From Indigenous Peoples in Brazil
News
Índios e colonos estão em pé de guerra
22/05/2007
Fonte: O Liberal
Xingu: Clima tenso é por conta da ocupação de terras de reserva indígena no Pará
Homologada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em abril passado, a reserva indígena Apyterewa, em São Félix do Xingu, no sul do Pará, é foco de conflito entre os índios parakanã e duas mil famílias que se recusam a sair do local. A Polícia Federal identificou homens armados, ameaças mútuas de morte, grilagem de terra e derrubada da floresta. Os agricultores acusam o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de criar um assentamento e atraí-los para a reserva, mas o órgão se defende dizendo que, antes da demarcação, a área onde vivem as famílias estaria fora da terra indígena.
O prefeito de São Félix, Denimar Rodrigues, também entra na briga e dispara contra a Fundação Nacional do Índio (Funai), afirmando que os indígenas estão destruindo roças e queimando casas dos colonos, porque estariam sendo 'incitados' pelo administrador do órgão em Altamira, Benigno Marques. 'Ninguém está disposto a sair. Vamos morrer ou matar para defender os nossos direitos', disse o colono Adelson da Cruz.
O colono reconheceu que a área desperta a cobiça de empresas madeireiras interessadas no lucro gerado pela destruição da floresta e de grileiros de terra envolvidos com a especulação imobiliária, mas diz que esse é um problema do governo federal e de seus órgãos fiscalizadores. Adelson esteve em Brasília para denunciar o 'clima de guerra' na reserva e pedir ajuda às autoridades.
O presidente da Subcomissão de Terras da Amazônia da Câmara dos Deputados, Asdrúbal Bentes (PMDB-PA), disse estar preocupado com a situação em São Félix do Xingu. 'Temo por derramamento de sangue lá dentro', afirmou. Ele informou que a Funai não cumpriu um acordo que previa que a reserva não seria homologada enquanto não fosse feito um completo levantamento fundiário do local. Apenas 30% desse levantamento foi realizado, cadastrando 600 famílias.
Para Bentes, a Constituição Federal não está sendo respeitada pelo governo, porque não foi cumprida a definição de posse indígena permanente. E perguntou: 'Uma área de um milhão de hectares, para 260 índios, está habitada em caráter permanente?'. No final de semana, o presidente da Funai, o paraense Márcio Meira, durante reunião com políticos do Estado, líderes dos índios e dos agricultores, garantiu que o governo não pretende expulsar as famílias.
O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) e os deputados Zequinha Marinho (PMDB-PA), Paulo Rocha e Zé Geraldo (PT) também estão preocupados e fazem reuniões em Brasília para tentar evitar o confronto armado entre 'brancos' e índios. Líderes políticos dos municípios de São Félix e Tucumã querem ver a reserva reduzida de tamanho, para manter no local as famílias, mas a Funai não aceita.
Márcio Meira disse que dificilmente a área homologada será reduzida, explicando que no território original dos índios já houve uma diminuição.'Nada será feito sem observar a legislação, definindo tanto os interesses do índios quanto dos não-índios', explicou, acrescentando que a homologação não interrompe o trabalho instituído de fazer o levantamento de quantas famílias de agricultores habitam na área da reserva.
Homologada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em abril passado, a reserva indígena Apyterewa, em São Félix do Xingu, no sul do Pará, é foco de conflito entre os índios parakanã e duas mil famílias que se recusam a sair do local. A Polícia Federal identificou homens armados, ameaças mútuas de morte, grilagem de terra e derrubada da floresta. Os agricultores acusam o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de criar um assentamento e atraí-los para a reserva, mas o órgão se defende dizendo que, antes da demarcação, a área onde vivem as famílias estaria fora da terra indígena.
O prefeito de São Félix, Denimar Rodrigues, também entra na briga e dispara contra a Fundação Nacional do Índio (Funai), afirmando que os indígenas estão destruindo roças e queimando casas dos colonos, porque estariam sendo 'incitados' pelo administrador do órgão em Altamira, Benigno Marques. 'Ninguém está disposto a sair. Vamos morrer ou matar para defender os nossos direitos', disse o colono Adelson da Cruz.
O colono reconheceu que a área desperta a cobiça de empresas madeireiras interessadas no lucro gerado pela destruição da floresta e de grileiros de terra envolvidos com a especulação imobiliária, mas diz que esse é um problema do governo federal e de seus órgãos fiscalizadores. Adelson esteve em Brasília para denunciar o 'clima de guerra' na reserva e pedir ajuda às autoridades.
O presidente da Subcomissão de Terras da Amazônia da Câmara dos Deputados, Asdrúbal Bentes (PMDB-PA), disse estar preocupado com a situação em São Félix do Xingu. 'Temo por derramamento de sangue lá dentro', afirmou. Ele informou que a Funai não cumpriu um acordo que previa que a reserva não seria homologada enquanto não fosse feito um completo levantamento fundiário do local. Apenas 30% desse levantamento foi realizado, cadastrando 600 famílias.
Para Bentes, a Constituição Federal não está sendo respeitada pelo governo, porque não foi cumprida a definição de posse indígena permanente. E perguntou: 'Uma área de um milhão de hectares, para 260 índios, está habitada em caráter permanente?'. No final de semana, o presidente da Funai, o paraense Márcio Meira, durante reunião com políticos do Estado, líderes dos índios e dos agricultores, garantiu que o governo não pretende expulsar as famílias.
O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) e os deputados Zequinha Marinho (PMDB-PA), Paulo Rocha e Zé Geraldo (PT) também estão preocupados e fazem reuniões em Brasília para tentar evitar o confronto armado entre 'brancos' e índios. Líderes políticos dos municípios de São Félix e Tucumã querem ver a reserva reduzida de tamanho, para manter no local as famílias, mas a Funai não aceita.
Márcio Meira disse que dificilmente a área homologada será reduzida, explicando que no território original dos índios já houve uma diminuição.'Nada será feito sem observar a legislação, definindo tanto os interesses do índios quanto dos não-índios', explicou, acrescentando que a homologação não interrompe o trabalho instituído de fazer o levantamento de quantas famílias de agricultores habitam na área da reserva.
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source