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Arrozeiros incitam prática de crimes em reserva indígena, afirma superintendente da PF

08/04/2008

Autor: Marco Antônio Soalheiro

Fonte: Agência Brasil



Os grandes arrozeiros que insistem em permanecer na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, insuflam a população com mentiras e incitam a prática de crimes. Essa é a convicção do novo superintendente da Polícia Federal (PF) no estado, José Maria Fonseca, que assume o cargo na iminência de um confronto entre a força policial e o grupo de moradores que montou uma base de resistência na Vila Surumu, a fim de evitar a retirada dos não-índios.

"Um grupo pequeno, que tem interesse econômico na área, engana as pessoas com inverdades, distorce os fatos e danifica bens públicos de forma que, quando vierem as chuvas, será praticamente impossível transitar naquela região", afirmou Fonseca em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Ele disse encarar com naturalidade o envolvimento em uma missão do porte da Operação Upatakon 3.

O superintendente descreveu ainda a utilização de táticas de guerrilha pelos manifestantes. "Eles têm usado coquetel molotov, bombas e pranchas com pregos para impedir o tráfego de viaturas [na estrada de acesso]".

Fonseca também condenou o "uso de índios, velhos e crianças como escudo" por parte dos mentores da resistência. E garantiu que a punição chegará aos responsáveis. "Serão usados todos os rigores da lei. A PF não vai tolerar isso, porque reverte o comportamento das pessoas e incita a prática de crimes e a desobediência civil."
 

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