From Indigenous Peoples in Brazil
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Pataxós de MG liberam dois reféns
20/03/2007
Autor: Eduardo Kattah
Fonte: OESP, Nacional, p. A10
Pataxós de MG liberam dois reféns
Termos do acordo não foram revelados, mas índios festejaram
Eduardo Kattah
Índios de uma aldeia Pataxó em Carmésia, no leste de Minas Gerais, libertaram no início da noite de ontem os dois funcionários da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) que eram mantidos reféns desde a semana passada. Os pataxós exigiam melhorias no atendimento médico. O sociólogo Altino Barbosa Neto, chefe do distrito sanitário indígena da Funasa em Governador Valadares, e o coordenador técnico da área indígena, Antônio Divino de Souza, foram libertados, após uma reunião em que foi firmado um termo de ajustamento de conduta (TAC).
A coordenação da Funasa em Belo Horizonte não soube informar o conteúdo do TAC, elaborado em reunião entre procuradores federais, representantes da fundação e da aldeia Pataxó na Prefeitura de Carmésia.
O desfecho do caso foi comemorado pelas lideranças indígenas. A cacique Apinaera Pataxó disse ao Estado, por telefone, que o termo garante que a Funasa cumpra o seu papel - "de como deve ser tratada a saúde indígena".
Entre as várias reivindicações dos pataxós estavam a compra de medicamentos, instalação de um posto de saúde ampliado na aldeia, pagamentos de consultas e exames de alta e média complexidades e a reposição dos custos dos índios com consultas particulares. Os pataxós se comprometeram a garantir o livre acesso dos funcionários da Funasa.
Desde sexta-feira, a Polícia Federal acompanhava a movimentação dos índios. Altino havia sido detido e impedido de sair da aldeia no fim da tarde de quinta-feira, quando chegou para uma reunião. No dia seguinte, Souza foi feito refém quando foi negociar a libertação do sociólogo.
O coordenador regional substituto da Funasa, Ronaldo Cerqueira Lima, chegou a ser feito refém, mas acabou liberado logo depois para providenciar o cumprimento das exigências feitas pelos índios.
Houve momentos tensos durante o cativeiro. No sábado, Souza, que é hipertenso, sentiu-se mal e precisou ser atendido por uma enfermeira da prefeitura. Ele recusava a alimentação fornecida pelos índios, mas também não quis ir para um hospital. "Eles foram muito bem tratados aqui. Queríamos apenas ser ouvidos", disse Apinaera.
Segundo a Funasa, após a libertação, os reféns foram levados a um hospital para a realização de exames de corpo delito.
OESP, 20/03/2007, Nacional, p. A10
Termos do acordo não foram revelados, mas índios festejaram
Eduardo Kattah
Índios de uma aldeia Pataxó em Carmésia, no leste de Minas Gerais, libertaram no início da noite de ontem os dois funcionários da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) que eram mantidos reféns desde a semana passada. Os pataxós exigiam melhorias no atendimento médico. O sociólogo Altino Barbosa Neto, chefe do distrito sanitário indígena da Funasa em Governador Valadares, e o coordenador técnico da área indígena, Antônio Divino de Souza, foram libertados, após uma reunião em que foi firmado um termo de ajustamento de conduta (TAC).
A coordenação da Funasa em Belo Horizonte não soube informar o conteúdo do TAC, elaborado em reunião entre procuradores federais, representantes da fundação e da aldeia Pataxó na Prefeitura de Carmésia.
O desfecho do caso foi comemorado pelas lideranças indígenas. A cacique Apinaera Pataxó disse ao Estado, por telefone, que o termo garante que a Funasa cumpra o seu papel - "de como deve ser tratada a saúde indígena".
Entre as várias reivindicações dos pataxós estavam a compra de medicamentos, instalação de um posto de saúde ampliado na aldeia, pagamentos de consultas e exames de alta e média complexidades e a reposição dos custos dos índios com consultas particulares. Os pataxós se comprometeram a garantir o livre acesso dos funcionários da Funasa.
Desde sexta-feira, a Polícia Federal acompanhava a movimentação dos índios. Altino havia sido detido e impedido de sair da aldeia no fim da tarde de quinta-feira, quando chegou para uma reunião. No dia seguinte, Souza foi feito refém quando foi negociar a libertação do sociólogo.
O coordenador regional substituto da Funasa, Ronaldo Cerqueira Lima, chegou a ser feito refém, mas acabou liberado logo depois para providenciar o cumprimento das exigências feitas pelos índios.
Houve momentos tensos durante o cativeiro. No sábado, Souza, que é hipertenso, sentiu-se mal e precisou ser atendido por uma enfermeira da prefeitura. Ele recusava a alimentação fornecida pelos índios, mas também não quis ir para um hospital. "Eles foram muito bem tratados aqui. Queríamos apenas ser ouvidos", disse Apinaera.
Segundo a Funasa, após a libertação, os reféns foram levados a um hospital para a realização de exames de corpo delito.
OESP, 20/03/2007, Nacional, p. A10
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