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Posto de saúde é invadido por vândalos na Bororó

15/01/2008

Fonte: Diário do MS



O Posto de Saúde Zelik Trajber, localizado na aldeia Bororó, em Dourados, foi alvo de vandalismo no final de semana passado. Na madrugada de domingo, o local foi invadido e parcialmente destruído por pessoas até o momento não identificadas pela polícia. Para entrar no posto de saúde, os vândalos arrombaram a porta e quebraram os vidros das janelas.

Segundo Lílian Ribeiro Flores, auxiliar de enfermagem, além de quebrar todas as lâmpadas do posto, os invasores
quebraram um estetoscópio, roubaram seringas e vários tipos de medicamentos e escreveram nas paredes do prédio. Em uma das frases, os autores da invasão fizeram a promessa de retornar ao local para repetir o ato por pelo menos mais uma vez. Coforme Lílian, esta é a quarta vez que a unidade de saúde é invadida e danificada em atos de vandalismo. "Os funcionários e a comunidade estão indignados com esta situação. A gente não tem segurança nem nas unidades de saúde, que são responsáveis pelo atendimento a centenas de família da comunidade. A situação é preocupante e nós queremos uma solução por parte dos responsáveis pela segurança da aldeia", disse.

O Posto de Saúde Zelik Trajber atende em média 80 pacientes todos os dias. No local são feitas coletas para exames, entrega de medicamentos, vacinação e encaminhamentos de consultas para os hospitais da cidade.

De acordo com o capitão da aldeia Bororó, Luciano A. de Oliveira, o caso apenas constata o cenário de insegurança e pânico vivido pelos moradores da Reserva Indígena de Dourados. "Não temos um trabalho de segurança dentro da reserva. A Operação Sucuri não conhece as necessidades da comunidade e não tem condições de fazer sozinha a vigilância das aldeias", comentou.

O pólo da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) informou ontem que o órgão registrou um boletim de ocorrência ainda no domingo e que a polícia já está apurando a autoria da invasão ao posto de saúde. A gerente regional da Funai (Fundação Nacional do Índio), Margarida de Fátima Nicoletti, disse ontem que o órgão não tem condições de manter um vigia para cuidar do posto de saúde por 24 horas.

Entretanto, ela disse que órgão vai rediscutir com as lideranças indígenas as ações de segurança realizadas na reserva pela Funai, PF (Polícia Federal) e PM (Polícia Militar). Uma reunião, marcada para a manhã de hoje, vai discutir as problemáticas da área e apontam as mudanças desejadas pelos índios para a segurança das aldeias. "A Funai está decidida a tomar providencias enérgicas.

Entretanto, primeiro vamos ouvir as lideranças e estabelecer as medidas que eles querem que sejam desenvolvidas na reserva", disse.
 

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