From Indigenous Peoples in Brazil
News
Índios são presos em orgia com menor
20/04/2005
Fonte: O Globo, O País, p. 5
Índios são presos em orgia com menor
Letícia Lins
Quatro índios xucurus foram presos e autuados em flagrante ontem por corrupção e exploração sexual de menores. A prisão ocorreu durante orgia com uma menina de 14 anos num casarão abandonado no bairro da Boa Vista, a poucos metros do escritório da Funai na capital. Pelo abuso, os acusados pagaram R$ 20 no total. Os quatro tiveram relações sexuais com a garota numa mesma noite, segundo confirmou ontem a menor à Gerência de Proteção à Criança e ao Adolescente (GPCA).
Os índios negaram a acusação, mas a Polícia Militar informou que a equipe chamada ao lugar ainda encontrou a menor X. fazendo sexo com um deles. Duas pessoas brancas, um homem e uma mulher, também foram indiciadas.
A PM foi ao lugar depois de receber denúncia anônima. O sobrado onde houve a orgia foi invadido no fim do ano passado por cinco famílias de sem-teto. Um dos casais disse ontem que abrigou X., que vivia na rua, por pena, pois a menina não tem pai nem mãe. Na noite de segunda-feira, os índios Daniel Santos de Melo, Gilson Porto Vieira, Lindomar de Santana e Nivaldo Oliveira Bezerra bebiam com um amigo de Recife, Deivison Ramos da Silva, que mora no casarão.
Segundo o soldado Iraquitan Martins de Araújo, que prendeu os índios, Deivison ofereceu a garota a R$ 5 por pessoa e disse que o dinheiro seria usado para comprar comida para ele e sua mulher, Jacilene da Silva, e para a menina. De posse dos R$ 20, ele teria saído para comprar comida enquanto os quatro se revezavam no sexo com a garota. O delegado Guilherme Mesquita, da Divisão de Serviços Especiais da GPCA, disse que os quatro e o casal foram indiciados nos artigos 218 do Código Penal (corrupção de menores) e 244 do Estatuto da Criança e do Adolescente (exploração sexual de menores).
Se condenados, a pena dos seis pode variar de quatro a dez anos de reclusão. Tês dos acusados foram expulsos da comunidade xucuru por mau comportamento, sob acusação de prejudicar a tribo. Os xucurus são o maior grupo indígena de Pernambuco e se espalham pelo município de Pesqueira, a 215 quilômetros da capital. O quarto, Daniel, é do grupo xucuru-cariri, de Palmeiras dos Índios, em Alagoas.
Funai não defenderá índios, que contrataram advogada
Os índios negaram ter mantido relações sexuais com a garota, que, segundo eles, já tem um filho e vive se prostituindo nas ruas da capital. Deivison disse que ele e a mulher abrigaram a menina porque ela não tinha onde morar e negou que a esteja explorando.
Os índios nomearam um advogada particular, Maria José do Amaral. Por esse motivo, a Funai não defenderá os acusados, embora tenha informado à tarde que fará acompanhamento social dos quatro presos. Segundo o coordenador regional do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Roberto Saraiva, três dos quatro já são velhos conhecidos dos índios de Pesqueira:
- Eles desrespeitaram a organização social do povo xucuru e foram convidados a sair da área. Índios ou não, cometeram um crime e terão que responder pelo que fizeram.
O Globo, 20/04/2005, O País, p. 5
Letícia Lins
Quatro índios xucurus foram presos e autuados em flagrante ontem por corrupção e exploração sexual de menores. A prisão ocorreu durante orgia com uma menina de 14 anos num casarão abandonado no bairro da Boa Vista, a poucos metros do escritório da Funai na capital. Pelo abuso, os acusados pagaram R$ 20 no total. Os quatro tiveram relações sexuais com a garota numa mesma noite, segundo confirmou ontem a menor à Gerência de Proteção à Criança e ao Adolescente (GPCA).
Os índios negaram a acusação, mas a Polícia Militar informou que a equipe chamada ao lugar ainda encontrou a menor X. fazendo sexo com um deles. Duas pessoas brancas, um homem e uma mulher, também foram indiciadas.
A PM foi ao lugar depois de receber denúncia anônima. O sobrado onde houve a orgia foi invadido no fim do ano passado por cinco famílias de sem-teto. Um dos casais disse ontem que abrigou X., que vivia na rua, por pena, pois a menina não tem pai nem mãe. Na noite de segunda-feira, os índios Daniel Santos de Melo, Gilson Porto Vieira, Lindomar de Santana e Nivaldo Oliveira Bezerra bebiam com um amigo de Recife, Deivison Ramos da Silva, que mora no casarão.
Segundo o soldado Iraquitan Martins de Araújo, que prendeu os índios, Deivison ofereceu a garota a R$ 5 por pessoa e disse que o dinheiro seria usado para comprar comida para ele e sua mulher, Jacilene da Silva, e para a menina. De posse dos R$ 20, ele teria saído para comprar comida enquanto os quatro se revezavam no sexo com a garota. O delegado Guilherme Mesquita, da Divisão de Serviços Especiais da GPCA, disse que os quatro e o casal foram indiciados nos artigos 218 do Código Penal (corrupção de menores) e 244 do Estatuto da Criança e do Adolescente (exploração sexual de menores).
Se condenados, a pena dos seis pode variar de quatro a dez anos de reclusão. Tês dos acusados foram expulsos da comunidade xucuru por mau comportamento, sob acusação de prejudicar a tribo. Os xucurus são o maior grupo indígena de Pernambuco e se espalham pelo município de Pesqueira, a 215 quilômetros da capital. O quarto, Daniel, é do grupo xucuru-cariri, de Palmeiras dos Índios, em Alagoas.
Funai não defenderá índios, que contrataram advogada
Os índios negaram ter mantido relações sexuais com a garota, que, segundo eles, já tem um filho e vive se prostituindo nas ruas da capital. Deivison disse que ele e a mulher abrigaram a menina porque ela não tinha onde morar e negou que a esteja explorando.
Os índios nomearam um advogada particular, Maria José do Amaral. Por esse motivo, a Funai não defenderá os acusados, embora tenha informado à tarde que fará acompanhamento social dos quatro presos. Segundo o coordenador regional do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Roberto Saraiva, três dos quatro já são velhos conhecidos dos índios de Pesqueira:
- Eles desrespeitaram a organização social do povo xucuru e foram convidados a sair da área. Índios ou não, cometeram um crime e terão que responder pelo que fizeram.
O Globo, 20/04/2005, O País, p. 5
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