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PF investiga conflito em Japorã que deixou índio ferido na cabeça
24/01/2004
Fonte: FSP, Brasil, p. A9
PF investiga conflito em Japorã que deixou índio ferido na cabeça
Hudson Corrêa
Da Agência Folha, em Japorã (MS)
A Polícia Federal investiga como o índio Odeir Martins, 15, foi ferido na cabeça no confronto entre 250 índios e 300 fazendeiros na quarta-feira, em Japorã (MS).
Ontem, a Agência Folha entrou na fazenda Paloma, uma das 14 invadidas por cerca de mil índios. Na propriedade, encontrou Odeir com um curativo na cabeça.
Ele disse que levou um tiro de raspão no confronto e desmaiou em seguida. As lideranças indígenas afirmaram inicialmente que o ferimento tinha sido na nuca.
O cacique guarani Mãmãgá e os pais do adolescente, Paulo Francisco e Paulina Martins, dizem que "Odeir derramou sangue por todos os índios" que invadiram as fazendas. "Além de tomarem nossa terra, ainda tiram sangue de índio", disse Avacho Kanda, 32. Os índios querem a posse de 9.400 hectares em Japorã. Nessa área estão as fazendas invadidas.
Odeir disse que ainda sente forte dores na cabeça. A mãe dele mostra um boné com marcas de sangue e com um furo semelhante ao feito por bala. No local do confronto, ocorrido na ponte que dá acesso às propriedades, a Polícia Militar encontrou uma cápsula de revólver calibre 22.
O advogado dos fazendeiros, Geones Miguel Ledesma, afirmou ontem que eles não estavam armados. Os ruralistas protestavam contra a invasão das terras, quando houve o confronto. Na cidade vizinha de Iguatemi, cerca de 50 fazendeiros e trabalhadores rurais se reuniram com o presidente da Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul, Léo de Brito. O grupo deve decidir hoje a data de uma nova manifestação.
FSP, 24/01/2004, Brasil, p. A9
Hudson Corrêa
Da Agência Folha, em Japorã (MS)
A Polícia Federal investiga como o índio Odeir Martins, 15, foi ferido na cabeça no confronto entre 250 índios e 300 fazendeiros na quarta-feira, em Japorã (MS).
Ontem, a Agência Folha entrou na fazenda Paloma, uma das 14 invadidas por cerca de mil índios. Na propriedade, encontrou Odeir com um curativo na cabeça.
Ele disse que levou um tiro de raspão no confronto e desmaiou em seguida. As lideranças indígenas afirmaram inicialmente que o ferimento tinha sido na nuca.
O cacique guarani Mãmãgá e os pais do adolescente, Paulo Francisco e Paulina Martins, dizem que "Odeir derramou sangue por todos os índios" que invadiram as fazendas. "Além de tomarem nossa terra, ainda tiram sangue de índio", disse Avacho Kanda, 32. Os índios querem a posse de 9.400 hectares em Japorã. Nessa área estão as fazendas invadidas.
Odeir disse que ainda sente forte dores na cabeça. A mãe dele mostra um boné com marcas de sangue e com um furo semelhante ao feito por bala. No local do confronto, ocorrido na ponte que dá acesso às propriedades, a Polícia Militar encontrou uma cápsula de revólver calibre 22.
O advogado dos fazendeiros, Geones Miguel Ledesma, afirmou ontem que eles não estavam armados. Os ruralistas protestavam contra a invasão das terras, quando houve o confronto. Na cidade vizinha de Iguatemi, cerca de 50 fazendeiros e trabalhadores rurais se reuniram com o presidente da Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul, Léo de Brito. O grupo deve decidir hoje a data de uma nova manifestação.
FSP, 24/01/2004, Brasil, p. A9
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