From Indigenous Peoples in Brazil
News
UM TIRO NA FRONTEIRA
28/08/2007
Autor: José Carlos dos Reis Meirelles
Fonte: Blog Altino Machado
Ainda hoje cedo conversava com meu amigo Altino Machado sobre a exploração de madeira pelos peruanos na região da fronteira e também li no blog dele um apelo dos ashaninka do Amônea, sobre a existência de índios peruanos armados, a mando dos madeireiros, querendo matar os índios que são contra a exploração de madeira.
Nas cabeceiras do Envira, onde trabalhamos, de uns tempos para cá, passamos a ouvir muitos tiros. Alguns índios foram vistos, mas suas aparências não têm qualquer semelhança com a dos índios isolados que conhecemos. Ainda durante a conversa com o jornalista, disse que esta história vai acabar mal.
Pois bem, hoje recebo pelo rádio, às 16 horas, do pessoal da Frente de Proteção Etno-Ambiental (foto), a notícia de dois trabalhadores que receberam um tiro quando retornavam, de canoa, de uma caçada, próxima à sede da frente. Felizmente o chumbo passou de raspão e deu nágua.
Tiro de cartucho de fábrica, de grosso calibre. Não há a mínima possibilidade de que seja de caçadores. A área é distante e para caçar é preciso ir de canoa. O fato ocorreu acima da base da Frente de Proteção Entno-Ambiental.
Já havia alertado uma vez que alguns "índios isolados", com muitas aspas, que estão transitando no alto Envira, poderiam ser índios aculturados, moradores do Peru, a mando dos madeireiros. Agora isso acontece!
Eu já levei uma flechada, nossos trabalhadores também. Agora tiro. É o início de um grande desastre que está por acontecer nas fronteiras. Conosco, com os ashaninka, ou com qualquer um que resida ou trabalhe na região.
Será que, além da invasão para retirar madeira em nosso país, os madeireiros peruanos vão nos matar a tiros, dentro de nosso território? Se nada for feito, acontecerá, mais breve do que se possa imaginar. Mais uma vez fica o alerta. Esperamos rapidez na prevenção e não no resgate de corpos.
Nas cabeceiras do Envira, onde trabalhamos, de uns tempos para cá, passamos a ouvir muitos tiros. Alguns índios foram vistos, mas suas aparências não têm qualquer semelhança com a dos índios isolados que conhecemos. Ainda durante a conversa com o jornalista, disse que esta história vai acabar mal.
Pois bem, hoje recebo pelo rádio, às 16 horas, do pessoal da Frente de Proteção Etno-Ambiental (foto), a notícia de dois trabalhadores que receberam um tiro quando retornavam, de canoa, de uma caçada, próxima à sede da frente. Felizmente o chumbo passou de raspão e deu nágua.
Tiro de cartucho de fábrica, de grosso calibre. Não há a mínima possibilidade de que seja de caçadores. A área é distante e para caçar é preciso ir de canoa. O fato ocorreu acima da base da Frente de Proteção Entno-Ambiental.
Já havia alertado uma vez que alguns "índios isolados", com muitas aspas, que estão transitando no alto Envira, poderiam ser índios aculturados, moradores do Peru, a mando dos madeireiros. Agora isso acontece!
Eu já levei uma flechada, nossos trabalhadores também. Agora tiro. É o início de um grande desastre que está por acontecer nas fronteiras. Conosco, com os ashaninka, ou com qualquer um que resida ou trabalhe na região.
Será que, além da invasão para retirar madeira em nosso país, os madeireiros peruanos vão nos matar a tiros, dentro de nosso território? Se nada for feito, acontecerá, mais breve do que se possa imaginar. Mais uma vez fica o alerta. Esperamos rapidez na prevenção e não no resgate de corpos.
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