From Indigenous Peoples in Brazil
News
Dourados terá projeto-piloto de incentivo aos indígenas
18/03/2008
Autor: Maria Lucia Tolouei
Fonte: Dourados Agora
A Associação Estadual dos Direitos das Comunidades Indígenas (AEDCI) e
representantes das aldeias de Mato Grosso do Sul apresentaram ao Governo do Estado, há exatamente um mês, um projeto que deve iniciar em Dourados para depois ser expandido às outras 69 aldeias de Mato Grosso do Sul.
Segundo o indígena da etnia terena, Lucas Paiva Flores, membro da AEDCI e presidente da Associação Indígena Kategua de Dourados, os índios querem modernidade nas aldeias. Em reunião com André, o presidente da AEDCI, Danilo Luiz, e os representantes dos caiuás, terenas e guaranis, solicitaram apoio para a implantação de cursos profissionalizantes e a informatização das escolas indígenas, além de incentivo às diferentes modalidades de esporte e programas de geração de renda viabilizando pequenos negócios, como panificadoras, micro-empresas no setor de produção e de artesanato típico.
A possibilidade de ampliação da Reserva de Dourados, mediante um projeto do Governo Federal, reforça a necessidade dos indígenas buscarem capacitação para o trabalho.
"É preciso uma nova leva de índios formadores de opiniões", diz Lucas. Segundo ele, as novas lideranças sentem a necessidade do crescimento intelectual e profissional para não ser excluído deste mundo globalizado, "e para isso é necessário a capacitação do índio em diversas áreas, como na mão-de-obra, aprimoramento das confecções artesanais entre outras", conclui Lucas. O lider terena diz que o projeto-piloto será lançado durante solenidade no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, no Dia do Índio, em 19 de abril.
"Durante o encontro na capital, André afirmou que a prioridade agora é levar os projetos às comunidades, a começar por Dourados", diz Lucas. Ele explica que esses projetos nascidos a partir do desejo das comunidades serão gerenciados pelo próprios índios com acompanhamento do governo. "Os indígenas receberam com grande expectativa e esperança a implantação do projeto, que o governo promete viabilizar", diz.
PROBLEMAS
A violência detonada pelo uso de bebidas alcoólicas e drogas, continua emperrando o desenvolvimento na aldeias. "As lideranças continuam lutando pelo policiamento mais ostensivo na Bororó e Jaguapiru, consideradas alguns dos pontos mais violentos de Dourados. Segundo informações das lideranças, é crescente o número de adolescentes e crianças dependentes químicos na Reserva local.
O mais grave é que a idade dos que fazem uso do álcool está cada vez menor. Na proporção inversa, aumenta a participação das mulheres, inclusive as mais jovens, em ocorrências policiais como as que vêm sendo registradas desde o início do ano.
Lucas acredita que o projeto a ser implantado nas aldeias poderá ajudar a direcionar os jovens ao mercado de trabalho e dar uma nova perspectiva de vida, contribuindo para reduzir os alarmantes números da violência em meio a comunidade nativa.
representantes das aldeias de Mato Grosso do Sul apresentaram ao Governo do Estado, há exatamente um mês, um projeto que deve iniciar em Dourados para depois ser expandido às outras 69 aldeias de Mato Grosso do Sul.
Segundo o indígena da etnia terena, Lucas Paiva Flores, membro da AEDCI e presidente da Associação Indígena Kategua de Dourados, os índios querem modernidade nas aldeias. Em reunião com André, o presidente da AEDCI, Danilo Luiz, e os representantes dos caiuás, terenas e guaranis, solicitaram apoio para a implantação de cursos profissionalizantes e a informatização das escolas indígenas, além de incentivo às diferentes modalidades de esporte e programas de geração de renda viabilizando pequenos negócios, como panificadoras, micro-empresas no setor de produção e de artesanato típico.
A possibilidade de ampliação da Reserva de Dourados, mediante um projeto do Governo Federal, reforça a necessidade dos indígenas buscarem capacitação para o trabalho.
"É preciso uma nova leva de índios formadores de opiniões", diz Lucas. Segundo ele, as novas lideranças sentem a necessidade do crescimento intelectual e profissional para não ser excluído deste mundo globalizado, "e para isso é necessário a capacitação do índio em diversas áreas, como na mão-de-obra, aprimoramento das confecções artesanais entre outras", conclui Lucas. O lider terena diz que o projeto-piloto será lançado durante solenidade no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, no Dia do Índio, em 19 de abril.
"Durante o encontro na capital, André afirmou que a prioridade agora é levar os projetos às comunidades, a começar por Dourados", diz Lucas. Ele explica que esses projetos nascidos a partir do desejo das comunidades serão gerenciados pelo próprios índios com acompanhamento do governo. "Os indígenas receberam com grande expectativa e esperança a implantação do projeto, que o governo promete viabilizar", diz.
PROBLEMAS
A violência detonada pelo uso de bebidas alcoólicas e drogas, continua emperrando o desenvolvimento na aldeias. "As lideranças continuam lutando pelo policiamento mais ostensivo na Bororó e Jaguapiru, consideradas alguns dos pontos mais violentos de Dourados. Segundo informações das lideranças, é crescente o número de adolescentes e crianças dependentes químicos na Reserva local.
O mais grave é que a idade dos que fazem uso do álcool está cada vez menor. Na proporção inversa, aumenta a participação das mulheres, inclusive as mais jovens, em ocorrências policiais como as que vêm sendo registradas desde o início do ano.
Lucas acredita que o projeto a ser implantado nas aldeias poderá ajudar a direcionar os jovens ao mercado de trabalho e dar uma nova perspectiva de vida, contribuindo para reduzir os alarmantes números da violência em meio a comunidade nativa.
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