From Indigenous Peoples in Brazil
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Número de assassinatos de índios cresce 63% em 2007
07/01/2008
Fonte: UOL
O número de índios assassinados no Brasil em 2007 cresceu 63% em relação ao ano anterior. Segundo um levantamento preliminar feito pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), 76 indígenas foram mortos, enquanto em 2006 foram 48 vítimas. Os dados de 2007 foram os maiores já registrados pela entidade.
O Estado com o maior índice foi o Mato Grosso do Sul, com 48 casos, seguido por Pernambuco, com oito homicídios. Em MS, o número subiu quase 150% se comparado com os dados registrados em 2006 (20 mortes). Dos 48 assassinatos, 14 ocorreram em Dourados, onde há a maior concentração de indíos por hectare.
Segundo o Cimi, os casos continuam a acontecer, principalmente, devido a conflitos com fazendeiros. Duas lideranças de um mesmo grupo guarani foram mortas nestas condições em 2007. Em janeiro, a rezadeira Xurete Lopes, 70, foi assassinada por seguranças particulares durante uma retomada de terra, e Ortiz Lopes, 46, foi assassinado em julho na porta de sua moradia, segundo testemunhas, a mando de um fazendeiro.
O conselho acredita que a principal razão para o aumento da violência é o confinamento dos indígenas, principalmente os guaranis, em pequenas reservas. "São milhares de pessoas praticamente confinadas em áreas diminutas, o que leva a inúmeros conflitos naquela região", afirmou o vice-presidente do Cimi, Roberto Liebgott, em entrevista à Agência Brasil.
"Em outras regiões os conflitos também são iminentemente em função da terra. Há muitos invasores que querem usufruir dos recursos naturais existentes nas áreas indígenas. Os povos indígenas fazem pressão contra as invasões e aí há automaticamente conflito e assassinato de pessoas", explicou.
Ainda segundo o Cimi, em 2007 nenhuma terra indígena foi declarada para os guaranis no Mato Grosso do Sul, apesar das promessas feitas nos últimos anos pela Fundação Nacional do Índio (Funai) de que este povo receberia atenção especial.
*Com informações da Agência Brasil
O Estado com o maior índice foi o Mato Grosso do Sul, com 48 casos, seguido por Pernambuco, com oito homicídios. Em MS, o número subiu quase 150% se comparado com os dados registrados em 2006 (20 mortes). Dos 48 assassinatos, 14 ocorreram em Dourados, onde há a maior concentração de indíos por hectare.
Segundo o Cimi, os casos continuam a acontecer, principalmente, devido a conflitos com fazendeiros. Duas lideranças de um mesmo grupo guarani foram mortas nestas condições em 2007. Em janeiro, a rezadeira Xurete Lopes, 70, foi assassinada por seguranças particulares durante uma retomada de terra, e Ortiz Lopes, 46, foi assassinado em julho na porta de sua moradia, segundo testemunhas, a mando de um fazendeiro.
O conselho acredita que a principal razão para o aumento da violência é o confinamento dos indígenas, principalmente os guaranis, em pequenas reservas. "São milhares de pessoas praticamente confinadas em áreas diminutas, o que leva a inúmeros conflitos naquela região", afirmou o vice-presidente do Cimi, Roberto Liebgott, em entrevista à Agência Brasil.
"Em outras regiões os conflitos também são iminentemente em função da terra. Há muitos invasores que querem usufruir dos recursos naturais existentes nas áreas indígenas. Os povos indígenas fazem pressão contra as invasões e aí há automaticamente conflito e assassinato de pessoas", explicou.
Ainda segundo o Cimi, em 2007 nenhuma terra indígena foi declarada para os guaranis no Mato Grosso do Sul, apesar das promessas feitas nos últimos anos pela Fundação Nacional do Índio (Funai) de que este povo receberia atenção especial.
*Com informações da Agência Brasil
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