From Indigenous Peoples in Brazil
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Conflito em terra indígena no Pará termina com prisão de suposto mandante de seqüestro
21/02/2008
Autor: Morillo Carvalho
Fonte: Agência Brasil
O conflito entre índios e colonos que moram próximos à Reserva Indígena do Alto Rio Guamá terminou na madrugada de hoje (21), com a prisão do ex-vereador do município paraense de Garrafão do Norte Manoel Evilásio e outras três pessoas.
Eles resistiam à entrada das polícias Federal, Militar e Civil no povoado de Livramento, onde eram mantidos reféns o filho do cacique Joca Tembé e um enfermeiro que trabalha no Pólo de Saúde de uma das aldeias da reserva.
Manoel é apontado como um dos mandantes do seqüestro do filho do cacique e do enfermeiro.
De acordo com o administrador da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Belém, Juscelino Bessa, cerca de 100 pessoas colaboravam com o seqüestro, que teria sido motivado por causa da reabertura de uma estrada nas terras indígenas.
"Havendo uma estrada interna, que foi, na verdade, construída pelos próprios invasores [os colonos], nem nós [da Funai], nem os índios, precisaríamos mais passar pelos vilarejos que ficam nos limites das terras. A estratégia da Funai vai ser garantir essa reabertura", explicou Bessa.
A passagem pelos vilarejos, segundo o administrador, assegura aos colonos a vigilância da área.
Uma das líderes indígenas da reserva, Puíra Tembé, informou que conflitos como esse são comuns em anos eleitorais.
"Eles atuam como laranjas de madeireiros e em conjunto com políticos da região que prometem aos colonos a posse da terra, caso resistam, já que antigamente eles moravam dentro da nossa terra", denunciou.
Bessa concorda com a líder indígena. Segundo ele, o conflito teve viés eleitoral e a pacificação é momentânea. "Essa história não acaba aqui. Estes conflitos são recorrentes, nós estamos apenas em fevereiro, e temos aí sete meses para as eleições. E, logicamente, outros problemas virão à tona. Vamos continuar atuando por aqui", promete.
As lideranças da terra indígena estão reunidas na Aldeia São Pedro, onde devem se encontrar ainda hoje com o procurador-geral da República no estado do Pará, Felício Pontes, para definir uma agenda de ações para desocupação dos colonos da reserva e evitar novas invasões.
Eles resistiam à entrada das polícias Federal, Militar e Civil no povoado de Livramento, onde eram mantidos reféns o filho do cacique Joca Tembé e um enfermeiro que trabalha no Pólo de Saúde de uma das aldeias da reserva.
Manoel é apontado como um dos mandantes do seqüestro do filho do cacique e do enfermeiro.
De acordo com o administrador da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Belém, Juscelino Bessa, cerca de 100 pessoas colaboravam com o seqüestro, que teria sido motivado por causa da reabertura de uma estrada nas terras indígenas.
"Havendo uma estrada interna, que foi, na verdade, construída pelos próprios invasores [os colonos], nem nós [da Funai], nem os índios, precisaríamos mais passar pelos vilarejos que ficam nos limites das terras. A estratégia da Funai vai ser garantir essa reabertura", explicou Bessa.
A passagem pelos vilarejos, segundo o administrador, assegura aos colonos a vigilância da área.
Uma das líderes indígenas da reserva, Puíra Tembé, informou que conflitos como esse são comuns em anos eleitorais.
"Eles atuam como laranjas de madeireiros e em conjunto com políticos da região que prometem aos colonos a posse da terra, caso resistam, já que antigamente eles moravam dentro da nossa terra", denunciou.
Bessa concorda com a líder indígena. Segundo ele, o conflito teve viés eleitoral e a pacificação é momentânea. "Essa história não acaba aqui. Estes conflitos são recorrentes, nós estamos apenas em fevereiro, e temos aí sete meses para as eleições. E, logicamente, outros problemas virão à tona. Vamos continuar atuando por aqui", promete.
As lideranças da terra indígena estão reunidas na Aldeia São Pedro, onde devem se encontrar ainda hoje com o procurador-geral da República no estado do Pará, Felício Pontes, para definir uma agenda de ações para desocupação dos colonos da reserva e evitar novas invasões.
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