From Indigenous Peoples in Brazil
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Índios deixam sítio em Miranda após a Funai prometer iniciar o processo de demarcação
20/06/2008
Autor: Jacqueline Lopes
Fonte: Midiamax news - www.midiamax.com
Neste momento, a PF (Polícia Federal) junto com a Funai (Fundação Nacional do Índio) acompanham a desocupação indígena do Sítio Boa Sorte, em Miranda, a 159 quilômetros da Capital. Apenas quatro policiais federais estão no local junto com o delegado Marcelo Alexandrino. Policiais militares acompanham de longe.
Após 30 horas de tensão entre terenas e a PM (Polícia Militar), que tentou fazer a reintegração de posse na manhã de ontem, cujo saldo foi de quatro índios presos e um ferido, a PF e a Funai, responsáveis pelas comunidades indígenas, tiveram que interceder por conta do risco eminente de confronto.
Agora, segundo o administrador substituto da Funai, Antônio Ricardo de Araújo, o impasse parece por ora cessado. Os cerca de 1,5 mil índios deixam a área e o oficial de Justiça cumpre a ordem de reintegração de posse.
Foi acordado hoje na hora do almoço no centro de Ação Social de Miranda entre uma comissão de índios e a Funai, após a chegada da PF, o que seria feito. A direção da Funai, em Brasília (DF), mandou dizer aos indígenas que a equipe de técnicos e antropólogos deve chegar o mais rápido possível ao local e que, se continuasse o clima de confronto, ficaria difícil o trabalho de reconhecimento de área para demarcação.
Por conta da tensão, representantes do comando da PM tiveram que ir ao local para participar da negociação. Ajudaram nas negociações com os indígenas o Coronel da Polícia Militar Isoli Paulo Fontoura, além de um comandante da CPI (Comando da Polícia do Interior) e de um negociador do Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais)
"As lideranças se precipitaram", diz Araújo sobre a ocupação da área. "Dissemos que ordem judicial tem que ser cumprida para evitar conflito e também pelo risco de acontecer o pior", frisa.
Ontem, Araújo já havia dito sobre o risco de derramamento de sangue no local em caso de confronto. O administrador regional da Funai em Campo Grande, Claudionor do Carmo Miranda disse ao Midiamax que não entende o por quê dos indígenas da etnia terena terem ocupado a área do Sítio Boa Vista.
A juíza Vânia de Paula, responsável pela ordem de reintegração, foi comunicada sobre o impasse na área ontem e determinou outra reintegração de posse.
Confronto
Bombas de efeito moral e balas de borracha foram utilizados pelos policiais militares no despejo dos 1,5 mil índios durante o cumprimento da desocupação da área de 114 hectares do Sítio Boa Vista. O que era para ser um despejo terminou em confronto hoje por volta das 6 horas de ontem.
A área conhecida por ser indígena já que está no limite da aldeia da etnia terena, a Passarinho (80 hectares), foi ocupada na sexta-feira. Eles tentam forçar a União a fazer as demarcações em Mato Grosso do Sul.
Após 30 horas de tensão entre terenas e a PM (Polícia Militar), que tentou fazer a reintegração de posse na manhã de ontem, cujo saldo foi de quatro índios presos e um ferido, a PF e a Funai, responsáveis pelas comunidades indígenas, tiveram que interceder por conta do risco eminente de confronto.
Agora, segundo o administrador substituto da Funai, Antônio Ricardo de Araújo, o impasse parece por ora cessado. Os cerca de 1,5 mil índios deixam a área e o oficial de Justiça cumpre a ordem de reintegração de posse.
Foi acordado hoje na hora do almoço no centro de Ação Social de Miranda entre uma comissão de índios e a Funai, após a chegada da PF, o que seria feito. A direção da Funai, em Brasília (DF), mandou dizer aos indígenas que a equipe de técnicos e antropólogos deve chegar o mais rápido possível ao local e que, se continuasse o clima de confronto, ficaria difícil o trabalho de reconhecimento de área para demarcação.
Por conta da tensão, representantes do comando da PM tiveram que ir ao local para participar da negociação. Ajudaram nas negociações com os indígenas o Coronel da Polícia Militar Isoli Paulo Fontoura, além de um comandante da CPI (Comando da Polícia do Interior) e de um negociador do Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais)
"As lideranças se precipitaram", diz Araújo sobre a ocupação da área. "Dissemos que ordem judicial tem que ser cumprida para evitar conflito e também pelo risco de acontecer o pior", frisa.
Ontem, Araújo já havia dito sobre o risco de derramamento de sangue no local em caso de confronto. O administrador regional da Funai em Campo Grande, Claudionor do Carmo Miranda disse ao Midiamax que não entende o por quê dos indígenas da etnia terena terem ocupado a área do Sítio Boa Vista.
A juíza Vânia de Paula, responsável pela ordem de reintegração, foi comunicada sobre o impasse na área ontem e determinou outra reintegração de posse.
Confronto
Bombas de efeito moral e balas de borracha foram utilizados pelos policiais militares no despejo dos 1,5 mil índios durante o cumprimento da desocupação da área de 114 hectares do Sítio Boa Vista. O que era para ser um despejo terminou em confronto hoje por volta das 6 horas de ontem.
A área conhecida por ser indígena já que está no limite da aldeia da etnia terena, a Passarinho (80 hectares), foi ocupada na sexta-feira. Eles tentam forçar a União a fazer as demarcações em Mato Grosso do Sul.
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