From Indigenous Peoples in Brazil
News
Três índios são mortos em Buíque
14/08/2007
Autor: Tiago Barbosa
Fonte: Folha de Pernambuco
Três mortos, dois feridos e uma tribo desfalcada. Foi esse o saldo de um desentendimento entre índios de uma mesma família da etnia Capinaua - que povoa uma reserva em Buíque, no Agreste do Estado, distante 285 quilômetros do Recife. A discussão ocorreu na madrugada de ontem, numa aldeia chamada Riachinho, situada a 40 quilômetros do centro do espaço indígena. Os familiares faziam uso de bebidas alcoólicas quando iniciaram o confronto. O agricultor Edílson Antônio da Silva foi morto pelo primo Amerício Gomes da Silva com uma facada no abdômen. A investida ocorreu na presença do irmão do assassino, José Gomes da Silva, e da companheira da vítima, Joseane Bezerra Cavalcanti.
Poucos momentos depois, o irmão de Edílson, Severino Antônio da Silva, e um outro índio, identificado como Paulo Siqueira Bezerra, foram avisados do homicídio. Eles partiram para cima de Amerício e José Gomes, assassinando-os a facadas e tiros de espingarda soca-soca. Perícia feita nos corpos constatou que José Gomes teve quatro ferimentos de faca no tórax, enquanto o irmão Amerício padeceu depois de ser atingido à bala no tórax e braço. O duelo fez, ainda, mais duas vítimas. A mãe dos irmãos mortos, a presidente da Associação da Aldeia Riachinho, Maria Delmira da Silva, e o irmão dela, José Idalino da Silva, se feriram com os disparos da espingarda. Ambos foram socorridos para a Casa de Saúde de Buíque. Em seguida, transferidos para o Hospital Regional de Arcoverde e, por fim, para o Regional do Agreste. Receberam alta médica no meio da tarde de ontem. Os corpos de José Gomes e Edílson foram liberados pelo Instituto de Medicina Legal (IML) no mesmo dia. O cadáver de Amerício deve sair ainda hoje. O enterro deve ser feito no cemitério do Catimbau, distrito de Buíque.
Depoimento prestado por Joseane diz que Edílson e Amerício tinham uma rixa antiga. Mas, segundo ela, a briga teria sido insuflada pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Esse não é o primeiro episódio violento que envolveu os índios da família. O chefe do posto da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Buíque, Expedito Marsena Alves, afirma que, há cerca de 15 anos, Severino teria assassinado o próprio cunhado. Sustenta, ainda, que o rapaz foi condenado pelo crime e cumpriu pena na Penitenciária de Canhotinho, de onde estaria foragido. Depois de cometerem o crime na madrugada de ontem, Severino e Paulo fugiram.
A suspeita de as mortes terem ocorrido em função de um desarranjo familiar colocou a Polícia Civil no caso e, momentaneamente, afastou a Polícia Federal (PF) da dianteira das investigações - embora a PF ofereça apoio nas apurações. O delegado responsável pelo caso é Marivam Bezerra. A reportagem não conseguiu falar com ele. O triplo homicídio foi registrado menos de dez dias depois do índio Capinaua, Manoel Pedro Filho, de 21 anos, matar o também índio Gilmar Barbosa de Moura, 31, filho do cacique da tribo. O crime teria sido praticado por desavença familiar.
Poucos momentos depois, o irmão de Edílson, Severino Antônio da Silva, e um outro índio, identificado como Paulo Siqueira Bezerra, foram avisados do homicídio. Eles partiram para cima de Amerício e José Gomes, assassinando-os a facadas e tiros de espingarda soca-soca. Perícia feita nos corpos constatou que José Gomes teve quatro ferimentos de faca no tórax, enquanto o irmão Amerício padeceu depois de ser atingido à bala no tórax e braço. O duelo fez, ainda, mais duas vítimas. A mãe dos irmãos mortos, a presidente da Associação da Aldeia Riachinho, Maria Delmira da Silva, e o irmão dela, José Idalino da Silva, se feriram com os disparos da espingarda. Ambos foram socorridos para a Casa de Saúde de Buíque. Em seguida, transferidos para o Hospital Regional de Arcoverde e, por fim, para o Regional do Agreste. Receberam alta médica no meio da tarde de ontem. Os corpos de José Gomes e Edílson foram liberados pelo Instituto de Medicina Legal (IML) no mesmo dia. O cadáver de Amerício deve sair ainda hoje. O enterro deve ser feito no cemitério do Catimbau, distrito de Buíque.
Depoimento prestado por Joseane diz que Edílson e Amerício tinham uma rixa antiga. Mas, segundo ela, a briga teria sido insuflada pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Esse não é o primeiro episódio violento que envolveu os índios da família. O chefe do posto da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Buíque, Expedito Marsena Alves, afirma que, há cerca de 15 anos, Severino teria assassinado o próprio cunhado. Sustenta, ainda, que o rapaz foi condenado pelo crime e cumpriu pena na Penitenciária de Canhotinho, de onde estaria foragido. Depois de cometerem o crime na madrugada de ontem, Severino e Paulo fugiram.
A suspeita de as mortes terem ocorrido em função de um desarranjo familiar colocou a Polícia Civil no caso e, momentaneamente, afastou a Polícia Federal (PF) da dianteira das investigações - embora a PF ofereça apoio nas apurações. O delegado responsável pelo caso é Marivam Bezerra. A reportagem não conseguiu falar com ele. O triplo homicídio foi registrado menos de dez dias depois do índio Capinaua, Manoel Pedro Filho, de 21 anos, matar o também índio Gilmar Barbosa de Moura, 31, filho do cacique da tribo. O crime teria sido praticado por desavença familiar.
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