From Indigenous Peoples in Brazil
News
Índia é nova bacharel
10/08/2002
Fonte: Correio do Povo-Porto Alegre-RS
A índia caingangue Lúcia Fernanda Inácio Belfort, de 24 anos, formada na Unijuí em 2000, estava entre os novos advogados que receberam ontem a carteira definitiva da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em cerimônia realizada na sede da entidade, na Capital. 'No Brasil, já existem seis advogados índios, sendo duas mulheres. Porém, sou a primeira a representar o povo indígena na região Sul', afirmou a advogada, que se orgulha de ser chamada de Jófej em caingangue. Natural da Aldeia Carreteiro, em Água Santa, Lúcia Fernanda viveu em diversas aldeias do país com os pais, que trabalham na Funai. Recentemente, ela fixou moradia na aldeia de Serrinha, em Ronda Alta.
Entre os planos da advogada está a continuidade do trabalho em defesa dos caingangues e guaranis no Estado. 'Quero, com a conquista desse espaço, provar do que sou capaz sem deixar de ser índia. Tornei-me advogada para garantir que o meu povo continue sendo índio muito tempo', defendeu. Para Lúcia Fernanda ou Jófej,
a carteira da OAB constituiu uma grande vitória. 'Foi uma avanço sacrificado, pois o acesso ao ensino superior é restrito não só ao povo indígena. Para mim, foi triplamente difícil, por ser mulher, pobre e índia', disse. A madrinha de Lúcia Fernanda, Hilda Gilbermann, que preside a Associação Brasileira de Proteção à Amazônia, desejou que a afilhada lute pela demarcação das terras.
Entre os planos da advogada está a continuidade do trabalho em defesa dos caingangues e guaranis no Estado. 'Quero, com a conquista desse espaço, provar do que sou capaz sem deixar de ser índia. Tornei-me advogada para garantir que o meu povo continue sendo índio muito tempo', defendeu. Para Lúcia Fernanda ou Jófej,
a carteira da OAB constituiu uma grande vitória. 'Foi uma avanço sacrificado, pois o acesso ao ensino superior é restrito não só ao povo indígena. Para mim, foi triplamente difícil, por ser mulher, pobre e índia', disse. A madrinha de Lúcia Fernanda, Hilda Gilbermann, que preside a Associação Brasileira de Proteção à Amazônia, desejou que a afilhada lute pela demarcação das terras.
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