From Indigenous Peoples in Brazil
News
Pela salvação do Cerrado
10/09/2004
Fonte: JB, País, p. A7
Pela salvação do Cerrado
Índios iniciam série de protestos contra devastação
Gisele Teixeira
Com os corpos pintados com urucum e carvão, índios das tribos Xavante (MT) e Krahô (TO) abriram ontem o Grito do Cerrado, uma série de manifestações e eventos culturais elaborados para alertar o governo e a comunidade sobre os riscos de devastação do bioma, que já tem desmatado 57% de sua área original de 204 milhões de hectares. Os índios participaram de uma corrida de toras na Esplanada dos Ministérios, do Ministério do Meio Ambiente ao Congresso Nacional.
Durante o trajeto, passaram de mão em mão duas toras de buriti, de cerca de 80 quilos cada uma. Ao final, os pedaços de madeira foram deixados no Senado Federal em sinal de protesto pela demora na aprovação do Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que inclui o Cerrado na relação dos biomas considerados patrimônio nacional.
O texto está na gaveta há nove anos. Se aprovado, aumentam as chances de proteção da área que, a despeito de sua importância ambiental, está seriamente ameaçada em função do avanço do desmatamento, acentuado nos últimos anos com a expansão das plantações de grãos.
- Nós não queremos soja em torno dos territórios indígenas - protestou ontem o líder indígena Hiparido Toptira, da etnia Xavante. Segundo ele, a produção agrícola deixa resíduos de agrotóxico nos rios, diminuindo a caça e a pesca, e poluindo as nascentes.
Dados da Conservação Internacional apontam para um desmatamento que chega a 1,5% por ano no Cerrado, o que equivale a 2,6 campos de futebol por minuto. Segundo a Rede Cerrado, que reúne entidades sócio-ambientais, se o desmatamento continuar no mesmo ritmo, em 30 anos o bioma poderá desaparecer.
JB, 10/09/2004, País, p. A7
Índios iniciam série de protestos contra devastação
Gisele Teixeira
Com os corpos pintados com urucum e carvão, índios das tribos Xavante (MT) e Krahô (TO) abriram ontem o Grito do Cerrado, uma série de manifestações e eventos culturais elaborados para alertar o governo e a comunidade sobre os riscos de devastação do bioma, que já tem desmatado 57% de sua área original de 204 milhões de hectares. Os índios participaram de uma corrida de toras na Esplanada dos Ministérios, do Ministério do Meio Ambiente ao Congresso Nacional.
Durante o trajeto, passaram de mão em mão duas toras de buriti, de cerca de 80 quilos cada uma. Ao final, os pedaços de madeira foram deixados no Senado Federal em sinal de protesto pela demora na aprovação do Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que inclui o Cerrado na relação dos biomas considerados patrimônio nacional.
O texto está na gaveta há nove anos. Se aprovado, aumentam as chances de proteção da área que, a despeito de sua importância ambiental, está seriamente ameaçada em função do avanço do desmatamento, acentuado nos últimos anos com a expansão das plantações de grãos.
- Nós não queremos soja em torno dos territórios indígenas - protestou ontem o líder indígena Hiparido Toptira, da etnia Xavante. Segundo ele, a produção agrícola deixa resíduos de agrotóxico nos rios, diminuindo a caça e a pesca, e poluindo as nascentes.
Dados da Conservação Internacional apontam para um desmatamento que chega a 1,5% por ano no Cerrado, o que equivale a 2,6 campos de futebol por minuto. Segundo a Rede Cerrado, que reúne entidades sócio-ambientais, se o desmatamento continuar no mesmo ritmo, em 30 anos o bioma poderá desaparecer.
JB, 10/09/2004, País, p. A7
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