From Indigenous Peoples in Brazil
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Parteiras xavante pedem na Funai grupo de trabalho para reconhecer prática
25/05/2007
Autor: Yara Aquino
Fonte: Radiobrás
Brasília - Ai´Utedzapari´Wa Nõri Parteiras A´Uwê Xavante quer dizer "aquela que recebe a criança" na terminologia xavante. Em outras palavras, são as parteiras que, na busca de manter a tradição, se encontraram hoje (25) com o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, e entregaram uma carta em que pedem a criação de um Grupo de Trabalho Indígena Xavante.
A intenção é fortalecer, valorizar e reconhecer a prática das parteiras pelos órgão federais. A criação do grupo de trabalho esta entre as resoluções do encontro de parteiras xavante, que terminou ontem (24), em Brasília. O presidente da Funai se comprometeu a criar o grupo e apoiar o reconhecimento profissional das parteiras.
"Nesse sentido temos que reconhecer sim, na perspectiva intercultural, que existe um profissionalismo que os povos indígenas desenvolvem na sua perspectiva. Não é um profissionalismo no sentido que nós brancos damos, mas no sentido que eles dão nos seus próprios termos culturais", destacou Meira.
O diretor da Associação Xavante Warã, Hiparidi Top'tiro, afirma que a tradição deve ser recuperada até mesmo entre as índias que muitas vezes procuram atendimento médico na cidade no momento do parto. De acordo com ele, nos últimos cinco anos, cerca de 70% das mulheres xavante grávidas recorreram a hospitais em cidades vizinhas às aldeias para ter bebê.
Quanto ao reconhecimento profissional das parteiras, uma das propostas é a remuneração. "Vamos estudar, afiando junto com os ministérios que vão sentar com a gente para discutir qual o melhor jeito de fazer", explica Hiparidi Top'tiro.
A gerente da área de medicina tradicional indígena da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Luciana Ferreira, alerta que é preciso criar condições para sustentar a prática das parteiras nas comunidades sem ter um impacto negativo na organização do sistema de parto. Isso por que cada grupo indígena tem procedimentos próprios e, caso se institucionalize, esse processo pode acabar descolado do contexto comunitário e desestruturar um sistema organizacional do povo.
"È preciso ver como essa especialidade, que é construída dentro do sistema cultural xavante, pode ser reconhecida pelo sistema oficial de saúde ao articular o sistema médico oficial à medicina tradicional indígena e aí perceber estratégias de sustentabilidade deste sistema", afirma Luciana Ferreira.
A intenção é fortalecer, valorizar e reconhecer a prática das parteiras pelos órgão federais. A criação do grupo de trabalho esta entre as resoluções do encontro de parteiras xavante, que terminou ontem (24), em Brasília. O presidente da Funai se comprometeu a criar o grupo e apoiar o reconhecimento profissional das parteiras.
"Nesse sentido temos que reconhecer sim, na perspectiva intercultural, que existe um profissionalismo que os povos indígenas desenvolvem na sua perspectiva. Não é um profissionalismo no sentido que nós brancos damos, mas no sentido que eles dão nos seus próprios termos culturais", destacou Meira.
O diretor da Associação Xavante Warã, Hiparidi Top'tiro, afirma que a tradição deve ser recuperada até mesmo entre as índias que muitas vezes procuram atendimento médico na cidade no momento do parto. De acordo com ele, nos últimos cinco anos, cerca de 70% das mulheres xavante grávidas recorreram a hospitais em cidades vizinhas às aldeias para ter bebê.
Quanto ao reconhecimento profissional das parteiras, uma das propostas é a remuneração. "Vamos estudar, afiando junto com os ministérios que vão sentar com a gente para discutir qual o melhor jeito de fazer", explica Hiparidi Top'tiro.
A gerente da área de medicina tradicional indígena da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Luciana Ferreira, alerta que é preciso criar condições para sustentar a prática das parteiras nas comunidades sem ter um impacto negativo na organização do sistema de parto. Isso por que cada grupo indígena tem procedimentos próprios e, caso se institucionalize, esse processo pode acabar descolado do contexto comunitário e desestruturar um sistema organizacional do povo.
"È preciso ver como essa especialidade, que é construída dentro do sistema cultural xavante, pode ser reconhecida pelo sistema oficial de saúde ao articular o sistema médico oficial à medicina tradicional indígena e aí perceber estratégias de sustentabilidade deste sistema", afirma Luciana Ferreira.
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