiramente voltada à descarbonização e de contribuir de forma coerente com compromissos climáticos assumidos pelo Brasil", diz Andrade.
 
A advogada do Greenpeace Brasil, Daniela Jerez, lembra que o polêmico processo de licenciamento do Bloco 59 se arrastou há mais de uma década e que apresenta falhas graves de procedimento.
 
"A licença do Bloco 59 tem falhas graves de procedimento e conteúdo, violando a Constituição, tratados internacionais e a legislação ambiental. Pela lei, a licença só pode ser concedida quando houver comprovação clara da capacidade da empresa de prevenir e responder aos riscos envolvidos e os planos de emergência apresentados no decorrer do processo de licenciamento ambiental são insuficientes e não demonstram essa capacidade. Além disso, não houve avaliação adequada dos impactos sobre os povos indígenas, nem a consulta livre, prévia e informada. Esses vícios tornam a licença inválida e podem ser questionados judicialmente", explica Jerez.
 
Operação da Petrobras ameaça regiões costeiras nacionais e de países da Pan-Amazônia
 
A Bacia da Foz do Amazonas ocupa uma faixa do território marítimo que se estende do Amapá até a Baía do Marajó, na Margem Equatorial, uma das regiões mais biodiversas do planeta. Recifes, manguezais e espécies endêmicas sustentam ecossistemas marinhos vitais e garantem segurança alimentar a milhares de pessoas, especialmente na região Amazônica.
 
A exploração de petróleo nesta área representa alto risco de contaminação por vazamentos de petróleo e poluição química, com potencial de comprometer ecossistemas sensíveis, a saúde e a subsistência das comunidades costeiras. Esse tipo de operação afeta cidades e comunidades, intensificando vulnerabilidades socioambientais.
 
Em abril de 2024, o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA), com apoio do Greenpeace Brasil, demonstrou em um estudo que um derramamento de óleo na região poderia atingir países da Pan-Amazônia e chegar à costa do Amapá e do Pará, com impactos devastadores sobre a vida marinha e populações locais.
 
https://www.greenpeace.org/brasil/imprensa/ibama-libera-perfuracao-na-foz-do-amazonas-as-vesperas-da-cop30-e-mancha-de-oleo-discurso-climatico-nacional/    
"Às vésperas da COP 30, o Brasil se veste de verde no palco internacional, mas se mancha de óleo na própria casa. Enquanto o mundo se volta para a Amazônia em busca de soluções para a crise climática, vemos o Ibama conceder licença para que a Petrobras abra um poço de petróleo em pleno coração do planeta", afirma a coordenadora da frente de Oceanos do Greenpeace Brasil, Mariana Andrade.
Além da contradição entre o discurso climático do Brasil e o avanço de uma nova fronteira de petróleo no país, Andrade ressalta que, em um cenário de emergência climática como o atual, a abertura de novos poços de petróleo contradiz os compromissos do próprio país com a transição energética e apenas reforça padrões excludentes, insustentáveis e ambientalmente predatórios.
"Não há transição energética possível quando o alicerce é destruição. A decisão de abrir uma nova fronteira exploratória na Foz do Amazonas revela uma lógica de lucro que perpetua desigualdades. A Petrobras tem condições de direcionar seus esforços para uma estratégia verdadeiramente voltada à descarbonização e de contribuir de forma coerente com compromissos climáticos assumidos pelo Brasil", diz Andrade.
A advogada do Greenpeace Brasil, Daniela Jerez, lembra que o polêmico processo de licenciamento do Bloco 59 se arrastou há mais de uma década e que apresenta falhas graves de procedimento.
"A licença do Bloco 59 tem falhas graves de procedimento e conteúdo, violando a Constituição, tratados internacionais e a legislação ambiental. Pela lei, a licença só pode ser concedida quando houver comprovação clara da capacidade da empresa de prevenir e responder aos riscos envolvidos e os planos de emergência apresentados no decorrer do processo de licenciamento ambiental são insuficientes e não demonstram essa capacidade. Além disso, não houve avaliação adequada dos impactos sobre os povos indígenas, nem a consulta livre, prévia e informada. Esses vícios tornam a licença inválida e podem ser questionados judicialmente", explica Jerez.
Operação da Petrobras ameaça regiões costeiras nacionais e de países da Pan-Amazônia
A Bacia da Foz do Amazonas ocupa uma faixa do território marítimo que se estende do Amapá até a Baía do Marajó, na Margem Equatorial, uma das regiões mais biodiversas do planeta. Recifes, manguezais e espécies endêmicas sustentam ecossistemas marinhos vitais e garantem segurança alimentar a milhares de pessoas, especialmente na região Amazônica.
A exploração de petróleo nesta área representa alto risco de contaminação por vazamentos de petróleo e poluição química, com potencial de comprometer ecossistemas sensíveis, a saúde e a subsistência das comunidades costeiras. Esse tipo de operação afeta cidades e comunidades, intensificando vulnerabilidades socioambientais.
Em abril de 2024, o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA), com apoio do Greenpeace Brasil, demonstrou em um estudo que um derramamento de óleo na região poderia atingir países da Pan-Amazônia e chegar à costa do Amapá e do Pará, com impactos devastadores sobre a vida marinha e populações locais.
https://www.greenpeace.org/brasil/imprensa/ibama-libera-perfuracao-na-foz-do-amazonas-as-vesperas-da-cop30-e-mancha-de-oleo-discurso-climatico-nacional/
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source