From Indigenous Peoples in Brazil
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Índios Uru-Eu-Wau-Wau expulsam invasores de área indígena em Rondônia
13/08/2001
Autor: Maurício Araújo
Fonte: Amazônia.org.br
Os índios Uru-eu-wau-wau expulsaram os oito invasores que eram mantidos aprisionados, desde que foram surpreendidos nas proximidades da aldeia Jamari na Unidade de Preservação Indígena, a 270 km de Porto Velho, Rondônia.
O Uru-eu-wau-wau são conhecidos pela preocupação com a conservação de seu espaço, zelando pela preservação mesmo que tenham que entrar em conflitos com o homem branco. Os invasores foram capturados no último dia 11, enquanto caçavam e pescavam na reserva indígena. Hoje, foram deixados fora da reserva, totalmente nus e pintados com uma mistura negra de genipapo e erva do mato. Os índios pintaram seus corpos com a finalidade de identificá-los como invasores, pois a mistura demora uma semana para desaparecer da pele.
A Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau é homologada desde 1991 e segundo os índios sofre diversos tipos de invasões em muitas áreas de sua extensão. Grileiros, madeireiros, garimpeiros e caçadores têm constantemente invadido o território indígena, devastando a terra e tentando apropriar-se dela. Segundo Ivaneide Bandeira, da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, a Funai e a Polícia Federal têm realizado um intenso trabalho de fiscalização, prendendo os que transgridem a lei. No entanto, estes mesmos indivíduos, na maior parte reincidentes, são soltos e tem seus equipamentos liberados, com o pagamento de fiança.
A presença do assentamento Burareo, estabelecido pelo Incra na década de 70 numa área contígua ao território, também é considerada um estímulo aos grileiros. O assentamento do Incra serve como mau exemplo de apropriação, posteriormente legitimada pelo próprio governo, de terras que já haviam sido demarcadas.
A tensão é crescente na região. Os índios avisaram ao grupo de oito invasores que os próximos a ultrapassar as fronteiras de suas terras podem ter outro destino. Há um mês atrás o Conselho Indigenista Missionário divulgou uma nota alertando as autoridades sobre o perigo de um conflito armado.
Recentemente, os índios reuniram-se com representantes da Funai, do Ministério Público e do Governo local para discutir o assunto. No encontro, alertaram que não vão mais tolerar os abusos que vêm ocorrendo
O Uru-eu-wau-wau são conhecidos pela preocupação com a conservação de seu espaço, zelando pela preservação mesmo que tenham que entrar em conflitos com o homem branco. Os invasores foram capturados no último dia 11, enquanto caçavam e pescavam na reserva indígena. Hoje, foram deixados fora da reserva, totalmente nus e pintados com uma mistura negra de genipapo e erva do mato. Os índios pintaram seus corpos com a finalidade de identificá-los como invasores, pois a mistura demora uma semana para desaparecer da pele.
A Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau é homologada desde 1991 e segundo os índios sofre diversos tipos de invasões em muitas áreas de sua extensão. Grileiros, madeireiros, garimpeiros e caçadores têm constantemente invadido o território indígena, devastando a terra e tentando apropriar-se dela. Segundo Ivaneide Bandeira, da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, a Funai e a Polícia Federal têm realizado um intenso trabalho de fiscalização, prendendo os que transgridem a lei. No entanto, estes mesmos indivíduos, na maior parte reincidentes, são soltos e tem seus equipamentos liberados, com o pagamento de fiança.
A presença do assentamento Burareo, estabelecido pelo Incra na década de 70 numa área contígua ao território, também é considerada um estímulo aos grileiros. O assentamento do Incra serve como mau exemplo de apropriação, posteriormente legitimada pelo próprio governo, de terras que já haviam sido demarcadas.
A tensão é crescente na região. Os índios avisaram ao grupo de oito invasores que os próximos a ultrapassar as fronteiras de suas terras podem ter outro destino. Há um mês atrás o Conselho Indigenista Missionário divulgou uma nota alertando as autoridades sobre o perigo de um conflito armado.
Recentemente, os índios reuniram-se com representantes da Funai, do Ministério Público e do Governo local para discutir o assunto. No encontro, alertaram que não vão mais tolerar os abusos que vêm ocorrendo
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