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Documento pede que Funai não aceite indicações de André

08/06/2008

Autor: Jacqueline Lopes

Fonte: Midiamax News - www.midiamax.com



Lideranças indígenas Guarani e Kaiowá de 38 aldeias e 18 acampamentos participaram neste fim de semana do Aty Guassu (Grande Reunião) realizada na Aldeia indígena Jaguapiré, no município de Tacuru, em Mato Grosso do sul. O encontro tradicional que reuniu quase 300 pessoas foi para discutir os problemas enfrentados pelas comunidades indígenas do Cone Sul e definir estratégias para a recuperação das terras indígenas entre elas, registrada numa carta a ser entregue à presidência da Funai, que o órgão não aceite as indicações do governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, para os cargos.

A justificativa, conforme nota à imprensa, o fato dele ter ido até Brasília junto com outros políticos contrários aos diretos indígenas pedir ao Ministro da Justiça paralisasse a execução do TAC para que ocorra a demarcação das terras indígenas. No final do documento, os índios pedem a valorização da Funai com mais recursos e mais funcionários que respeitam os direitos dos povos indígenas

No final do encontro, que encerrou neste domingo, foram elaborados três documentos para serem enviados para a presidência da Funai (Fundação Nacional do Índio). O primeiro deles é a indicação de dois nomes que irão representar as etnias Kaiowá e Guarani no Conselho Nacional de Política Indigenista, que terá reunião no próximo dia 19 e vai contar com a participação do presidente Luis Ignácio Lula da Silva.

De acordo com as lideranças os nomes de Anastácio peralta, da Aldeia Tey Kue, do município de Caárapo e de Roberto Carlos Martins, da Aldeia porto Lindo, do município de Japorã, serão os representantes das etnias.

No segundo documento, segundo informações da assessoria da Funai em Mato Grosso do Sul, os indígenas denunciam à presidência do órgão, as manifestações de alguns indígenas que pedem a saída da administradora Margarida Nicoletti, em Dourados. De acordo com a nota à imprensa da Funai, as lideranças os indígenas que invadiram o prédio da Funai na semana anterior, não representam à maioria do povo Kaiowá e Guarani.

As lideranças indígenas pedem ainda a permanência no cargo da administradora Margarida Nicoletti, para que ela possa dar continuidade aos trabalhos que estão sendo realizados pela Administração Executiva Regional do Cone Sul. Eles pedem mais empenho da Funai para acelerar os início dos trabalhos do TAC que já estão atrasados desde 31 de marco e forneça a estrutura necessária para que não sejam paralisados ou prejudicados.
 

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