From Indigenous Peoples in Brazil
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Funai aponta falta de estrutura para atender índios na região de Tabatinga
18/03/2008
Autor: Marco Antônio Soalheiro
Fonte: Agência Brasil
A Fundação Nacional do Índio (Funai) não dispõe de estrutura adequada para proteger as comunidades indígenas da região de Tabatinga, no Amazonas, da entrada de drogas, do agravamento do alcoolismo e de problemas sociais como a prostituição. Foi o que afirmou hoje (18) o diretor de Assistência da Funai, Aloysio Guapindaia, após participar de um debate na Câmara dos Deputados sobre a exploração mineral em terras indígenas.
"A Funai infelizmente não tem estrutura para enfrentar a dimensão desse problema. Tem baixo orçamento, quantitativo de servidor insuficiente, formação técnica inadequada a esta nova problemática", afirmou, em entrevista à Agência Brasil.
Segundo Guapindaia, a descoberta de plantações de coca na região de Tabatinga e os relatos da existência de índios dependentes de drogas e trabalhando para o tráfico servem de alerta para que se reforce a presença do Estado: "Precisamos de um trabalho integrado entre as diversas esferas de governo para atacar um problema dessa ordem".
As declarações do diretor da Funai coincidem com a crítica feita pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) à atuação governamental na área.
"O Estado é ausente. Não há políticas de proteção aos povos do Alto Rio Solimões, com programas de desenvolvimento sustentável na região. E a área é de alto risco pela presença do narcotráfico e da guerrilha na fronteira", ressaltou o coordenador geral da Coiab, Jecinaldo Barbosa Cabral, também conhecido como Jecinaldo Sateré-Mawé.
Segundo Jecinaldo, é preciso que os governos levem às aldeias ações públicas de educação e saúde integradas à cultura dos indígenas, paralelamente ao trabalho de conscientização feito pelas organizações sociais. "Sem isso, os jovens acabam ficando vulneráveis ao narcotráfico", argumentou.
A Funai disse já ter solicitado a atuação da Polícia Federal (PF) no combate ao tráfico de drogas associado à indígenas na região de Tabatinga. "A PF tem feito de forma pontual e como o problema está se agravando, é necessário um trabalho mais profundo e integrado com a Funai", defendeu Aloysio Guapindaia.
O deputado federal Sebastião Bala Rocha (PDT-AP), vice -presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, informou que bancada da Amazônia deverá promover audiências públicas para cobrar das autoridades atitudes para reforçar a presença do Estado na região de Tabatinga. "É uma área de fronteira, de difícil acesso, em que se evidencia a lacuna Poder Público na amazônia brasileira", ressaltou.
Segundo Rocha, devem ser convidados para audiências representantes das três esferas de governo para que se discutam a implementação de iniciativas integradas de combate ao crime e suporte aos povos indígenas.
"A Funai infelizmente não tem estrutura para enfrentar a dimensão desse problema. Tem baixo orçamento, quantitativo de servidor insuficiente, formação técnica inadequada a esta nova problemática", afirmou, em entrevista à Agência Brasil.
Segundo Guapindaia, a descoberta de plantações de coca na região de Tabatinga e os relatos da existência de índios dependentes de drogas e trabalhando para o tráfico servem de alerta para que se reforce a presença do Estado: "Precisamos de um trabalho integrado entre as diversas esferas de governo para atacar um problema dessa ordem".
As declarações do diretor da Funai coincidem com a crítica feita pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) à atuação governamental na área.
"O Estado é ausente. Não há políticas de proteção aos povos do Alto Rio Solimões, com programas de desenvolvimento sustentável na região. E a área é de alto risco pela presença do narcotráfico e da guerrilha na fronteira", ressaltou o coordenador geral da Coiab, Jecinaldo Barbosa Cabral, também conhecido como Jecinaldo Sateré-Mawé.
Segundo Jecinaldo, é preciso que os governos levem às aldeias ações públicas de educação e saúde integradas à cultura dos indígenas, paralelamente ao trabalho de conscientização feito pelas organizações sociais. "Sem isso, os jovens acabam ficando vulneráveis ao narcotráfico", argumentou.
A Funai disse já ter solicitado a atuação da Polícia Federal (PF) no combate ao tráfico de drogas associado à indígenas na região de Tabatinga. "A PF tem feito de forma pontual e como o problema está se agravando, é necessário um trabalho mais profundo e integrado com a Funai", defendeu Aloysio Guapindaia.
O deputado federal Sebastião Bala Rocha (PDT-AP), vice -presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, informou que bancada da Amazônia deverá promover audiências públicas para cobrar das autoridades atitudes para reforçar a presença do Estado na região de Tabatinga. "É uma área de fronteira, de difícil acesso, em que se evidencia a lacuna Poder Público na amazônia brasileira", ressaltou.
Segundo Rocha, devem ser convidados para audiências representantes das três esferas de governo para que se discutam a implementação de iniciativas integradas de combate ao crime e suporte aos povos indígenas.
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