From Indigenous Peoples in Brazil

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Maioria dos índios não está vacinada contra febre amarela

24/01/2008

Autor: Eloir Dreyer

Fonte: Última Horas News



- Vacina contra febre amarela esgota tão logo chega aos postos de Dourados
- 10 mil doses chegam hoje para normalizar o atendimento


Cerca de 60% da população indígena masculina das aldeias Jaguapiru e Bororó, em Dourados-MS ainda não foi imunizada contra a febre amarela, segundo a enfermeira Lídia Montera, da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

O principal motivo se deve ao fato de que grande parte deles, maiores de 18 anos, trabalha nas usinas de Dourados e região, saindo cedo para o trabalho, por volta das 4h e retornando somente após às 15h.

Segundo o site Douradosagora, a alternativa encontrada para atender essa demanda foi criar uma parceria junto as usinas, para que os agentes de saúde possam ir até os locais de trabalho dos indígenas e aplicarem as imunizações.

De acordo com Lídia Montera, a princípio a idéia seria vacinar somente os indígenas das aldeias de Dourados, por meio de uma equipe montada ontem, que visitaria uma usina localizada no município de Rio Brilhante, entretanto, após um balanço feito posteriormente constatou-se que na referida usina trabalham outros 400 indígenas pertencentes a aldeias de outros municipios, o que inviabilizou a mobilização programada.

A idéia agora é fazer uma parceria entre agentes da Funasa com os munícipios que tenham indíos que trabalham em usinas. Caso o município não disponha da dose da vacina, a Secretaria de Saúde de Dourados irá vaciná-los, uma vez que o município beneficiado restitua posteriormente as doses utilizadas.

Outra medida que está sendo tomada para incentivar os indígenas a procurarem os postos de vacinação, é oferecê-los um dia de atestado médico. Montera enfatiza que além da vacinação, uma equipe multiprofissional - psicólogos, nutricionistas e médicos - estará dando orientação aos pacientes sobre diversos assuntos.

Além de Dourados, a Funasa estará visitando usinas em Caarapó, Naviraí e Rio Brilhante. Montera relatou que está aguardando a autorização da Secretaria de Saúde do Estado para atender aos índios de outras cidades.

A preocupação da Funasa se dá, por conta de as aldeias estarem próximas das matas, local onde ocorre com maior frequência a transmissão da doença.

Com relação as mulheres, apenas 21% delas não se vacinaram. As crianças estão imunizadas quase em sua totalidade.
 

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