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ARACRUZ CELULOSE PRATICA CRIME HEDIONDO CONTRA ÍNDIOS!

15/09/2006

Fonte: Centro de Mídia Independente Brasil - www.midiaindependente.org



A sociedade civil através das entidades, movimentos e pessoas abaixo-assinadas vem a público manifestar sua indignação com a campanha difamatória e a prática de racismo da Aracruz Celulose S/A contra os povos Tupinikim e Guarani.

A estratégia de defesa adotada por esta multinacional nos últimos meses, quando se vê diante da decisão eminente sobre a devolução das terras indígenas por ela invadidas, tem sido a de negar a existência desses povos tradicionais em território capixaba e de desqualificar e ridicularizar sua identidade indígena. ISTO É RACISMO! RACISMO É CRIME HEDIONDO E INAFIANÇÁVEL!

A posição da Aracruz Celulose demonstra não só desrespeito com a história, com a memória e a cultura do povo capixaba, mas também que esta empresa não tem escrúpulos quando se trata de garantir seus interesses, as custas da miséria e da destruição dos povos tradicionais e do meio ambiente. Campanhas milionárias financiadas por esta empresa vêm escamoteando os impactos gerados pela monocultura de eucalipto no Brasil e expondo os povos tradicionais desta terra a humilhações inomináveis.

Aqueles que conhecem a história do nosso estado não podem ficar de braços cruzados diante da violação da dignidade e dos direitos dos Tupinikim e Guarani. Se por um lado vemos a empresa Aracruz Celulose cooptando sindicatos, financiando políticos, manipulando governos, prestadoras de serviços, ONG's utilizadas para isentá-la de impostos, além da grande mídia comprometida com os interesses desta, vemos por outro lado os indígenas lutando incansavelmente - há mais de 40 anos - pela retomada de sua terra e da sua liberdade, reduzidas.

Neste momento, o Estado brasileiro, através do Ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, tem a oportunidade histórica de corrigir graves erros cometidos até agora, contra os Tupinikim e Guarani no Espírito Santo, efetivando seu direito constitucional demarcando integralmente seu território, já identificado pela FUNAI e reconhecido como tal pelo ex-Ministro Íris Resende, através do despacho ministerial de 06/ 03/ 98.

Apelamos a todas as cidadãs e os cidadãos que se manifestem publicamente contra as práticas racistas da multinacional Aracruz Celulose e seus aliados. De nossa parte tomaremos todas as medidas legais cabíveis contra esse crime hediondo, exigindo que a Constituição da República do Brasil seja respeitada.

NOSSA SOLIDARIEDADE AOS POVOS TUPINIKIM E GUARANI!

Vitória, 15 de setembro de 2006.
 

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