From Indigenous Peoples in Brazil
News
Nota do MAB - Sobre o leilão da Usina Hidrelétrica Jirau
20/05/2008
Fonte: Cimi
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) considera que o leilão da Usina Hidrelétrica Jirau, que acontece hoje (19), é mais um episódio da entrega do patrimônio nacional aos interesses das grandes empresas, tal como aconteceu no processo de privatização das estatais brasileiras.
Porém o leilão da hidrelétrica Jirau, assim como foi o leilão da hidrelétrica Santo Antônio, possui um agravante: além do investimento público na construção, possibilita o saqueio dos recursos naturais da Amazônia através da criação de hidrovias para o transporte da madeira (muitas vezes ilegal) e de minérios, além de criar um corredor para o escoamento da soja que vem sendo produzida na região amazônica. Se não bastasse, a construção de Jirau abre definitivamente a fronteira amazônica para a construção de grandes empreendimentos energéticos, seja para a construção de novas usinas hidrelétricas, ou para a plantação de cana-de-açúcar e produção do etanol, agravando a destruição da floresta.
O custo total para a construção da UHE Jirau é de R$ 8,7 bilhões, que somados ao custo das demais obras previstas para o Complexo Madeira, chega a um total de R$ 43 bilhões. Este valor equivale a um investimento de R$ 113 mil para cada habitante da capital do estado de Rondônia. Cabe lembrar que Porto Velho ocupa o 1498° lugar no ranking nacional do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M 2000). Mesmo assim, o governo prefere investir dinheiro público para beneficiar somente as grandes empresas do setor energético.
O MAB denuncia que um dos consórcios em disputa é liderado pela mesma empresa que elaborou os estudos de viabilidade da obra, a Odebrecht, que também faz parte do consórcio que ganhou o leilão da UHE Santo Antônio. Portanto, nossa denúncia é de que a Odebrecht, e as demais empresas que fazem parte do consórcio, estão se tornando donas dos rios amazônicos.
Por fim, exigimos que o governo federal e a Aneel respeitem os interesses do povo brasileiro, que não se curvem aos interesses do capital e que cancelem o leilão da UHE Jirau e os projetos de hidrelétricas nas bacias dos rios Amazonas, Tocantins e Araguaia.
Coordenação Nacional do MAB
19 de maio de 2008
Água e energia não são mercadorias!
Porém o leilão da hidrelétrica Jirau, assim como foi o leilão da hidrelétrica Santo Antônio, possui um agravante: além do investimento público na construção, possibilita o saqueio dos recursos naturais da Amazônia através da criação de hidrovias para o transporte da madeira (muitas vezes ilegal) e de minérios, além de criar um corredor para o escoamento da soja que vem sendo produzida na região amazônica. Se não bastasse, a construção de Jirau abre definitivamente a fronteira amazônica para a construção de grandes empreendimentos energéticos, seja para a construção de novas usinas hidrelétricas, ou para a plantação de cana-de-açúcar e produção do etanol, agravando a destruição da floresta.
O custo total para a construção da UHE Jirau é de R$ 8,7 bilhões, que somados ao custo das demais obras previstas para o Complexo Madeira, chega a um total de R$ 43 bilhões. Este valor equivale a um investimento de R$ 113 mil para cada habitante da capital do estado de Rondônia. Cabe lembrar que Porto Velho ocupa o 1498° lugar no ranking nacional do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M 2000). Mesmo assim, o governo prefere investir dinheiro público para beneficiar somente as grandes empresas do setor energético.
O MAB denuncia que um dos consórcios em disputa é liderado pela mesma empresa que elaborou os estudos de viabilidade da obra, a Odebrecht, que também faz parte do consórcio que ganhou o leilão da UHE Santo Antônio. Portanto, nossa denúncia é de que a Odebrecht, e as demais empresas que fazem parte do consórcio, estão se tornando donas dos rios amazônicos.
Por fim, exigimos que o governo federal e a Aneel respeitem os interesses do povo brasileiro, que não se curvem aos interesses do capital e que cancelem o leilão da UHE Jirau e os projetos de hidrelétricas nas bacias dos rios Amazonas, Tocantins e Araguaia.
Coordenação Nacional do MAB
19 de maio de 2008
Água e energia não são mercadorias!
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