From Indigenous Peoples in Brazil
News
Brasil: "Os povos indígenas exigem um olhar humano" - tribo Juruna
18/05/2008
Autor: Simon Kamm
Fonte: Notícias.rpt.pt
Lisboa, 18 Mai (Lusa) - Uma das tribos que participa segunda-feira na maior manifestação de indígenas dos últimos vinte anos exige do Governo de Brasília "um olhar humano, não apenas político e económico" sobre a sua situação, disse à Lusa uma porta-voz dos Juruna.
"Os povos indígenas do Amazonas exigem do Governo brasileiro um olhar humano e não apenas político e económico sobre a sua situação, como também respeito pela sua terra e modo de vida", afirmou à Agência Lusa Sheila Juruna, num contacto telefónico para o Brasil.
As declarações da porta-voz da tribo Juruna acontecem no âmbito da manifestação de várias tribos indígenas da Amazónia, populações ribeirinhas e pequenos agricultores, entre 19 e 23 de Maio, em Altamira, Pará, nordeste do Brasil, contra a construção de barragens hidroeléctricas na região do Rio Xingu, um dos principais afluentes do Amazonas.
"O protesto pretende afirmar a nossa opinião e as nossas preocupações enquanto povo indígena unido e denunciar os graves impactes ambientais, sociais e culturais que os projectos do Governo vão ter para a nossa região e população", disse Sheila Juruna.
"No protesto queremos demonstrar ao Governo uma realidade que não pode mais ser ignorada", frisou.
"Quando a nossa terra interessa ao Governo, ele faz tudo para ficar com ela e privatizá-la. Não pensa nas consequências humanas, não pensa no nosso futuro", acusou a porta-voz da tribo indígena.
Segundo avançou à Lusa Fiona Watson, coordenadora da organização internacional de defesa dos povos indígenas `Survival` para o Brasil, o protesto exige a "interrupção imediata da construção de barragens hidroeléctricas no Parque Nacional Xingu", uma das maiores reservas indígenas do Brasil, com 2,64 milhões de hectares e onde vivem milhares de indígenas de cerca de 15 etnias.
Além do "grave impacte ambiental" na região, explicou, as tribos temem que a construção das barragens ao longo do Rio Xingu destrua o "seu modo de vida, acabe com os recursos necessários a sua sobrevivência e cause problemas de saúde".
"Já passámos muitas dificuldades no ambiente natural em que vivemos e qualquer interferência piora a nossa situação. Agora parece que vai piorar ainda mais com os projectos do Governo", lamentou, por sua vez, Sheila Juruna.
"Isto preocupa-nos muito. Não sabemos quais vão ser as consequências para nós e como é que nos podemos defender", acrescentou, lembrando que os Juruna "precisam do Rio Xingu para sobreviver", uma vez que é deste "que tiram os seus alimentos e água necessária à sua sobrevivência".
"Os povos indígenas do Amazonas exigem do Governo brasileiro um olhar humano e não apenas político e económico sobre a sua situação, como também respeito pela sua terra e modo de vida", afirmou à Agência Lusa Sheila Juruna, num contacto telefónico para o Brasil.
As declarações da porta-voz da tribo Juruna acontecem no âmbito da manifestação de várias tribos indígenas da Amazónia, populações ribeirinhas e pequenos agricultores, entre 19 e 23 de Maio, em Altamira, Pará, nordeste do Brasil, contra a construção de barragens hidroeléctricas na região do Rio Xingu, um dos principais afluentes do Amazonas.
"O protesto pretende afirmar a nossa opinião e as nossas preocupações enquanto povo indígena unido e denunciar os graves impactes ambientais, sociais e culturais que os projectos do Governo vão ter para a nossa região e população", disse Sheila Juruna.
"No protesto queremos demonstrar ao Governo uma realidade que não pode mais ser ignorada", frisou.
"Quando a nossa terra interessa ao Governo, ele faz tudo para ficar com ela e privatizá-la. Não pensa nas consequências humanas, não pensa no nosso futuro", acusou a porta-voz da tribo indígena.
Segundo avançou à Lusa Fiona Watson, coordenadora da organização internacional de defesa dos povos indígenas `Survival` para o Brasil, o protesto exige a "interrupção imediata da construção de barragens hidroeléctricas no Parque Nacional Xingu", uma das maiores reservas indígenas do Brasil, com 2,64 milhões de hectares e onde vivem milhares de indígenas de cerca de 15 etnias.
Além do "grave impacte ambiental" na região, explicou, as tribos temem que a construção das barragens ao longo do Rio Xingu destrua o "seu modo de vida, acabe com os recursos necessários a sua sobrevivência e cause problemas de saúde".
"Já passámos muitas dificuldades no ambiente natural em que vivemos e qualquer interferência piora a nossa situação. Agora parece que vai piorar ainda mais com os projectos do Governo", lamentou, por sua vez, Sheila Juruna.
"Isto preocupa-nos muito. Não sabemos quais vão ser as consequências para nós e como é que nos podemos defender", acrescentou, lembrando que os Juruna "precisam do Rio Xingu para sobreviver", uma vez que é deste "que tiram os seus alimentos e água necessária à sua sobrevivência".
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source