From Indigenous Peoples in Brazil
News
PF identifica índio que matou garimpeiros
09/04/2006
Fonte: Diário do Amazonas-Porto Velho -RO
A Polícia Federal já identificou um dos índios cintas-largas responsáveis pelo assassinato de dois garimpeiros na Reserva Roosevelt, em Rondônia, na quarta-feira. Outros dois indígenas teriam participado do crime, que deixou outro garimpeiro ferido, mas os agentes da PF no local ainda não sabem quem são.
De acordo com o Ministério da Justiça, a PF, a Fundação Nacional do Índio e os caciques cintas-largas fecharam um acordo para esvaziar o garimpo ilegal de diamantes na Reserva Roosevelt em Espigão do Oeste, a 580 quilômetros de Porto Velho. "Em 15 dias serão retiradas todas as máquinas usadas no garimpo", afirmou o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto. "Depois desse prazo faremos uma vistoria em conjunto com a Funai, a PF e os índios. Se esse cronograma não for cumprido, a PF fará uma operação para prender qualquer garimpeiro em atividade na região com 400 agentes".
Conflito
Segundo Barreto, a morte dos dois garimpeiros foi um conflito isolado que não guarda nenhuma relação com o massacre de 29 garimpeiros que completou dois anos hoje. "Não houve um conflito generalizado entre índios e garimpeiros, mas uma bebedeira e uma briga que acabaram, lamentavelmente, nesses assassinatos", disse ele.
A avaliação é a mesma do diretor da Polícia Federal para Operações de Fronteira, Mauro Sposito. Ele descartou qualquer possibilidade de um novo confronto no garimpo como de 7 de abril de 2004. O garimpeiro Arionilsol Bispo da Silva, que mesmo ferido por um tiro de arma calibre 22 conseguiu escapar, está fora de perigo. Os dois garimpeiros mortos foram identificados como Francisco das Chagas, conhecido como Macarrão, e Nismar Nunes da Silva, o Pernambuco.
Diesel
Mauro Sposito garante que hoje menos de 300 garimpeiros, entre brancos e índios, trabalham na Reserva Roosevelt. "Estamos impedindo a entrada de óleo diesel, e sem máquinas funcionando fica difícil garimpar. Mas às vezes os garimpeiros conseguem nos tapear, levando tambores no braço, em picadas por dentro da selva, até a terra indígena, de onde o material é colocado em caminhonetes, mas isso é raro", afirmou.
Apesar da avaliação do diretor da PF, garimpeiros alegam que existe de 700 a mil brancos trabalhando na terra dos cintas-largas. Hoje o clima estava tenso e o movimento era grande na prefeitura e na única delegacia da Polícia Civil de Espigão do Oeste. Muitas pessoas queriam notícias de parentes que estão na Reserva Roosevelt, alegando que o número de mortos poderia ser bem maior.
No dia 17 de março, Barreto informara que a PF deflagraria uma operação no local 'nos próximos dias'. Na sexta-feira, contudo, ele disse que a operação foi adiada porque as negociações com os índios estavam progredindo. Ele informou ainda que está prestes a ser concluído, sem precisar data, o laudo antropológico que a Justiça Federal aguarda para dar prosseguimento ao processo contra 28 índios cintas-largas indiciados pelo massacre em 2004.
Silva contou que só não morreu porque foi socorrido por alguns índios. Eles levavam o garimpeiro de caminhonete até a base Bradesco, mas o veículo quebrou e o jeito foi prosseguir a pé os três quilômetros restantes. Ele foi levado a um hospital de Cacoal e está fora de perigo. Sposito disse que apesar dessas mortes o garimpo está praticamente vazio porque ocorrem muitos casos de malária.
De acordo com o Ministério da Justiça, a PF, a Fundação Nacional do Índio e os caciques cintas-largas fecharam um acordo para esvaziar o garimpo ilegal de diamantes na Reserva Roosevelt em Espigão do Oeste, a 580 quilômetros de Porto Velho. "Em 15 dias serão retiradas todas as máquinas usadas no garimpo", afirmou o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto. "Depois desse prazo faremos uma vistoria em conjunto com a Funai, a PF e os índios. Se esse cronograma não for cumprido, a PF fará uma operação para prender qualquer garimpeiro em atividade na região com 400 agentes".
Conflito
Segundo Barreto, a morte dos dois garimpeiros foi um conflito isolado que não guarda nenhuma relação com o massacre de 29 garimpeiros que completou dois anos hoje. "Não houve um conflito generalizado entre índios e garimpeiros, mas uma bebedeira e uma briga que acabaram, lamentavelmente, nesses assassinatos", disse ele.
A avaliação é a mesma do diretor da Polícia Federal para Operações de Fronteira, Mauro Sposito. Ele descartou qualquer possibilidade de um novo confronto no garimpo como de 7 de abril de 2004. O garimpeiro Arionilsol Bispo da Silva, que mesmo ferido por um tiro de arma calibre 22 conseguiu escapar, está fora de perigo. Os dois garimpeiros mortos foram identificados como Francisco das Chagas, conhecido como Macarrão, e Nismar Nunes da Silva, o Pernambuco.
Diesel
Mauro Sposito garante que hoje menos de 300 garimpeiros, entre brancos e índios, trabalham na Reserva Roosevelt. "Estamos impedindo a entrada de óleo diesel, e sem máquinas funcionando fica difícil garimpar. Mas às vezes os garimpeiros conseguem nos tapear, levando tambores no braço, em picadas por dentro da selva, até a terra indígena, de onde o material é colocado em caminhonetes, mas isso é raro", afirmou.
Apesar da avaliação do diretor da PF, garimpeiros alegam que existe de 700 a mil brancos trabalhando na terra dos cintas-largas. Hoje o clima estava tenso e o movimento era grande na prefeitura e na única delegacia da Polícia Civil de Espigão do Oeste. Muitas pessoas queriam notícias de parentes que estão na Reserva Roosevelt, alegando que o número de mortos poderia ser bem maior.
No dia 17 de março, Barreto informara que a PF deflagraria uma operação no local 'nos próximos dias'. Na sexta-feira, contudo, ele disse que a operação foi adiada porque as negociações com os índios estavam progredindo. Ele informou ainda que está prestes a ser concluído, sem precisar data, o laudo antropológico que a Justiça Federal aguarda para dar prosseguimento ao processo contra 28 índios cintas-largas indiciados pelo massacre em 2004.
Silva contou que só não morreu porque foi socorrido por alguns índios. Eles levavam o garimpeiro de caminhonete até a base Bradesco, mas o veículo quebrou e o jeito foi prosseguir a pé os três quilômetros restantes. Ele foi levado a um hospital de Cacoal e está fora de perigo. Sposito disse que apesar dessas mortes o garimpo está praticamente vazio porque ocorrem muitos casos de malária.
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